Le cinéma brésilien et français

Le cinéma est un art incroyablement riche. Grâce à une technique audiovisuelle, le public pourra s'émouvoir devant un film, rire, être angoissé, pleurer, être énervé, avoir peur… Le cinéma suscite de nombreuses émotions grâce au jeu des acteurs mais aussi par l'histoire du film ou la façon de le réaliser.
Quelles différences entre le cinéma français et brésilien?
Tout d'abord nous allons comparer l'histoire du cinéma puis prendre quelques films emblématiques en exemple pour chacun des deux pays.

Le cinéma français


  • L'histoire du cinéma


Le cinéma est né progressivement dans la seconde moitié du XIXe siècle, avec le développement de la photographie. On attribue généralement l'invention du cinéma aux frères Lumière, concepteurs du cinématographe en 1895, bien qu'il s'agit plus d'une accumulation d'expérimentations et d'avancées que d'une invention.
Après avoir tourné plusieurs films en 1894, les frères Lumière décident d’organiser, le 28 décembre 1895 au Salon indien du Grand Café à Paris, une projection publique payante d’un programme comprenant notamment L'Arroseur arrosé, Le Repas de bébé ou encore La Sortie de l'usine Lumière à Lyon .

L'un des premiers films: La sortie de l'usine Lumière à Lyon .
Comme on peut le voir, la technique est encore très primaire pour nous aujourd'hui, mais révolutionnaire pour l'époque.
Pour rendre le cinéma attractif, on jouait de la musique pendant la diffusion des films car les moyens techniques ne permettaient pas encore d'introduire de mots au cinéma. On voyait les acteurs jouer et parfois ce qu'ils disaient apparaissait écrit sur une image après la scène jouée par les acteurs.

Après ce cinéma muet et en noir et blanc vint le cinéma parlant.
Le Chanteur de jazz, réalisé en 1927 par Crosland, est considéré comme le premier film parlant, en tout cas le premier succès public du cinéma sonore.

Extrait du chanteur de Jazz

Enfin, la dernière révolution vint de l'arrivée du cinéma en couleur.
Le premier long métrage tourné en couleur date de 1935 : Becky Sharp de Rouben Mamoulian. Il a été tourné en Technicolor trichrome (procédé qui permet de reproduire un très grand nombre de couleurs à partir de trois couleurs primaires). Pourtant, il faut attendre la fin des années 1960 pour que la couleur s’impose finalement, bien que certains films soient encore tournés en noir et blanc, par choix esthétique, comme The Artist de Michel Hazanavicius très récemment en 2011.

De nos jours, le cinéma connaît de perpétuelles innovations avec l'arrivée du numérique, qui permet une image beaucoup plus nette, belle et propre, ou de la 3D.


  • Exemple de films cultes français:

Tout d’abord, L’AUBERGE ESPAGNOL.

Date de sortie : 2002

Réalisé par : Cédric Klapisch

Avec : Romain Duris, Judith Godrèche, Audrey Tautou.

Genre : Comédie

Résumé : Xavier, vingt-cinq, décide de partir un an à Barcelone, pour sa dernière année d'études en économie et pour apprendre l’espagnol. Pour cela il doit quitter sa petite amie Martine, ensemble depuis quatre ans. A Barcelone, il partage un appartement avec sept étudiants étrangers, tous membres de la communauté européenne.

Avis : C’est un film drôle avec une mise en scène original et une histoire prenante. Mélange d’amour et d’amitié forte avec de bons acteurs français. C'est un bon portrait de la jeunesse européenne et de l'atmosphère Erasmus, réaliste, soulignant bien à quel point les cultures s'enrichissent mutuellement. Il rendra nostalgique tout ceux qui ont eu la chance de pouvoir partir pour plusieurs mois dans un pays étranger (Brésil, Portugal ou France par exemple !)

Bande d’annonce :

Puis nous avons, LES POUPÉES RUSSES (suite de l’auberge espagnole)

Date de sortie : 2005

Réalisé par : Cédric Klapisch

Avec : Romain Duris, Audrey Tautou, Cécile de France

Genre : Comédie dramatique

Résumé : Xavier a aujourd’hui 30 ans. Même s'il continue sa carrière d’écrivain, sa vie semble toujours autant en vrac. Travail et relations amoureuses ne sont pas au beau fixe, et Xavier continue de chercher des réponses aux questions de sa vie. Entre Paris, Londres et Saint-Pétersbourg, il va traverser diverses expériences et aventures amoureuses à la recherche de la femme idéale.

Avis : Comme le précédent, on ressort du film le sourire aux lèvres et de l'amour plein les yeux. Le réalisateur trouve encore ici l'art et la manière de décrire les sentiments humains d'une façon très réaliste. Les personnages sont plus qu'attachants et on se laisse avoir par leurs sentiments. C'est un bon film avec une bonne mise en scène de bons acteurs.

Bande annonce :




O cinema do Brasil



O cinema do Brasil existe como exibição e entretenimento desde julho de 1896, e como realização desde 1897. Embora nunca tenha chegado a se estruturar plenamente como indústria, o cinema brasileiro, em seus mais de 110 anos de História, teve momentos de grande repercussão internacional, como na época do Cinema Novo, e de crescimento do mercado interno. Na primeira década do século XXI, a atividade cinematográfica no Brasil envolve pouco mais de 2 mil salas, que vendem uma média de 100 milhões de ingressos anuais, dos quais entre 15 e 20% são para filmes brasileiros. A produção nacional tem mantido uma média de 90 a 100 filmes de longa-metragem por ano, sendo que nem todos conseguem lançamento comercial.

