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 Questions de la salle Questions de la salle
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 +De gauche à droite : Mauro Ceraolo, Sérgio Cunha, Jean-Pierre Chavagne et Cácia Hoffman
  
 ===== Intervention de CH (5') ===== ===== Intervention de CH (5') =====
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   * O PORQUÊ DA INTERCOMPREENSÃO NA SEMANA DE LETRAMENTO:    * O PORQUÊ DA INTERCOMPREENSÃO NA SEMANA DE LETRAMENTO: 
 Porque a intercompreensão é um caminho para se desenvolver a leitura e a escrita em qualquer língua, principalmente nos dias de hoje em que, espontaneamente ou não, as pessoas são levadas a entrar em contato com várias línguas simultaneamente; porque temos investido nela desde 2007 justamente por se tratar de uma política democrática e benéfica para todos os povos e culturas de qualquer parte do mundo, de qualquer nível social, porque neutraliza preconceitos e promove integração cultural, muda paradigmas comportamentais e sociais, sendo nosso primeiro e principal foco o Brasil e nossos vizinhos, ou seja, a América Latina. Porque a intercompreensão é um caminho para se desenvolver a leitura e a escrita em qualquer língua, principalmente nos dias de hoje em que, espontaneamente ou não, as pessoas são levadas a entrar em contato com várias línguas simultaneamente; porque temos investido nela desde 2007 justamente por se tratar de uma política democrática e benéfica para todos os povos e culturas de qualquer parte do mundo, de qualquer nível social, porque neutraliza preconceitos e promove integração cultural, muda paradigmas comportamentais e sociais, sendo nosso primeiro e principal foco o Brasil e nossos vizinhos, ou seja, a América Latina.
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 +**POR QUÊ?**
 +Por que incluirmos a Intercompreensão num encontro dedicado ao letramento? Por que uma mesa redonda para falar sobre leitura em língua estrangeira através da Intercompreensão e, consequentemente, de suas ferramentas? Nosso objetivo é divulgar a Intercompreensão e, divulgando-a, torná-la conhecida e mais familiar aos professores de línguas e à sociedade em geral. Pretendemos mostrar de que maneira a Intercompreensão atua sobre o processo de desenvolvimento da compreensão de textos (leitura)e da expressão escrita em língua estrangeira, embora o processo seja o mesmo para a língua materna. Ao se aprimorar a compreensão de textos numa determinada língua, aprimorar-se-á esta mesma compreensão em outras línguas. Ao aprimorarmos a capacidade de expressão, aprimoramos a qualidade dos textos produzidos. Seja em uma ou outra língua. Portanto, a Intercompreensão está presente neste encontro porque se trata de uma via direta para se desenvolver a leitura e a escrita em qualquer língua, principalmente nos dias de hoje em que, espontaneamente ou não, conscientemente ou não, as pessoas são levadas  a entrar em contato com várias línguas simultaneamente; porque a Universidade Federal do Paraná e seu Centro de Línguas e Interculturalidade tem investido nela desde 2007 justamente por se tratar de uma política democrática e benéfica para todos os povos e culturas de qualquer parte do mundo e de qualquer nível social; porque neutraliza preconceitos e promove integração cultural; muda paradigmas comportamentais e sociais. Daí nosso objetivo maior de implantar esta nova técnica de ensino-aprendizagem de línguas no Brasil e na América Latina. 
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 +**Mas o que é Intercompreensão?** Em poucas palavras, intercompreensão é o processo pelo qual dois ou mais falantes de línguas maternas diferentes conversam e se compreendem, cada um usando sua própria língua. Estranho? Novidade? Nem tanto. É o que está acontecendo cada vez mais intensamente nos dias de hoje, principalmente com a entrada da internet nos nossos lares, o que se deu para valer no Brasil a partir dos anos 90. Podemos citar inúmeros exemplos: em várias regiões do Brasil fala-se em casa ou em pequenas comunidades alemão/italiano/japonês/ucraniano etc paralelamente ao português, língua oficial. Retroagindo no tempo, encontraremos as raízes africanas que se mesclaram ao português sob formas diversas em regiões diversas, e as indígenas dos povos que aqui nos precederam, sobreviveram e falam duas línguas em suas comunidades (aldeias): o guarani e suas variantes e o português. Para a União Européia, isto se tornou uma necessidade consciente e daí surgiram as pesquisas e trabalhos mais recentes para facilitar a comunicação entre seus povos. A Intercompreensão tornou-se a mola-mestra destas pesquisas e, consequentemente, desenvolveram-se vários projetos e ferramentas que já se encontram implantadas principalmente nas instituições escolares. Existem muitas ferramentas. Uma delas, adaptável facilmente no contexto escolar brasileiro é a plataforma Lingalog sobre a qual nos concentraremos logo adiante. Outra ferramenta que apresentaremos são os Itinerários Românicos que se concentra nas línguas de origem latina.
