As regiões brasileiras e suas características regionais

Une petite blague pour commencer nos recherches(extraído de Seleções Reader's Digest Novembro 2008)

INTRODUCTION

O Brasil (oficialmente República Federativa do Brasil) é uma república federativa formada pela união de 26 estados federados e pelo Distrito Federal. O país conta com 5.564 municípios, 189.612.814 habitantes,[5] bem como uma área de 8.514.876,599 km², equivalente a 47% do território sul-americano. Em comparação com os demais países do globo, dispõe do quinto maior contingente populacional e da quinta maior área.[6] Nona maior economia do planeta e maior economia latino-americana,[7] o Brasil tem hoje forte influência internacional, seja em âmbito regional ou global.[8] O País possui entre 15 e 20% da biodiversidade mundial,[9] sendo exemplo desta riqueza a Floresta Amazônica, com 3,6 milhões de quilômetros quadrados.

Faz fronteira a norte com a Venezuela, com a Guiana, com o Suriname e com o departamento ultramarino da Guiana Francesa; ao sul com o Uruguai; a sudoeste com a Argentina e com o Paraguai; a oeste com a Bolívia e com o Peru e, por fim a noroeste com a Colômbia. Os únicos países sul-americanos que não têm uma fronteira comum com o Brasil são o Chile e o Equador. O país é banhado pelo oceano Atlântico ao longo de toda sua costa norte, nordeste, sudeste e sul. Além do território continental, o Brasil também possui alguns grandes grupos de ilhas no oceano Atlântico como exemplo: Penedos de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha (território especial do estado de Pernambuco) e Trindade e Martim Vaz no Espírito Santo. Há também um complexo de pequenas ilhas e corais chamado Atol das Rocas (que pertence ao estado do Rio Grande do Norte).

Apesar de ser o quinto país mais populoso do mundo, o Brasil apresenta uma das mais baixas densidades populacionais. A maior parte da população se concentra ao longo do litoral, enquanto o interior do país ainda hoje é marcado por enormes vazios demográficos.

De colonização portuguesa, o Brasil é o único país de língua portuguesa do continente americano. A religião com mais seguidores é o catolicismo, sendo o país com maior número de católicos nominais do mundo, havendo parcela significativa da população de confissão evangélica, além do expressivo aumento da desfiliação religiosa nos últimos anos. A sociedade brasileira é uma das mais multirraciais do mundo, sendo formada por descendentes de europeus, indígenas, africanos e asiáticos.[10]

↑ A língua oficial da República Federativa do Brasil é o português (Art. 13 da Constituição da República Federativa do Brasil). ↑ PNUD, Human Development Report 2007/2008, 27 de novembro de 2007 ↑ Ministério da Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos (24 de Abril de 2008). “Lei Nº 11.662, de 2008”. Diário Oficial da União. ↑ Ministério da Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos (8 de Setembro de 2008). “Decreto nº 6.558 - Institui a hora de verão em parte do território nacional.”. Diário Oficial da União. ↑ IBGE, IBGE divulga as estimativas populacionais dos municípios em 2008. ↑ IBGE, Área territorial oficial, Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02) de 10 de outubro de 2002. ↑ Segundo dados do World Economic Outlook Database (FMI), ou décima maior economia segundo estatísticas do CIA World Factbook, ambos em relação a paridade do poder de compra ↑ Brasil recupera posição de maior economia da América Latina. UOL (30/03/2006). ↑ Convenção sobre Diversidade Biológica. Implementação da CDB no Brasil. Acessado em 13 de dezembro de 2007. ↑ http://www.portuguesonline.com/argentina/home_polacion_port.htm

Regiões e Estados do Brasil
NorteAcre • Amapá • Amazonas • Pará • Rondônia • Roraima • Tocantins
NordesteAlagoas • Bahia • Ceará • Maranhão • Paraíba • Pernambuco • Piauí • Rio Grande do Norte • Sergipe
Centro-OesteGoiás • Mato Grosso • Mato Grosso do Sul; Distrito Federal Brasileiro
SudesteEspírito Santo • Minas Gerais • Rio de Janeiro • São Paulo
SulParaná • Rio Grande do Sul • Santa Catarina
Regiões GeoeconômicasAmazônica • Centro-Sul • Nordeste

Brasileiros

Ver artigo principal: Brasileiros O Brasil foi o berço de importantes personalidades conhecidas mundialmente. Como exemplos, podemos citar o inventor mineiro Santos Dumont e o arquiteto Oscar Niemeyer.

Santos Dumont, o inventor do avião.No meio científico, destacam-se Oswaldo Cruz, Carlos Chagas e César Lattes.

O país é conhecido também como grande expoente de esportistas, sobretudo no futebol. Pelé é o exemplo mais conhecido. Os jogadores Ronaldo, Fenômeno, Zico, Romário e Ronaldo de Assis Moreira são bastante admirados por todo o mundo. Na fórmula-1, que é um esporte muito popular no Brasil, se destacou Ayrton Senna, considerado o maior piloto de fórmula-1 da história do Brasil.

Na música, os exemplos mais conhecidos são Villa-Lobos e Tom Jobim, além da luso-brasileira Carmen Miranda, que trabalhou também como atriz de Hollywood. Caetano Veloso, Chico Buarque e, mais recentemente, Daniela Mercury e Ivete Sangalo, fazem sucesso em diversos países do mundo.

No mundo da moda, as modelos brasileiras têm se destacado, principalmente após o surgimento de Gisele Bündchen.

No cinema, o Brasil tem o ator Rodrigo Santoro, juntamente com novelas e filmes nacionais, trabalhou internacionalmente em alguns filmes e na célebre série Lost.[127] Outro dos brasileiros que estrelam fora é a atriz Alice Braga, fazendo filmes internacionais, inclusive co-estrelou ao lado de Will Smith em um filme de Hollywood I am Legend ( Eu sou a lenda, em português ) de ficção ciêntifica.

Na TV, o Brasil tem grandes nomes reconhecidos em todo o mundo, como o apresentador e radialista Chacrinha, o animador e empresário Silvio Santos , os apresentadores Gugu Liberato, Fausto Silva, Ana Maria Braga, Hebe Camargo, Raul Gil entre outros.

Na política, Getúlio Vargas é reconhecido como “O Maior dos Brasileiros”, cuja participação política é fundamental no progresso e na história do país. Barão do Rio Branco também se marca pela extrema competência no campo da diplomacia.

Militantes históricos dos Direitos Humanos no Brasil são, por exemplo, Abdias Nascimento, do movimento negro, fundador do Teatro Experimental do Negro; Chico Mendes, ambientalista, entre muitos outros.

Os Heróis Nacionais são oficialmente reconhecidos quando os seus nomes são inscritos no Livro de Aço do Panteão da Pátria, também chamado Livro dos Heróis da Pátria, localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Cultura brasileira

Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Gonçalves Dias

Devido às suas dimensões continentais, o Brasil é um país com uma rica diversidade de culturas, que sintetizam as diversas etnias que formam o povo brasileiro. Por essa razão, não existe uma cultura brasileira homogênea, e sim um mosaico de diferentes vertentes culturais que formam, juntas, a cultura do Brasil. É notório que, após mais de três séculos de colonização portuguesa, a cultura do Brasil é, majoritariamente, de raiz lusitana. É justamente essa herança cultural lusa que compõe a unidade do Brasil: são diferentes etnias, porém, todos falam a mesma língua (o português) e, quase todos, são cristãos, com largo predomínio de católicos. Esta igualidade lingüística e religiosa é um fato raro para um país imenso como o Brasil.

Embora seja um país de colonização portuguesa, outros grupos étnicos deixaram influências profundas na cultura nacional, destacando-se os povos indígenas, os africanos, os italianos e os alemães. As influências indígenas e africanas deixaram marcas no âmbito da música, da culinária, do folclore, do artesanato, dos caracteres emocionais e das festas populares do Brasil, assim como centenas de empréstimos à língua portuguesa. É evidente que algumas regiões receberam maior contribuição desses povos: os estados do Norte têm forte influência das culturas indígenas, enquanto algumas regiões do Nordeste têm uma cultura bastante africanizada, sendo que, em outras, principalmente no sertão, há uma intensa e antiga mescla de caracteres lusitanos e indígenas, com menor participação africana. Quanto mais a sul do Brasil nos dirigimos, mais europeizada a cultura se torna. No Sul do país as influências de imigrantes italianos e alemães são evidentes, seja na culinária, na música, nos hábitos e na aparência física das pessoas. Outras etnias, como os árabes, espanhóis, poloneses e japoneses contribuíram também para a cultura do Brasil, porém, de forma mais limitada.

Artigo - Cultura do Brasil Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A cultura brasileira reflete os vários povos que constituem a demografia desse país sul-americano: indígenas, europeus, africanos, asiáticos, árabes etc. Como resultado da intensa miscigenação e convivência dos povos que participaram da formação do Brasil surgiu uma realidade cultural peculiar, que inclui aspectos das várias culturas. Cultura pode ser definida como o conjunto formado pela linguagem, crenças, hábitos, pensamento e arte de um povo. Outra definição de cultura se refere mais estritamente às artes de caráter mais erudito: literatura, pintura, escultura, arquitetura e artes decorativas.

