Ele - Está? … Alô? … Está? …
Ela - Sim … Quem fala?
Ele - Está? És tu? És tu, Ana Luísa?
Ela - Sim, quem fala?
Ele - Daqui é o Carlos.
Ela - Ah!… És tu, amor?!
Ele - Sim! Sou eu mesmo. Ouve lá: chegaste bem a Lisboa? Não há novidade?
Ela - Como? Se fui passear à cidade?
Ele - Não, não é isso. Pergunto se chegaste bem a Lisboa, se não há novidade.
Ela - Ah! Já ouvi. Cheguei, cheguei muito bem. A viagem foi óptima. Está. Estás a ouvir-me?
Ele - Sim. Continua. Ouve-se mal, mas dá ainda para perceber.
Ela - Pois! A viagem foi óptima. Cheguei bem, embora um pouco cansada. Os meus tios estavam à espera.
Ele - Quem? O quê? Os teus fios?!
Ela - Não, disse que os meus tios estavam à minha espera. Estão bons.
Ele - Olha… Luísa? Estás a ouvir-me? Eu ouço muito mal. É melhor desligar. Às oito horas volto a ligar para aí. Está bem?
Ela - Certo! À hora esperarei o teu telefonema. Ciao! Até logo, querido.
Ele - Adeus, até logo.1)