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 +**Alfabetização x leiturização-letramento.** Entendido o que é Intercompreensão, faz-se necessário estabelecer a diferença entre alfabetização e "leiturização", ou letramento, como preferimos chamar no Brasil. Quando falamos em letramento ou leiturização (tradução do francês //lecturisation//) estamos opondo a idéia de alfabetização. Ler e compreender o que se lê não tem relação direta com alfabetização. Leitura pressupõe alfabetização, mas o contrário não acontece, ou seja, ser alfabetizado não garante a formação de um leitor - aquele que compreende e apreende o significado do texto. Verifica-se no ensino básico, na universidade - o que costuma nos surpreender mas é plenamente compreensível - e antes da universidade, observa-se no vestibular que nossos alunos não demonstram uma capacidade satisfatória de compreender um texto. Ora, não compreender o que se lê implica dificuldade em expressar as próprias idéias e sentimentos, ou seja, fica configurada a dificuldade para se redigir textos que revelem/traduzam as próprias idéias. Uma coisa leva à outra.
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 +**Relação Intercompreensão x Letramento.** Entendida a diferença entre alfabetização e "leiturização", fica mais fácil entender e aceitar a Intercompreensão como um processo que leva ao desenvolvimento da efetiva compreensão de texto e uma boa expressão escrita como consequencia natural desse processo. A Intercompreensão é, portanto, um recurso didático-pedagógico para o desenvolvimento da leitura e da escrita, em língua estrangeira - e materna também. Exemplificando, em nossa prática de ensino de língua estrangeira, no Centro de Línguas e Interculturalidade da UFPR, já constatamos que, ao trabalharmos sobre o texto em língua estrangeira durante o semestre, em se tratando de alunos que revelavam acentuada dificuldade em se expressar e construir um pequeno texto coerente, tivemos a oportunidade, depois de alguns meses, de verificar o progresso destes mesmos alunos ao redigirem textos em português. 
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 +**Como utilizar a Intercompreensão de forma prática e objetiva na sala de aula?** A Intercompreensão possui várias ferramentas, quais as línguas que possuem vários métodos - cada uma tem características próprias. Neste encontro, nós nos concentraremos sobre a plataforma Lingalog, de autoria do professor Jean-Pierre Chavagne da Universidade de Lyon2. É uma plataforma construída na internet. Conhecer esta plataforma e seu funcionamento faz dela um meio prático e muito acessível de se aplicar a intercompreensão no espaço escolar. O resultado é a melhoria da relação do aluno com a sua e com as outras línguas. Estabelece-se uma relação humana e real de um ser humano que se comunica com outro ser humano através da linguagem. A plataforma faz a ponte. E, para se comunicar, faz-se necessário compreender o outro, seja na sua própria língua seja em língua estrangeira. A percepção da linguagem como aliada para alcançar o outro torna-a humana e completamente real - concreta. Daí podermos citar exemplos de práticas de intercompreensão em que os envolvidos não estão conscientes do processo que estão a realizar. Na escola o processo será consciente e vamos usá-lo a nosso favor, facilitando o aprendizado, estimulando-o pelo contato com outros aprendizes em contexto real de discurso e discussão. Ainda entre os porquês desta intervenção, citamos alguns atributos deste novo paradigma da pedagogia moderna:
 +  * ela é democrática por natureza
 +  * aproxima pessoas mesmo à distância
 +  * respeita e enaltece as diferenças culturais
 +  * neutraliza preconceitos
 +  * neutraliza distâncias físicas
 +  * educa para a cidadania, portanto para a vida
 +  * põe em questionamento a relação entre o real e o virtual
 +  * desenvolve o espírito de equipe e a interatividade, mesmo entre continentes diferentes
 +  * pode se tornar um vetor de união entre povos e sociedades
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 +Então, como trabalhar a Intercompreensão através de uma ferramenta prática, gratuita e democrática chamada Lingalog é o que veremos a seguir.      
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 ===== Intervention de JPC (15/20')===== ===== Intervention de JPC (15/20')=====