Formação da cultura brasileira

O substrato básico da cultura brasileira formou-se durante os séculos de colonização, quando ocorre a fusão primordial entre as culturas dos indígenas, dos europeus, especialmente portugueses, e dos escravos trazidos da África subsahariana. A partir do século XIX, a imigração de europeus não-portugueses e povos de outras culturas, como árabes e asiáticos, adicionou novos traços ao panorama cultural brasileiro. Também foi grande a influência dos grandes centros culturais do planeta, como a França, a Inglaterra e, mais recentemente, dos Estados Unidos, países que exportam hábitos e produtos culturais para o resto do globo.

Os portugueses

Dentre os diversos povos que formaram o Brasil, foram os europeus aqueles que exerceram maior influência na formação da cultura brasileira, principalmente os de origem portuguesa.

Durante 322 anos o território foi colonizado por Portugal, o que implicou a transplantação tanto de pessoas quanto da cultura da metrópole para as terras sul-americanas. O número de colonos portugueses aumentou muito no século XVIII, na época do Ciclo do Ouro. Em 1808, a própria corte de D. João VI mudou-se para o Brasil, um evento com grandes implicações políticas, econômicas e culturais. A imigração portuguesa não parou com a Independência do Brasil: Portugal continuou sendo uma das fontes mais importantes de imigrantes para o Brasil até meados do século XX. A mais evidente herança portuguesa para a cultura brasileira é a língua portuguesa, atualmente falada por virtualmente todos os habitantes do país. A religião católica, credo da maioria da população, é também decorrência da colonização. O catolicismo, profundamente arraigado em Portugal, legou ao Brasil as tradições do calendário religioso, com suas festas e procissões. As duas festas mais importantes do Brasil, o carnaval e as festas juninas, foram introduzidas pelos portugueses. Além destas, vários folguedos regionalistas como as cavalhadas, o bumba-meu-boi, o fandango e a farra do boi denotam grande influência portuguesa. No folclore brasileiro, são de origem portuguesa a crença em seres fantásticos como a cuca, o bicho-papão e o lobisomem, além de muitas lendas e jogos infantis como as cantigas de roda.

Na culinária, muitos dos pratos típicos brasileiros são o resultado da adaptação de pratos portugueses às condições da colônia. Um exemplo é a feijoada brasileira, resultado da adaptação dos cozidos portugueses. Também a cachaça foi criada nos engenhos como substituto para a bagaceira portuguesa, aguardente derivada do bagaço da uva. Alguns pratos portugueses também se incorporaram aos hábitos brasileiros, como as bacalhoadas e outros pratos baseados no bacalhau. Os portugueses introduziram muitas espécies novas de plantas na colônia, atualmente muito identificadas com o Brasil, como a jaca e a manga.

De maneira geral, a cultura portuguesa foi responsável pela introdução no Brasil colônia dos grandes movimentos artísticos europeus: renascimento, maneirismo, barroco, rococó e neoclassicismo. Assim, a literatura, pintura, escultura, música, arquitetura e artes decorativas no Brasil colônia denotam forte influência da arte portuguesa, por exemplo nos escritos do jesuíta luso-brasileiro Padre Antônio Vieira ou na decoração exuberante de talha dourada e pinturas de muitas igrejas coloniais. Essa influência seguiu após a Independência, tanto na arte popular como na arte erudita.

Os indígenas

A colonização do território brasileiro pelos europeus representou em grande parte a destruição física dos indígenas através de guerras e escravidão, tendo sobrevivido apenas uma pequena parte das nações indígenas originais. A cultura indígena foi também parcialmente eliminada pela ação da catequese e intensa miscigenação com outras etnias. Atualmente, apenas algumas poucas nações indígenas ainda existem e conseguem manter parte da sua cultura original.

Apesar disso, a cultura e os conhecimentos dos indígenas sobre a terra foram determinantes durante a colonização, influenciando a língua, a culinária, o folclore e o uso de objetos caseiros diversos como a rede de descanso. Um dos aspectos mais notáveis da influência indígena foi a chamada língua geral (Língua geral paulista, Nheengatu), uma língua derivada do Tupi-Guarani com termos da língua portuguesa que serviu de lingua franca no interior do Brasil até meados do século XVIII, principalmente nas regiões de influência paulista e na região amazônica. O português brasileiro guarda, de fato, inúmeros termos de origem indígena, especialmente derivados do Tupi-Guarani. De maneira geral, nomes de origem indígena são frequentes na designação de animais e plantas nativos (jaguar, capivara, ipê, jacarandá, etc), além de serem muito frequentes na toponímia por todo o território.

A influência indígena é também forte no folclore do interior brasileiro, povoado de seres fantásticos como o curupira, o saci-pererê, o boitatá e a iara, entre outros. Na culinária brasileira, a mandioca, a erva-mate, o açaí, a jabuticaba, inúmeros pescados e outros frutos da terra, além de pratos como os pirões, entraram na alimentação brasileira por influência indígena. Essa influência se faz mais forte em certas regiões do país, em que esses grupos conseguiram se manter mais distantes da ação colonizadora, principalmente em porções da Região Norte do Brasil.

Os africanos

A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante o longo período em que durou o tráfico negreiro transatlântico. A diversidade cultural da África refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos trazidos ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo.

Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.

Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás.

A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de-dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé.

Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais. Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colônial.

Os imigrantes

A maior parte da população brasileira no século XIX era composta por negros e mestiços. Para povoar o território, suprir o fim da mão-de-obra escrava mas também para “branquear” a população e cultura brasileiras, foi incentivada a imigração da Europa para o Brasil durante os séculos XIX e XX. Dentre os diversos grupos de imigrantes que aportaram no Brasil, foram os italianos que chegaram em maior número, quando considerada a faixa de tempo entre 1870 e 1950.

Eles se espalharam desde o sul de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, sendo a maior parte na região de São Paulo. A estes se seguiram os portugueses, com quase o mesmo número que os italianos. Destacaram-se também os alemães, que chegaram em um fluxo contínuo desde 1824. Esses se fixaram primariamente na Região Sul do Brasil, onde diversas regiões herdaram influências germânicas desses colonos.

Os imigrantes que se fixaram na zona rural do Brasil meridional, vivendo em pequenas propriedades familiares (sobretudo alemães e italianos), conseguiram manter seus costumes do país de origem, criando no Brasil uma cópia das terras que deixaram na Europa. Alguns povoados fundados por colonos europeus mantiveram a língua dos seus antepassados durante muito tempo. Em contrapartida, os imigrantes que se fixaram nas grandes fazendas e nos centros urbanos do Sudeste (portugueses, italianos, espanhóis e árabes), rapidamente se integraram na sociedade brasileira, perdendo muitos aspectos da herança cultural do país de origem. A contribuição asiática veio com a imigração japonesa, porém de forma mais limitada.

De maneira geral, as vagas de imigração européia e de outras regiões do mundo influenciaram todos os aspectos da cultura brasileira. Na culinária, por exemplo, foi notável a influência italiana, que transformou os pratos de massas e a pizza em comida popular em quase todo o Brasil. Também houve influência na língua portuguesa em certas regiões, especialmente no sul do território. Nas artes eruditas a influência européia imigrante foi fundamental, através da chegada de imigrantes capacitados em seus países de origem na pintura, arquitetura e outras artes.

Artes

As artes chamadas eruditas, de origem européia, tem seu início no período colonial, durante o qual foram introduzidos os movimentos artísticos europeus como o renascimento, maneirismo, barroco, rococó e neoclassicismo. Durante esse período a arte realizada na colônia esteve intimamente ligada à arte portuguesa, muitas vezes porém com “sotaque” brasileiro, como por exemplo nas esculturas de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nas igrejas de planta curvilínea na Minas Gerais setecentista ou nos anjos mulatos das pinturas de Manuel da Costa Ataíde.

No século XIX, a chegada da chamada Missão Artística Francesa e a criação da Escola de Belas Artes no Rio de Janeiro deu origem ao ensino acadêmico das artes no Brasil, influenciando a arte brasileira até os inícios do século XX.

Nessa época inicia-se uma arte mais nacionalista, evidenciada por exemplo na literatura e pintura de caráter romântico, que valorizavam aspectos distintivos do jovem país, como os indígenas e eventos históricos. De maneira geral, as artes no Brasil seguiam as correntes européias, particularmente os movimentos da arte francesa. Assim, ao longo do século XIX, sucedeu-se na literatura o Realismo, o Naturalismo, o Simbolismo e o Parnasianismo, com escritores do porte de Machado de Assis, Euclides da Cunha e muitos outros. As artes plásticas do século XIX foram, de maneira geral, dominadas pelo academicismo e imbuídas de um espírito nacionalista, como se vê nas pinturas historicistas de Pedro Américo e Vítor Meireles e nas esculturas de Rodolfo Bernardelli.

