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+ | ==== A DITADURA MILITAR ATRAVÉS DO OLHAR INFANTIL: REPRESENTAÇÕES E IMAGINÁRIO SOCIAL NO FILME O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS (2006) ==== | ||
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+ | Oficina do Historiador, | ||
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+ | //RESUMO: Neste estudo refletimos sobre as representações presentes na obra fílmica O ano em que meus pais saíram de férias (2006), de Cao Hamburger, considerando a relação entre História e Cinema, a partir de elementos como o imaginário social acerca da ditadura militar e o cotidiano histórico inerente aos anos de chumbo no Brasil. A análise busca no olhar infantil da personagem principal da narrativa as representações simbólicas pelas quais o regime militar afetou a cotidianidade dos indivíduos. Neste sentido, valendo-nos dos conceitos trazidos pela Nova História Cultural e tendo a pesquisa bibliográfica e a análise de imagens em movimento como metodologia do estudo, buscamos as aproximações das representações sociais, do imaginário e do cotidiano inerentes à ditadura militar no Brasil. // | ||
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+ | Este estudo tem por objetivo analisar as representações sociais e o imaginário referente à Ditadura Militar no Brasil construídas pela narrativa fílmica O ano em que meus pais saíram de férias (2006), do cineasta Cao Hamburger, levando em consideração o enfoque que a obra traz, ou seja, a representação do regime ditatorial através do olhar do garoto chamado Mauro. Parte das vivências dessa personagem estão, diretamente, | ||
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+ | Para tanto, nossa base teórica está centrada nos estudos referentes à representação social, através dos conceitos trazidos por autores como Roger Chartier (1990; 2002) e Denise Jodelet (2001) e no que concerne ao imaginário social, sob a lógica de Bronislaw Backzo (1985) e Gilbert Durand (2011). Também nos apropriaremos do conceito de cotidiano e suas aplicações, | ||
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+ | Nesse grupo estão presentes filmes como “Eles não usam Black-Tie” (1981), “Pra frente Brasil” (1982), “Lamarca” (1994), “O que é isso companheiro? | ||
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+ | Nesse sentido, interessa-nos aplicar a teoria elencada para nosso estudo ao encontro do objeto fílmico, refletindo assim sobre as representações presentes no longa-metragem. | ||
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+ | Desse modo, selecionamos cinco cenas que se relacionam a essa temática e que apresentam as questões supracitadas. São momentos da narrativa em que o cotidiano do garoto e das personagens que com ele relacionam-se foi, mesmo que indiretamente, | ||
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+ | Contudo, buscamos ultrapassar a análise, fundamentalmente, | ||
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+ | **História e fontes audiovisuais: | ||
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+ | Cinema e História tem estreitado os seus laços, problematizando a pesquisa em uma perspectiva interdisciplinar ao compartilhar fontes, teorias e métodos. Cristiane Nova (1996), nesse sentido, destaca que mesmo que as relações entre essas duas áreas não sejam recentes, foi somente a partir da década de 1970 que o filme começou a ser visto como um possível documento para a investigação histórica, | ||
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+ | As fontes audiovisuais são novas e desafiadoras para a História, diz Marcos Napolitano (2011). O autor explica que seu estatuto é paradoxal, ou seja, se por um lado, as fontes como o cinema, a televisão e os registros sonoros em geral são considerados por alguns, testemunhas quase diretas e objetivas da História, contendo um alto poder ilustrativo, | ||
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