No século XX ocorre uma renovação da arte brasileira dentro do movimento Modernista. Um dos eventos essenciais na difusão dos novos ideias foi a Semana de Arte Moderna de 1922, que contou com a participação de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Menotti Del Picchia, Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Villa-Lobos, entre outros. De maneira geral, estes e outros artistas valorizavam as artes populares e buscaram a criação de uma arte genuinamente brasileira através da recriação das artes européias. A partir dessa época, as artes plásticas desenvolvem-se com mais liberdade formal no Brasil. Na arquitetura, uma renovação semelhante ocorre a partir da década de 1940 com a incorporação das idéias de Le Corbusier na obra de arquitetos como Oscar Niemeyer, Lucio Costa e outros.

Literatura

As primeiras manifestações literárias no país são relatos descritivos sobre o território inseridos no contexto do descobrimento e início da colonização, das quais a mais célebre é a carta de Pêro Vaz de Caminha (1500), descrevendo o encontro entre portugueses e os indígenas. A produção literária no Brasil ganha impulso no período barroco, em que se destacam o poeta Gregório de Matos (1636-1696) e o jesuíta Padre Antônio Vieira (1608-1697). No século XVIII surge o Arcadismo, em que se destacam autores como Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810) e Basílio da Gama (1740-1795).

Após a Independência, a literatura brasileira, de maneira geral, seguiu os movimentos europeus ao longo dos séculos XIX e ínicio do XX. A preocupação em produzir uma literatura nacional começa com escritores românticos como José de Alencar (1829-1877) e Gonçalves Dias (1823-1864), que buscam temáticas brasileiras como o indigenismo e o regionalismo. O Romantismo é sucedido pelo Realismo e o Naturalismo, em que despontam autores como Aluísio Azevedo (1857-1913) e Machado de Assis (1839-1908), este último por muitos considerado o maior escritor do século XIX no Brasil. No Simbolismo destacou-se o poeta Cruz e Sousa (1861-1898) e no Parnasianismo Olavo Bilac (1865-1918). No início do século XX desponta o Modernismo, destacando-se nesse contexto o Movimento antropofágico e seus promotores na literatura e artes em geral, como os escritores Mário de Andrade (1893-1945) e Oswald de Andrade (1890-1954). O movimento têm por princípio rejeitar os valores europeus e buscar aquilo que é genuinamente nacional, digerindo a cultura estrangeira e devolvendo-a sintetizada à nacional. Outros nomes importantes foram os poetas Manuel Bandeira e Menotti del Picchia. A partir disso surge uma segunda geração de escritores que valorizam o regionalismo e a literatura socialmente engajada, com representantes como Jorge Amado, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e muitos outros. Mais tarde surgem outros grandes escritores mais difíceis de classificar, de grande profundidade psicológica, como Clarice Lispector, Guimarães Rosa e João Cabral de Melo Neto, estes dois últimos com tendências regionalistas.

Artes visuais

Durante o período colonial o mais destacado das artes plásticas foi a escultura em talha dourada de tradição portuguesa que decorava o interior de edifícios religiosos. Nesse campo sobressaem escultores como Francisco Xavier de Brito (m.1751), Valentim da Fonseca e Silva, o Mestre Valentim (c.1745-1813) e Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1730-1814), este último responsável por talvez a maior obra escultória do período colonial: as estátuas dos profetas no adro do Santuário de Congonhas. Na pintura foram máximos representantes Manuel da Costa Ataíde (1762-1830) e José Joaquim da Rocha (1737-1807), autores de pinturas ilusionistas de caráter barroco-rococó nos forros de madeira de igrejas mineiras e nordestinas. Além destes, destaca-se também a produção de artistas que durante o período colonial registraram as paisagens e hábitos locais, como Albert Eckhout e Frans Post no século XVII, Leandro Joaquim no século XVIII - considerado o primeiro pintor paisagista nascido no Brasil - e Jean-Baptiste Debret no século XIX.

A pintura brasileira do Século XIX é bastante acadêmica, altamente influenciada pelo trabalho da Missão Artística Francesa, da qual faziam parte pintores como Jean Baptiste Debret e Nicolas-Antoine Taunay. A Escola de Belas Artes fundada pelos membros da Missão influenciou a arte acadêmica brasileira do século XIX. Desse período, destacam-se as pinturas históricas de Vítor Meireles e Pedro Américo. Já mais perto do final do século surgiram pintores e escultores filiados aos últimos movimentos artísticos, importados da França, como o Realismo (Almeida Júnior), o Impressionismo, o Simbolismo e a Art nouveau (Eliseu Visconti).

Música

Alguns dos gêneros musicais populares, originários do Brasil mais conhecidos são o Choro, o Samba, a Bossa Nova e a Música Popular Brasileira. Como chorões podemos destacar Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e Altamiro Carrilho. Exemplos de sambistas são Cartola e Noel Rosa. O maestro Tom Jobim, o poeta Vinícius de Moraes e João Gilberto, por outro lado, são nomes conhecidos ligados à Bossa Nova e cuja obra teve repercussão internacional, tendo sido gravada por nomes como Frank Sinatra e Stan Getz. Posteriormente à Bossa Nova, o movimento conhecido como Tropicália também teve um papel de destaque como música de vanguarda e experimental.

Mas o Brasil tinha também um papel importante na tradição clássica. Considera-se que o primeiro grande compositor brasileiro foi José Maurício Nunes Garcia, contemporâneo de Mozart e Beethoven. Carlos Gomes, autor da ópera O Guarani, adaptação do romance homônimo de José de Alencar, foi o primeiro compositor brasileiro a ter projeção internacional. No século XX destaca-se o trabalho de Heitor Villa-Lobos, responsável pela assimilação pela música erudita de diversos elementos da cultura popular, como os violões e determinados ritmos. Outros compositores importantes, na linha da música erudita são Guerra Peixe, Cláudio Santoro e Camargo Guarnieri.

Arquitetura

De maneira geral, a arquitetura realizada durante o período colonial em território brasileiro seguiu de perto os modelos portugueses, sucedendo-se o maneirismo (ou estilo chão), o barroco, o rococó e o neoclassicismo. No século XVIII, a arquitetura ganha maior liberdade formal em algumas obras religiosas mais ousadas, realizadas nos grandes centros artísticos coloniais como Recife, Salvador, Belém do Pará, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que contaram com arquitetos como José Fernandes Pinto Alpoim, Antônio José Landi, Francisco de Lima Cerqueira e outros. Minas, em particular, se destaca pela grande diversidade de igrejas barrocas e rococós do período, como na Igreja do Rosário de Ouro Preto, o Santuário de Congonhas, a Igrejas de São Francisco de São João del-Rei e São Francisco de Ouro Preto, estas últimas com portadas esculpidas pelo Aleijadinho. Já o século XIX, sob a influência da Escola de Belas Artes no Rio, foi dominado pela arquitetura neoclássica, propagada pelo professor da escola Grandjean de Montigny e seus seguidores como José Maria Jacinto Rebelo, Joaquim Cândido Guilhobel e José Bethencourt da Silva.

Os finais do século XIX e inícios do XX se caracterizam pela arquitetura eclética e o historicismo (neogótico, neocolonial), como visto, por exemplo, nos projetos do escritório de Francisco de Paula Ramos de Azevedo em São Paulo e na abertura da antiga Avenida Central no Rio de Janeiro. Em paralelo aos movimentos art nouveau e art déco, a arquitetura moderna teve seu início em São Paulo na Casa Modernista levantada por Gregori Warchavchik para sua residência em 1928. A partir daí a arquitetura moderna aumenta sua influência e alcança um ponto de inflexão na construção do Palácio Capanema (1936-1945) no Rio de Janeiro, construído sob a supervisão de Le Corbusier por uma equipe composta pelos nomes que fariam história na arquitetura posterior, como Lucio Costa e Oscar Niemeyer. Estes dois foram responsáveis pelo ponto culminante no movimento modernista, o desenho urbanístico e projeto dos edifícios de Brasília, inaugurada em 1960.

Região Norte

1. Fonctions

Formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Localizada entre o maciço das Guianas ao norte; o Planalto Central, ao sul; a cordilheira dos Andes, a oeste; e o Oceano Atlântico, a nordeste, a Região Norte é banhada pelos grandes rios das bacias Amazônica e do Tocantins. Contem a maior reserva biológica do mundo: a Floresta Amazônica, com um terço das espécies do planeta. A economia se baseia no extrativismo de produtos como o látex, açaí, madeiras e castanha. A região também é rica em minérios.

2. Art Culinaire

No Amazonas, os pratos típicos são mixira, que pode ser feito com peixe-boi, tartaruga ou anta assados na própria banha e conservados em pote de barro bem fechado, mujanguê, tipo de mingau de ovos de tartaruga e farinha mole, paxicá, que é um picadinho de fígado de tartaruga com sal, pimenta malagueta e limão, maniçoba feito com folhas socadas, cheiros, língua de vaca, cabeça de porco, chouriço e pimenta, caldeirada de pirarucu, sopa de tartaruga e macaco ensopado com inhame.

Podemos dizer também que o açaí é uma comida típica da região, pois é muito difundido e usado por todos da população do estado e da Região Norte.

O açaizeiro Euterpe oleácea é palmeira tipicamente tropical, encontrada no estado silvestre e fazendo parte da vegetação florística das matas de terra firme, várzea, e igapó, sendo seus frutos grandemente procurados para produção do tradicional vinho de açaí, utilizado na alimentação popular e confecção de picolés e sorvetes.

O pato no tucupi é um dos pratos mais típicos da culinária amazonense.

No seu preparo utiliza-se o tucupi que é um líquido extraído da mandioca, após passar pelo tipiti.

O outro componente importante do prato é o pato. Os coadjuvantes são o jambu (um parente do agrião), a chicória, uma erva de folhas lanceoladas encarregada de dá um tempero todo especial ao prato, e a farinha do Uarini.

A tapioca é extraída da raiz da planta da mandioca, a fécula tem a cor branca e também é rica em amido. É usada na preparação de sopas e sobremesas.

3. Culture du Nord du Brésil

Com folclore próprio, as grandes atrações são o Festival Folclórico de Parintins, o Círio de Nazaré, em Belém, o Çairé, em Santarém e as danças típicas, Marujada, Carimbó e Cirandas.Como Samba lelê e outros Na região, existe os teatros mais belos do Brasil e semelhante, que são: Teatro Amazonas, localizado em Manaus e o Theatro da Paz, localizado em Belém. Uma mistura da arte barroca, rococó e outras artes além de ser o principal símbolo do áureo da borracha, na época em que Manaus e Belém eram as localidades mais ricas do Brasil.

O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular realizada anualmente no último final de semana de junho na cidade de Parintins, Amazonas. O festival é uma ópera à céu aberto, onde competem duas agremiações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul. A apresentação ocorre no Bumbódromo (Centro Cultural e Esportivo Amazonino Mendes), uma estrutura com o formato de uma cabeça de boi estilizada, com capacidade para 35 mil espectadores. Durante as três noites de apresentação, os dois bois exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações. O Festival de Parintins se tornou um dos maiores divulgadores da cultura local.

O festival é realizado desde 1965 e já teve vários locais de disputa como a quadra da catedral de Nossa Senhora do Carmo, a quadra da extinta CCE e o estádio Tupy Cantanhede.

O Círio de Nazaré , em devoção a Nossa Senhora de Nazaré, é uma das maiores e mais tradicionais festas religiosas do Brasil,sendo celebrada desde 1793, na cidade de Belém do Pará. É celebrada anualmente no 2°domingo de outubro. Em Portugal é celebrada a 8 de Setembro na vila da Nazaré.

O Círio de Portugal designa uma romaria que vai, ou de uma aldeia do concelho de Mafra, ou de outras origens, ao Santuário de Nossa Senhora da Nazaré. O Termo “Círio” tem origem na palavra latina “Cereus”, que significa vela grande.

No Brasil, no início era uma romaria vespertina, e até mesmo noturna, daí o uso de velas. No ano de 1854, para evitar a repetição da chuva torrencial como a que havia caído no ano anterior, a procissão passou a ser realizada de manhã.

O Círio foi instituído em 1793 em Belém do Pará, e até 1882, saía do Palácio do Governo. Em 1882, o bispo Dom Macedo Costa, em acordo com o Presidente da Província, Dr. Justino Carneiro, instituiu que a partida do Círio seria da Catedral da Sé, em Belém.

O Carimbó é considerado um estilo musical de origem indígena, porém, como diversas outras manifestações culturais brasileiras miscigenou-se e recebeu outras influências. Seu nome, em tupi, refere-se ao tambor com o qual se marca o ritmo, o Curimbó. O Carimbó tem influência negra, presente no ritmo percussivo e influências portuguesas(os estalos dos dedos e palmas em algumas partes da dança) e européias em geral, recebendo a carga melódica do colonizador. Surgida em torno de Belém na zona do salgado (Marapanim, Curuça, Algodoal…) e na Ilha de Marajó, passou de uma dança tradicional para um ritmo moderno, influenciando a lambada e o zouk.

Na forma tradicional, é acompanhada por tambores feitos com troncos de árvores. Aos tambores se dá o nome de “curimbó”, uma corruptela da palavra Carimbó. Costumam estar presentes também os maracás. Nos anos 60 e 70, adicionaram-se ao carimbó instrumentos elétricos (como guitarras) e influências do merengue e da cúmbia. O ritmo tornou-se popular no Nordeste do Brasil e gerou a lambada, que espalhou-se para o resto do mundo (que ironicamente foi popularizada por um grupo boliviano, Los K'jarkas).

A formação instrumental original do carimbó era composta por dois curimbós: um alto e outro baixo, em referência aos timbres (agudo e grave) dos instrumentos; uma flauta de madeira (geralmente de ébano ou acapú, aparentadas ao Pife do nordeste), maracás e uma viola cabocla de quatro cordas, posterioomente substituída pelo banjo artesanal, feito com madeira, cordas de náilon e couro de veado. Hoje o instrumental incorpora outros instrumentos de sopro, como flautas, clarinetes e saxofones.

Sendo a música preferida pelos pescadores marajoaras (ainda não conhecida como carimbó) o ritmo atravessou a baía de Guajará com esses pescadores e veio dar em praias do salgado paraense. Em alguma região próxima às cidades de Marapanim e Curuçá, o gênero se solidificou, ganhando o nome que tem hoje. Maranhãozinho, no município de Marapanim; e Aranquaim, em Curuçá, são dois dos sítios que reivindicam hoje a paternidade do gênero “Carimbó”, sendo o primeiro o mais provável deles. Em Marapanim, na região do Salgado, nordeste paraense, o gênero é bastante cultivado, acontecendo anualmento o “Festival de Carimbó de Marapanim - O Canto Mágico da Amazônia”, no mês de novembro.

Região Nordeste

Maiores cidades (Habitantes/2000): Salvador (2.440.828); Fortaleza (2.138.234); Recife (1.421.993); São Luís (868.047); Maceió (796.842); Teresina (714.583); Natal (709.536); João Pessoa (595.429); Jaboatão dos Guararapes-PE (580.795); Feira de Santana-BA (481.137); Aracajú (461.083); Olinda-PE (368.666); Campina Grande-PB (354.546).

Cultura

Tendo sido a primeira região efetivamente colonizada por portugueses, ainda no século XVI, que aí encontraram as populações nativas e foram acompanhados por africanos trazidos como escravos, a cultura nordestina é bastante particular e típica, apesar de extremamente variada. Sua base é luso-brasileira, com grandes influências africanas, em especial na costa de Pernambuco à Bahia e no Maranhão, e ameríndias, em especial no sertão semi-árido. A riqueza cultural dessa região se manifesta para além de suas manifestações folclóricas e populares. A literatura nordestina tem dado enormes contribuições para o cenário literário brasileiro, destacando-se nomes como Jorge Amado, José de Alencar, João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Clarice Lispector, Graciliano Ramos e Manuel Bandeira, dentre muitos outros. No Ceará, o movimento da Padaria Espiritual, no fim do século XIX, antecipou algumas das renovações trazidas com o modernismo, no anos 20 do século seguinte.

Na música erudita, destacaram-se como compositores Alberto Nepomuceno e Paurillo Barroso, assim como o cearense Liduíno Pitombeira na atualidade, e Eleazar de Carvalho como maestro. Ritmos e melodias nordestinas também inspiraram compositores como Heitor Villa-Lobos (cuja famosa Bachiana Brasileia Nº 5, por exemplo, em sua segunda parte - Dança do Martelo - alude ao sertão do Cariri).

Na música popular, destacam-se ritmos tais como coco, xaxado, martelo agalopado, samba de roda, baião, xote, forró, Axé e frevo, dentre outros ritmos. O movimento armorial do Recife, inspirado por Ariano Suassuna, fez um trabalho erudito de valorização desta riquíssima herança rítmica popular nordestina (um de seus expoentes mais conhecidos é o cantor Antônio Nóbrega).

Na dança, destacam-se o maracatu, praticado em diversas partes do Nordeste, o frevo (característico de Pernambuco) o bumba-meu-boi, o xaxado, diversas variantes do forró, o tambor-de-crioula (característico do Maranhão), etc. As músicas folclóricas quase sempre são acompanhadas de danças.

O artesanato é também uma parte relevante da produção cultural do Nordeste, sendo inclusive o ganha-pão de milhares de pessoas por toda a região. Devido à enorme variedade regional de tradições de artesanato, é difícil caracterizá-los todos, mas destacam-se as redes tecidas e, às vezes, bordadas com muitos detalhes - e que, além de artesanato, são um artigo útil e comum na vida da maior parte dos nordestinos -; os produtos feitos em argila, madeira (por exemplo, da carnaúba, árvore típica do sertão) e couro, com traços bastante particulares; além das rendas, que ganharam grande destaque no artesanato cearense. Outro destaque são as garrafas com imagens feitas manualmente em areia colorida, um artigo produzido largamente para venda para turistas.

A culinária nordestina é muito variada, refletindo, quase sempre, as condições econômicas e produtivas das diversas paisagens geoeconômicas dessa área. Frutos do mar e peixes são utilizados bastante na culinária do litoral, enquanto, no sertão, predominam receitas que utilizam a carne e derivados do gado bovino, caprino e ovino. Ainda assim, há várias diferenças regionais, tanto na variedade de pratos quanto em sua forma de preparo (por exemplo, é sabido que, no Ceará, predomina o mugunzá - também chamado macunzá ou mucunzá - salgado, enquanto, em Pernambuco, predomina o doce). Assim, algumas comidas típicas da região são: o baião-de-dois, a carne-de-sol, o queijo de coalho, o vatapá, o acarajé, a panelada e a buchada, a canjica, o feijão e arroz de coco, o feijão verde, cozido e o sururu, assim como vários doces feitos de mamão, abóbara, laranja, etc. Algumas frutas regionais - não necessariamente nativas da região - são o a ciriguela, o cajá, o buriti, a cajarana, o embu, a macaúba e a pitomba, além de outras também comuns em outras regiões.

Festividades

E nas festividades, há destaques para as festas de carnaval de Salvador e Recife-Olinda, além de outras no interior dos estados. As micaretas, que são os carnavais fora de época, destacam-se o “Carnatal” em Natal, o “Fortal” em Fortaleza, o “Piauí Pop” em Teresina, e o “Micarande” em Campina Grande. Há também o “bumba-meu-boi” do Maranhão. Quando vai se aproximando o São João a “disputa” é para saber qual é a “Capital do Forró”, as cidades de Caruaru, em Pernambuco, e a de Campina Grande na Paraíba disputam pelo título. Destacam-se também pelo seu São João as cidades de Juazeiro do Norte no Ceará e Mossoró no Rio Grande do Norte.

Há uma vasta e arraigada literatura popular de cordel que remonta ao período colonial (a literatura de cordel veio com os portugueses e tem origem na Idade média européia) e numerosas manifestações artísticas de cunho popular que se manifestam oralmente, tais como os cantadores de repentes e de embolada.

Festa junina Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Festas juninas ou Festas dos santos populares são celebrações brasileiras e portuguesas, historicamente relacionadas com a festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano) e cristianizada na Idade Média como “festa de São João”.

De entre os santos católicos celebrados destacam-se: • São Gonçalo: primeiro sábado de Junho • Santo Antônio: 13 de junho • São João: 24 de junho • São Pedro e São Paulo: 29 de junho • São Marçal: 30 de Junho

Em Portugal, estas festividades, genericamente conhecidas pelo nome de Festas dos santos populares, correspondem a diferentes feriados municipais: São Gonçalo em Amarante; Santo António em Aljustrel, Amares, Cascais, Estarreja, Ferreira do Zêzere, Lisboa, Proença-a-Nova, Reguengos de Monsaraz, Vale de Cambra, Vila Nova da Barquinha, Vila Nova de Famalicão, Vila Real e Vila Verde; São João em Aguiar da Beira, Alcochete, Almada, Almodôvar, Alcácer do Sal, Angra do Heroísmo, Armamar, Arronches, Braga, Calheta, Castelo de Paiva, Castro Marim, Cinfães, Figueira da Foz, Figueiró dos Vinhos, Guimarães, Horta, Lajes das Flores, Lourinhã, Lousã, Mértola, Moimenta da Beira, Moura, Nelas, Porto, Porto Santo, Santa Cruz das Flores, Santa Cruz da Graciosa, Sertã, Tabuaço, Tavira,Terras de Bouro, Torres Vedras, Valongo, Vila do Conde, Vila Franca do Campo, Vila Nova de Gaia, Vila do Porto e Vizela; São Pedro em Alfândega da Fé, Bombarral, Castro Daire, Castro Verde, Celorico de Basto, Évora, Felgueiras, Lajes do Pico, Macedo de Cavaleiros, Montijo, Penedono, Porto de Mós, Póvoa de Varzim, Ribeira Brava, São Pedro do Sul, Seixal e Sintra. No Brasil, recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de joanina, de São João), porque acontece no mês de junho. Além de Portugal, a tradição veio de outros países europeus cristianizados dos quais se oriundam as comunidades de imigrantes, chegados a partir de meados do século XIX. Ainda antes, porém, a festa já tinha sido trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.

Festas de São João são ainda celebradas em alguns países europeus católicos, protestantes e ortodoxos (França, Irlanda, os países nórdicos e do Leste europeu). As fogueiras de São João e a celebração de casamentos reais ou encenados (como o casamento fictício no baile da quadrilha nordestina) são costumes ainda hoje praticados em festas de São João européias.

A festa de São João brasileira é típica da Região Nordeste. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São João, mas também a São Pedro, pelas chuvas caídas nas lavouras. Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha.

O local onde ocorre a maioria dos festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre cercado ou não e onde barracas são erguidas unicamento para o evento, ou um galpão já existente com dependências já construídas e adaptadas para a festa. Geralmente o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido, balões e palha de coqueiro ou bambu. Nos arraiás acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões, bingos e os casamentos matutos.

Atualmente, os festejos ocorridos em cidades pólos do Norte e Nordeste dão impulso à economia local. Citem-se, como exemplo, Caruaru em Pernambuco; Campina Grande na Paraíba; Mossoró no Rio Grande do Norte; Maceió em Alagoas; Aracaju em Sergipe; Juazeiro do Norte no Ceará; e Cametá no Pará. Além disso, também existem nas pequenas cidades, festas mais tradicionais como Cruz das Almas, Ibicuí, Jequié e Euclides da Cunha na Bahia. As duas primeiras cidades disputam o título de Maior São João do Mundo, embora Caruaru esteja consolidada no Guinness Book, categoria festa country (regional) ao ar livre.

A festa junina no Brasil foi trazida de Portugal. Era uma forma de comemorar a chegada do verão após um longo inverno de infertilidade da terra. No Brasil, como é um país tropical, tal tradição não se encaixou, seja por não existir um inverno tão severo ou pelo fato de que o verão não se inicia em junho.

Origem da fogueira

Fogueira de São João em Mäntsälä na Finlândia. Fogueiras de São João são bastantes populares na Finlândia, onde parte da população passa o dia de São João (“Juhannus”) no campo ao redor das cidades em festejos (por causa do elevado consumo de bebidas alcoólicas, a porcentagem de acidentes e intervenções policiais no São João finlandês é comparável à do Carnaval brasileiro). Grandes fogueiras são tradição do São João brasileiro e europeu.

De origem européia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã “sempre verde” em árvore de natal, a fogueira do dia de “Midsummer” (24 de Junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as festas de São João européias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras da Páscoa e às fogueiras de Natal.

Uma lenda católica cristianizando a fogueira pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.

O uso de balões

O uso de balões e fogos de artifício durante São João no Brasil está relacionado com o tradicional uso da fogueira junina e seus efeitos visuais. Fogos de artifício manuseados por pessoas privadas e espetáculos pirotécnicos organizados por associações ou municipalidades tornaram-se uma parte essencial da festa no Nordeste e em outras partes do Brasil. Os fogos de artifício, segundo a tradição popular, servem para despertar São João Batista. Os balões, no entanto, constituem atualmente uma prática proibida por lei devido ao risco de incêndio. Os balões serviam para avisar que a festa iria começar; eram soltos de cinco a sete balões para se identificar o início da festança.

Durante todo o mês de junho é comum, principalmente entre as crianças, soltar bombas. Algumas delas são:

• Traque • Chilene • Cordão • capeção-de-negro • Cartucho • Treme-Terra • Rojão • Buscapé • Cobrinha • Espadas-de-fogo

O mastro de São João

O mastro de São João, conhecido em Portugal como o mastro dos Santos Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa festa. No Brasil, no topo de cada mastro são amarradas em geral três bandeirinhas simbolizando os santos. Tendo hoje em dia uma significação cristã bastante enraizada e sendo, entre os costumes de São João, um dos mais marcadamente católico, o levantamento do mastro tem sua origem, no entanto, no costume pagão de levantar o “mastro de maio”, ou a árvore de maio, costume ainda hoje vivo em algumas partes da Europa.

Além de sua cristianização profunda em Portugal e no Brasil, é interessante notar que o levantamento do mastro de maio em Portugal passou a ser erguido em junho e a celebrar as festas desse mês (o mesmo fenômeno também ocorrendo na Suécia, onde o mastro de maio, “majstången”, de origem primaveril, passou a ser erguido durante as festas estivais de junho, “Midsommarafton”). O fato de suspender milhos e laranjas ao mastro de São João parece ser um vestígio de práticas pagãs similares em torno do mastro de maio. Hoje em dia, um rico simbolismo católico popular está ligado aos procedimentos envolvendo o levantamento do mastro e os seus enfeites.

A Quadrilha

A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a “quadrille”, em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial. A “quadrille” francesa, por sua parte, já era um desenvolvimento da “contredanse”, popular nos meios aristocráticos franceses do século XVIII. A “contredanse” se desenvolveu a partir de uma dança inglesa de origem campesina , surgida provavelmente por volta do século XIII, e que se popularizara em toda a Europa na primeira metade do século XVIII.

A “quadrille” veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris (dos discursos republicanos de Gambetta e Jules Ferry, passando pelas poesias de Victor Hugo e Théophile Gautier até a criação de uma academia de letras, dos belos cabelos cacheados de Sarah Bernhardt até ao uso do cavanhaque).

Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras pré-existentes e teve subsequentes evoluções (entre elas o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.

O nacionalismo folclórico marcou as ciências sociais no Brasil como na Europa entre os começos do Romantismo e a Segunda Guerra Mundial. A quadrilha, como outras danças brasileiras tais que o pastoril, foi sistematizada e divulgada por associações municipais, igrejas e clubes de bairros, sendo também defendida por professores e praticada por alunos em colégios e escolas, na zona rural ou urbana, como sendo uma expressão da cultura cabocla e da república brasileira. Esse folclorismo acadêmico e ufano explica duma certa maneira o aspecto matuto rígido e artificial da quadrilha.

No entanto, hoje em dia, essa artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer. Seja como for, é correto afirmar que a quadrilha deve a sua sobrevivência urbana na segunda metade do século XX e o grande sucesso popular atual aos cuidados meticulosos de associações e clubes juninos da classe média e ao trabalho educativo de conservação e prática feito pelos estabelecimentos do ensino primário e secundário, mais do que à prática campesina real, ainda que vivaz, porém quase sempre desprezada pela cultura citadina.

Desde do século XIX e em contato com diferentes danças do país mais antigas, a quadrilha sofreu influências regionais, daí surgindo muitas variantes:

• “Quadrilha Caipira” (São Paulo) • “Saruê”, corruptela do termo francês “soirée”, (Brasil Central) • “Baile Sifilítico” (Bahia) • “Mana-Chica” (Rio de Janeiro) • “Quadrilha” (Sergipe) • “Quadrilha Matuta”

Hoje em dia, entre os instrumentos musicais que normalmente podem acompanhar a quadrilha encontram-se o acordeão (acordeom), pandeiro, zabumba, violão, triângulo e o cavaquinho. Não existe uma música específica que seja própria a todas as regiões. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações.

Em geral, para a prática da dança é importante a presença de um mestre “marcante” ou “marcador”, pois é quem determina as figurações diversas que os dançadores devem desenvolver. Termos de origem francesa são ainda utilizados por alguns mestres para cadenciar a dança.

Os participantes da quadrilha, vestidos de matuto ou à caipira, como se diz fora do nordeste(indumentária que se convencionou pelo folclorismo como sendo a das comunidades caboclas), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par que abre o grupo é um “noivo” e uma “noiva”, já que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João européias que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da Europa.

Outras danças e canções

No Nordeste brasileiro, o forró assim como ritmos aparentados tais que o baião,o xote,o reizado,o samba-de-coco e as cantigas são danças e canções típicas das festas juninas.e algumas vezes musicas antigas de autores famosos.

Costumes populares

As festas juninas brasileiras podem ser divididas em dois tipos distintos: as festas da Região Nordeste e as festas do Brasil caipira, ou seja, nos estados de São Paulo, Paraná (norte), Minas Gerais (sobretudo na parte sul) e Goiás. No Nordeste brasileiro se comemora, com pequenas ou grandes festas que reúnem toda a comunidade e muitos turistas, com fartura de comida, quadrilhas, casamento matuto e muito forró. É comum os partcipantes das festas se vestirem de matuto, os homens com camisa quadriculada, calça remendada com panos coloridos, e chapéu de palha, e as mulheres com vestido colorido de xita e chapéu de palha.

No interior de São Paulo ainda se mantêm a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras.

Em Portugal há arraiais com foguetes, assam-se sardinhas e oferecem-se manjericos, as marchas populares desfilam pelas ruas e avenidas, dão-se com martelinhos de plastico e alho porro nas cabeças das pessoas principalmente nas crianças e quando os rapazes se querem meter com as raparigas solteiras.

Simpatias, sortes e adivinhas para Santo Antônio

O relacionamento entre os devotos e os santos juninos, principalmente Santo Antônio e São João, é quase familiar: cheio de intimidades, chega a ser, por vezes, irreverente, debochado e quase obsceno. Esse caráter fica bastante evidente quando se entra em contato com as simpatias, sortes, adivinhas e acalantos feitos a esses santos:

Confessei-me a Santo Antônio, confessei que estava amando. Ele deu-me por penitência que fosse continuando.

Os objetos utilizados nas simpatias e adivinhações devem ser virgens, ou seja, estar sendo usados pela primeira vez, senão… nada de a simpatia funcionar! A seguir, algumas simpatias feitas para Santo Antônio:

Moças solteiras, desejosas de se casar, em várias regiões do Brasil, colocam um figurino do santo de cabeça para baixo atrás da porta ou dentro do poço ou enterram-no até o pescoço. Fazem o pedido e, enquanto não são atendidas, lá fica a imagem de cabeça para baixo.

Para arrumar namorado ou marido, basta amarrar uma fita vermelha e outra branca no braço da imagem de Santo Antônio, fazendo a ele o pedido. Rezar um Pai-Nosso e uma Salve-Rainha. Pendurar a imagem de cabeça para baixo sob a cama. Ela só deve ser desvirada quando a pessoa alcançar o pedido.

No dia 13, é comum ir à igreja para receber o “pãozinho de Santo Antônio”, que é dado gratuitamente pelos frades. Em troca, os fiéis costumam deixar ofertas. O pão, que é bento, deve ser deixado junto aos demais mantimentos para que estes não faltem jamais.

Em Lisboa, é tradicional a cerimónia de casamento múltiplo do dia de Santo António, em que chegam a casar-se 200-300 casais ao mesmo tempo.

Festas juninas em outros países

França

A “Fête de la Saint-Jean” (Festa de São João), assim como no Brasil, é comemorada no dia 24 de junho e tem como maior característica a fogueira. Em certos municípios franceses, uma alta fogueira é erigida pelos habitantes em honra a São João Batista. Trata-se de uma festa católica, embora ainda sejam mantidas tradições pagãs que originaram a festa. Na região de Vosges, a fogueira é chamada “chavande”.

Polônia

As tradições juninas da Polônia estão associadas principalmente com as regiões da Pomerânia e da Casúbia, e a festa é comemorada dia 23 de junho, chamada localmente 'Noc Świętojańska“ (Noite de São João). A festa dura todo o dia, começando às 8h da manhã e varando a madrugada. De maneira análoga à festa brasileira, uma das características mais marcantes é o uso de fantasias, no entanto não de trajes camponeses como no Brasil, mas de vestimentas de piratas. Fogueiras são acesas para marcar a celebração. Em algumas das grandes cidades polonesas como Varsóvia e Cracóvia esta festa faz parte do calendário oficial da cidade.

Rússia

A festa de Ivan Kupala (João Batista) é conhecida como a mais importante de todas as festas russas de origem pagã, e vai desde 23 de junho até 6 de julho. É um rito de celebração pelo verão, que foi absorvido pela Igreja Ortodoxa. Muitos dos rituais das festas juninas russas estão relacionados com o fogo, a água, fertilidade e auto-purificação. As moças, por exemplo, colocam guirlandas de flores na água dos rios para dar sorte. É bastante comum também pular as chamas das fogueiras. As festas juninas russas inspiraram o compositor Modest Mussorgsky para sua famosa obra “Noite no Monte Calvo”…

Suécia

As festas juninas da Suécia (Midsommarafton) são as mais famosas do mundo. É considerada a festa nacional sueca por excelência, comemorada ainda mais que o Natal. Ocorre entre os dias 20 e 26 de junho, sendo a sexta-feira o dia mais tradicional. Uma das características mais tradicionais são as danças em círculo ao redor do majstången, um mastro colocado no centro da aldeia. Quando o mastro é erigido, são atiradas flores e folhas. Tanto o majstången sueco (mastro de maio) como o mastro de São João brasileiro têm as suas origens no “mastro de maio” dos povos germânicos. Durante a festa, são cantados vários cânticos tradicionais da época e as pessoas se vestem de maneira rural, tal como no Brasil. Por acontecer no início do verão, são comuns as mesas cheias de alimentos tipicos da época, como o morangos e as batatas. Também são tradicionais as simpatias, sendo a mais famosa a das moças que constroem buquês de sete ou nove flores de espécies diferentes e colocam sob o travesseiro, na esperança de sonhar com o futuro marido. No passado, acreditava-se que as ervas colhidas durante esta festa seriam altamente poderosas, e a água das fontes dariam boa saúde. Também nesta época, decoram-se as casas com arranjos de folhas e flores, segundo a superstição, para trazer boa sorte.

Durante este feriado, as grandes cidades suecas, como Estocolmo e Gotemburgo tornam-se desertas, pois as pessoas viajam para suas casas de veraneio para comemorar a festa.

Artigo: Cultura da região Nordeste do Brasil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A cultura nordestina é bastante diversificada, uma vez que foi influenciada por indígenas, africanos e europeus. Os costumes e tradições muitas vezes variam de estado para estado.

Festas populares

Bumba-meu-boi

Ocorre em todo o Nordeste com variações significativas de nome, adereços, músicas, ritmo, dança… Mas o enredo é sempre o mesmo: Catirina grávida deseja comer a língua do boi do Capitão. No Norte é chamado de Boi-Bumbá.

Carnaval

Recife, Olinda e Salvador atraem milhões de pessoas nesse período. A capital pernambucana está no livro dos recordes Guinness por ter o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada. Em Salvador a festividade fica por conta dos trios elétricos que percorrem a cidade.

Em João Pessoa, curiosamente o carnaval é comemorado uma semana antes da data convencional, tanto que os pessoenses não falam em quarta-feira de cinzas, mas sim em quarta-feira de fogo.

Cavalo Piancó

É original do município de Amarante (PI). Os negros da beira do rio Canindé, para afugentar o sono nas noites de luar, costumam dançar imitando o trote da um cavalo manco. Cavalheiros e damas, aos pares, formam um círculo e vão trotando alegremente, ora bem compassado, batendo firme no chão, com o pé esquerdo, ora apressado, sempre trocando os pares.

Festas juninas

O São João é sem dúvida o festejo mais comum na região. Campina Grande e Caruaru disputam o título de maior São João do mundo, em ambas as cidades os festejos duram o mês de junho inteiro. Outras cidades como Aracaju, Juazeiro do Norte, Mossoró,Teresina e Patos possuem comemorações mais modestas (cerca de quinze dias), e disputam o título de terceira maior festa.

Humor

Segundo Chico Anísio, o nordestino é o povo mais bem-humorado do mundo, pois devido ao sofrimento causado pela seca, é preciso rir para não chorar.

O Ceará se sobressai no humor, além de Chico Anísio, nasceram no estado Tom Cavalcante, Renato Aragão e Adamastor Pitaco, entre outros. Além dos cearenses, destacam-se Shaolin e Zé Lezin (PB), Mução e Espanta (RN), além da dupla Dirceu Andrade & Amaury Jucá e João Cláudio Moreno(PI).

Literatura

O pernambucano Gilberto Freyre representa um marco na história do Brasil devido ao seu livro Casa-Grande & Senzala que demonstra a importância dos escravos para a formação do país e que brancos e negros são absolutamente iguais.

Na Bahia nasceu um dos primeiros escritores de destaque no país, trata-se de Gregório de Matos, integrante da escola barroca. No Romantismo destacaram-se na primeira geração Gonçalves Dias (MA), na segunda José de Alencar (CE) e na terceira Castro Alves (BA) e Sousândrade (MA). Na chamada Geração de 30, um resgate do romantismo, surgiram Rachel de Queiroz (CE), Graciliano Ramos (AL), José Lins do Rêgo (PE) e Jorge Amado (BA).

O maranhense Aluísio Azevedo foi um dos principais autores do Realismo/Naturalismo. Augusto dos Anjos (PB) e Graça Aranha (MA) foram precursores do Modernismo, escola que posteriormente revelou João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira (PE), além de Jorge de Lima (AL). Os piauienses H Dobal, Assis Brasil, O G Rego e Torquato Neto. O paraibano Ariano Suassuna criou na década de 70 o movimento armorial, uma iniciativa de reunir elementos da cultura nordestina em prol da formação de uma arte erudita genuinamente brasileira. Dessa iniciativa surgiram obras como O Auto da Compadecida e O santo e a porca, ambos de Suassuna.

No Ceará, Patativa do Assaré surpreendeu por seus versos complexos que seguiam formas metrificadas semelhantes aos versos de Camões. A literatura de cordel é bastante difundida na região, sendo o pernambucano Leandro Gomes de Barros um dos maiores autores do gênero.

Música

Vários gêneros surgiram no Nordeste ao longo dos anos.

Luiz Gonzaga foi o precursor do baião ritmo que ao lado de outros como xote, xaxado e côco fazem parte do chamado forró. Vários artistas deram continuidade ao legado de Luiz Gonzaga, como é o caso de Dominguinhos, Sivuca, Jackson do Pandeiro e Waldonys.

O frevo, mais comum nos estados do Pernambuco e Paraíba, se caracteriza pelo ritmo acelerado e pelos passos que lembram a capoeira. Esse gênero já revelou grandes músicos como Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo. Estes três, ao lado de Zé Ramalho, misturaram frevo, forró, rock, blues e outros ritmos, o quarteto costuma se apresentar com o nome de O Grande Encontro.

Na década de 60 surgiu na Bahia o tropicalismo, inspirado no movimento antropofágico e que viria a se tornar um marco no Brasil. Faziam parte desse grupo os artistas Tom Zé, Caetano Veloso e Gilberto Gil, dentre outros. A Bahia voltaria a ser berço de outro gênero musical na década de 80, com a criação da axé music, tendo como precursores Chiclete com Banana, Daniela Mercury, Timbalada e Olodum.

Nos anos 90, surgia em Pernambuco o Mangue beat, ritmo que reunia rock, hip hop, maracatu e música eletrônica. Chico Science e Nação Zumbi são os principais nomes do gênero.

O repente é bastante difundido no interior, tendo como destaque o cearense Cego Aderaldo. A Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, banda de pífaros do Ceará, possui fama internacional. No Ceará, destacam-se ainda, Fagner, Belchior e Ednardo, ícones da MPB.

Foi também no nordeste que nasceu o brega que tem como principais representantes o pernambucano Reginaldo Rossi e o baiano Waldick Soriano.

O Maranhão possui grande diversidade de ritmos, como: Tambor de Crioula, Tambor de Mina, Tambor de Taboca, Tambor de Caroço, os quatro sotaques do bumba-meu-boi, além de ser um dos principais redutos brasileiros do reggae. Tribo de Jah, uma das principais bandas do gênero, surgiu no estado. Outros maranhenses de destaque são Zeca Baleiro (MPB), e Alcione (Samba).

Raul Seixas, nascido na Bahia, é considerado o principal nome do rock no Brasil. Integrou o movimento da Jovem Guarda como compositor. Atualmente a também baiana Pitty faz muito sucesso no rock.

Religião

A religião predominante é a católica. Algumas pessoas são veneradas como santas, apesar do não reconhecimento da Igreja Católica, como é o caso de Padre Cícero, Frei Damião, Irmã Dulce, Padre Ibiapina e Maria de Araújo. São comuns peregrinações de romeiros a determinadas cidades do nordeste, destacando-se Juazeiro do Norte e Canindé (CE), Bom Jesus da Lapa (BA) e Santa Cruz dos Milagres (PI).

Todos os anos no mês de janeiro, ocorre em Salvador a lavagem do Bonfim, uma tradicional celebração religiosa que tem como ponto alto a lavagem das escadarias da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim pelos fiéis. O candomblé possui diversos adeptos na Bahia e costumam reverenciar Iemanjá oferecendo presentes a entidade, tais oferendas são jogadas ao mar ou depositadas em pequenos barcos soltos em alto mar.

Região Centro-Oeste

Região Sudeste

A região Sudeste do Brasil é uma das regiões definidas pelo IBGE, composta pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Esta região é por excelência uma terra de transição entre a região Nordeste e a região Sul. Para se fazer essa divisão foram usados critérios como semelhanças naturais, tais como relevo, clima, vegetação e solo, bem como afinidades socioculturais.

Região mais populosa e rica do Brasil, o Sudeste ocupa 10,85% do território brasileiro. Altamente urbanizada (90,5%)[4], abriga as três metrópoles mais importantes do país, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, além de ser o maior colégio eleitoral do Brasil.[5]

A região Sudeste apresenta índices socias elevados: possui o segundo maior IDH do Brasil, 0,824, perdendo apenas para a região Sul, e o maior PIB per capita do país, R$ 15.468,00.

A região Sudeste é caracterizada fisicamente pela existência de montanhas antigas e arredondadas pela erosão, os chamados mares de morros, notados nos 4 estados. No pico destas montanhas, existem cortes inclinados mais altos, que geram formações como a serra da Mantiqueira, a serra do Mar e a serra do Espinhaço. O Sudeste possui a maior média de altitude do Brasil, tendo como ponto mais alto o Pico da Bandeira, 3° maior do Brasil com 2.892 metros, sendo localizado entre Minas Gerais e o Espírito Santo.

O clima dessa região é bastante diversificado no que diz respeito à temperatura, em função de três fatores principais: a posição latitudinal, a topografia acidentada e a influência dos sistemas de circulação perturbada.

Corresponde a uma faixa de transição entre climas quentes das baixas latitudes e os climas mesotérmicos das latitudes médias, mas suas características mais fortes são de clima tropical. O norte de Minas Gerais possui clima semi-árido e faz parte do Polígono das Secas. Nas áreas mais elevadas do planalto atlântico, ocorre o clima tropical de altitude, que tem temperaturas mais baixas que as demais áreas.

A vegetação predominante é a Mata Atlântica, mas novamente há exceções como a Mata de Araucária no sul de São Paulo e nas regiões serranas, e a Caatinga no norte de Minas Gerais.

O norte de Minas Gerais possui características do Nordeste, fazendo parte da bacia do Rio São Francisco e era território do estado de Pernambuco até o início do século XIX.

O interior de São Paulo, notadamente a região entre os rios Tietê e o Paranapanema (região de Bauru, Marília, Itapeva, Presidente Prudente) é região de transição entre o Sudeste e o Sul, possuindo características destas duas regiões.

Hoje em dia restam pequenos trechos da Mata Atlântica porque a maioria da mata foi substituída por áreas urbanas, pastagens e plantações.

No litoral, nas partes mais alagadas encontramos os manguezais. A região apresenta vários rios importantes, como o Rio Tietê, Rio Paraíba do Sul, Rio Paraná, Rio Piracicaba, Rio Doce.

A região também apresenta a nascente do rio São Francisco, na serra da Canastra em Minas Gerais. Os rios da região são utilizados para navegação, mas principalmente para a produção de energia elétrica através de usinas hidrelétricas. Nessa região está localizada Furnas.

Cultura

A cultura da região Sudeste é, basicamente, de origem portuguesa. As diversas colônias de imigrantes, com destaque para os italianos e japoneses, também têm forte influência. A influência indígena e africana são marcadas na música e na culinária da região.

Artes

As festas típicas da região são marcadas pela influência africana, como as congadas, a festa do Divino Espírito Santo, reisados, lundus, sambas etc. Além disso, a cultura caipira é muito presente no interior dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

Culinária

A culinária do Sudeste é muito rica e diversa, variando de estado para estado. No Rio de Janeiro a comida típica é a feijoada. Minas Gerais tem uma das cozinhas mais expressivas do país, incluindo pratos como o pão de queijo, tutu de feijão, feijão tropeiro, angu, etc. No Espírito Santo, o prato típico é a moqueca. São Paulo não possui uma cozinha típica, dado que cada comunidade de imigrantes manteve seus hábitos alimentares, muito embora a influência italiana seja predominante. O prato mais consumido em São Paulo é a pizza.

Religião

Devido à influência portuguesa, a maior parte da população professa a fé católica, embora há crescentes aderentes do protestantismo e, em menor medida, seguidores do judaísmo, budismo, islamismo, espiritismo e religiões afro-brasileiras.

Literatura

Na literatura, o Sudeste destaca-se com os seguintes escritores:

• Adélia Prado • Alphonsus de Guimaraens • Álvares de Azevedo • Basílio da Gama • Bernardo Guimarães • Carlos Drummond de Andrade • Casimiro de Abreu • Cecília Meireles • Cláudio Manuel da Costa • Euclides da Cunha • Fagundes Varela • Fernando Sabino • Gonçalves de Magalhães • Guimarães Rosa • Joaquim Manuel de Macedo • Lima Barreto • Machado de Assis • Manuel Antônio de Almeida • Mário de Andrade • Monteiro Lobato • Nélida Piñon • Olavo Bilac • Oswald de Andrade • Raul Pompéia • Rubem Braga • Tomás Antônio Gonzaga

Música

Na música, entre outros, o Sudeste destaca-se através da obra de:

• Antônio Carlos Jobim • Arnaldo Antunes • Adoniran Barbosa • Ari Barroso • Cartola • Cassia Eller • Cazuza • Chico Buarque de Holanda • Chiquinha Gonzaga • Edu Lobo • Guilherme Arantes • Inezita Barroso • Lulu Santos • Lupicínio Rodrigues • Lamartine Babo • Martinho da Vila • Milton Nascimento • Noel Rosa • Paulinho da Viola • Renato Russo • Rita Lee • Toquinho • Vila Lobos • Vinicius de Moraes • Zé Ramalho

Artes plásticas

Nas artes plásticas, entre outros, o Sudeste destaca-se com os seguintes nomes:

• Aleijadinho • Anita Malfatti • Benedito Calixto • Candido Portinari • Di Cavalcanti • Djanira • Guignard • Hélio Oiticica • Mestre Ataíde • Tarsila do Amaral • Victor Brecheret

Região Sul

1. Fonctions

A região sul, é formada pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e possui grande influência européia (principalmente italiana e alemã).Limita-se a norte pelo Estado de São Paulo, a oeste pelo Estado de Mato Grosso do Sul, Argentina e Paraguai, a leste pelo oceano Atlântico e, a sul pelo Uruguai. Os três estados do sul - além do Distrito Federal -, são quem reúnem os melhores indicadores nacionais em educação, saúde e qualidade de vida. Apesar dos três estados estarem entre os dez maiores arrecadadores de impostos do país, recebem menos verbas federais que os estados do Nordeste - mais carentes. Na tentativa de equilibrar as contas, catarinenses e paranaenses lançam mão de programas de privatização de companhias de energia, água e bancos estaduais.

2. L'histoire de l'immigration dans le sud du Brésil

Região Sul teve sua formação étnica complementada por uma infinidade de outras raças, que embora em proporções bem mais reduzidas que os portugueses, alemães e italianos, contribuíram a seu modo para a consolidação do espírito progressista que hoje caracteriza os três estados sulinos. Os poloneses formam o grupo mais numeroso de imigrantes do Paraná. Eles começaram a chegar em 1871, distribuindo-se principalmente pelos arredores de Curitiba e pelo centro-sul do estado, formando colônias em Mallet, Cruz Machado, São Matheus do Sul, Irati e União da Vitória. Embora também sejam eslavos, os ucranianos diferenciam-se dos poloneses pela língua, costumes e origem histórica. Povo agrícola começou a chegar em 1891, trazendo o estilo bizantino de suas igrejas, seus trajes bordados, comidas e danças típicas. Em Santa Catarina, os descendentes de eslavos habitam cidades próximas à fronteira com o Paraná, como São Bento do Sul e Mafra. Instalados desde 1911 na região de Castro, no Paraná, os holandeses conseguiram destaque com a industrialização de derivados do leite. Seus principais núcleos estão localizados em Carambei, Castrolândia e Arapoti, mas eles são poucos numerosos, assim como outras etnias de origem germânica, como austríacos e suíços. Treze Tílias, em Santa Catarina, é uma exceção. A cidade é formada quase que exclusivamente por austríacos e seus descendentes, possui arquitetura típica e até um consulado daquele país. Os povos anglo-saxões são representados pelos ingleses, que chegaram ao Paraná no início do século XX para a instalação de ferrovias na região norte do estado e deixaram alguns descendentes na região de Londrina. Atualmente, os japoneses são os que mais imigraram para o Brasil. O início da sua entrada no país data de 1908, acentuando-se a partir de 1920 e depois da segunda guerra mundial. Destinaram-se inicialmente a fazendas de café no Norte do Paraná, mas depois espalharam também colônias no litoral, principalmente em Paranaguá, Morretes e Cacatu. Em Santa Catarina, 30 famílias de japoneses vivem no município de Frei Rogério, onde cultivam hortaliças e as tradições do seu país.

3. Culture du sud du Brésil

Algumas festas populares ultrapassam a noção de simples evento no calendário de uma cidade. Pode-se dizer que enquadram-se nesse caso: • a Oktoberfest de Blumenau, com uma história extraordinária (nascida de uma catástrofe para congregar a população da cidade); • a Festa da Uva em Caxias do Sul, iniciada em 1931 e associada à viticultura. Um traço característico forte vem do encontro dos países vizinhos (platinos) - Argentina, Uruguai e Paraguai, que deu origem a uma variedade de tradições conhecidas como gaúchas. São praticadas principalmente na região que se estende do Rio Grande do Sul ao Paraná e cultivadas em associações. O churrasco e o chimarrão, mais do que gastronomia, são essencialmente atos de vida social. No extremo sul do país é comum que se associe ao churrasco a música e dança típicas. A maior influência dos italianos está presente nas cidades serranas, com muito vinho e comidas típicas das aldeias italianas. FOLCLORE O folclore e a tradição alemã são manifestados em festas típicas nas cidades de Joinville e Blumenau. Na pequena cidade chamada Pomerode é comum encontrar Brasileiros que só sabem o idioma alemão.

Já no estado do Rio Grande do Sul, o espírito regionalista oferece um folclore rico na música e dança com uso de trajes típicos e costumes próprios, como o churrasco gaúcho feito no espeto e o hábito de beber “chimarrão”, um chá de ervas, servido em cuia especial, nas rodas de bate papo.

A dança gaúcha tem uma elegância semelhante ao samba de salão, praticado no Rio de Janeiro nos anos 50-60. A dança gaúcha se destaca pela consistência: os gestos e coreografias são marcadamente característicos. Entre elas tem-se o vanerão, o bugio e a milonga. Hospitalidade, as rodas de chimarrão, os churrascos, os fandangos (bailes em CTGs com música tradicionalista), os desfiles a cavalo ex: semana Farroupilha, são apenas alguns exemplos da cultura sulista. Rio Grande do Sul: No maior e mais populoso estado da região Sul, fica um dos pontos extremos do País, o Arroio Chuí. O clima do Rio Grande do Sul é temperado, e o relevo apresenta planícies litorâneas, planaltos a oeste e nordeste e depressões no centro. A vegetação é variada: campos (os pampas gaúchos), mata de araucárias e restingas. O principais colonizadores foram os italianos, que se fixaram principalmente na região serrana, no nordeste do estado, os alemães, que ocuparam a região do vale do rio dos Sinos, ao norte de Porto Alegre e os portugueses, entre eles os açorianos, permaneceram no litoral. Além da influência européia, o gaúcho cultiva as tradições dos pampas, na fronteira com o Uruguai e a Argentina. Entre essas tradições destacam-se o chimarrão, o churrasco e o uso de trajes típicos, compostos de bombacha (calças folgadas, de origem turca, presas ao tornozelo), poncho e lenço no pescoço.