  • O início



Afonso Segreto, junto aos primeiros projetores da Empreza Paschoal Segreto: os irmãos italianos foram os precursores do cinema no Brasil.

A primeira exibição de cinema no Brasil aconteceu em 8 de julho de 1896, no Rio de Janeiro, por iniciativa do exibidor itinerante belga Henri Paillie. Naquela noite, foram projetados oito filmes curtos de cerca de um minuto cada, com interrupções entre eles e retratando apenas cenas do cotidiano de cidades da Europa. Só a elite carioca participou deste fato histórico para o Brasil, pois os ingressos não eram baratos. Um ano depois já existia no Rio uma sala fixa de cinema.

Os primeiros filmes brasileiros foram rodados entre 1897-1898. Uma “Vista da baia da Guanabara” teria sido filmado pelo cinegrafista italiano Afonso Segreto (irmão de Paschoal) em 19 de junho de 1898. Por isso, desde os anos 1970, 19 de junho é considerado o Dia do Cinema Brasileiro.

Breve História do Cinema Brasileiro

O primeiro filme sonoro brasileiro é a comédia “Acabaram-se os otários” (1929), de Luiz de Barros.

Trecho do filme, o primeiro filme sonorizado da história do cinema brasileiro

Nos anos 1930, as distribuidoras de filmes norte-americanos no Brasil investem muito dinheiro em publicidade e na aparelhagem de som dos cinemas, e passam a vender seus filmes. Ao contrário do que se esperava, o público brasileiro rapidamente se acostuma a ler legendas. Dentro da ideia de imitar Hollywood, são produzidos alguns musicais: românticos como “Bonequinha de seda” (1936) ou carnavalescos como “Alô, alô, Brasil” (1935) e “Alô, alô, carnaval” (1936), nos quais surge Carmen Miranda, logo contratada por Hollywood.
Já nos anos 40, a ideia de “tratar temas brasileiros com a técnica e a linguagem do melhor cinema mundial” seduz empresários e banqueiros paulistas, investem na Vera Cruz - uma grande produtora construída nos moldes de Hollywood, com enormes estúdios, muitos equipamentos, diretores europeus e elencos fixos.
Nos anos 50, por influência do Neo-realismo italiano, surge no Rio um profundo questionamento às tentativas de transplantar Hollywood para o Brasil. São realizados filmes com baixo orçamento, temática popular e busca de um realismo brasileiro.

  • Cinema novo: 1963-1970



Uma parcela da juventude brasileira descobre este novo cinema, comprometido com a transformação do país. Em 1963, o movimento se inicia por 3 filmes: “Os Fuzis”, de Ruy Guerra; “Deus e o diabo na terra do sol”, de Glauber Rocha; e “Vidas secas”, de Nelson Pereira dos Santos. Em todos eles, é mostrado um Brasil desconhecido, com muitos conflitos políticos e sociais. É Glauber Rocha quem define os instrumentos do cinema novo: “uma câmara na mão e uma idéia na cabeça”.
Em 1992, o Ministro da Cultura cria a Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual, que libera recursos para produção de filmes através do Prêmio Resgate do Cinema Brasileiro e passa a trabalhar na elaboração do que viria ser a Lei do Audiovisual.
Em 1995, começa-se a falar numa “retomada” do cinema brasileiro. Novos mecanismos de apoio à produção, baseados em incentivos fiscais e numa visão neoliberal de “cultura de mercado”, conseguem efetivamente aumentar o número de filmes realizados e levar o cinema brasileiro de volta à cena mundial. O filme que inicia este período é Carlota Joaquina, Princesa do Brazil (1995) de Carla Camurati. No entanto, as dificuldades de penetração no seu próprio mercado continuam: a maioria dos filmes não encontra salas de exibição no país, e muitos são exibidos em condições precárias: salas inadequadas, utilização de datas desprezadas pelas distribuidoras estrangeiras, pouca divulgação na mídia local.
Em 1997, para alcançar o mercado cinematográfico, as Organizações Globo criaram sua própria produtora, a Globo Filmes, empresa especializada que veio a reposicionar o cinema brasileiro. Em pouco tempo, a produtora Globo Filmes viria a se tornar um grande monopólio ocupante do mercado cinematográfico brasileiro. Através do cinema, o conglomerado foi capaz de atingir um dos últimos segmentos tradicionais do mercado audiovisual brasileiro, nicho no qual ela ainda não apresentava nenhuma participação realmente direta. Entre 1998 e 2003, a empresa se envolveu de maneira direta em 24 produções cinematográficas, e a sua supremacia se cristalizaria definitivamente no último ano deste período, quando os filmes com a participação da empresa obtiveram mais de 90% da receita da bilheteria do cinema brasileiro e mais de 20% do mercado total.
Alguns filmes lançados na primeira década do novo século, com uma temática atual e novas estratégias de lançamento, como Cidade de Deus (2002) de Fernando Meirelles, Carandiru (2003) de Hector Babenco e Tropa de Elite (2007) de José Padilha, alcançam grande público no Brasil e um certo sucesso internacional.

Trailer Central do Brasil



Sinopse

Dora (Fernanda Montenegro) é uma mulher que trabalha na estação Central do Brasil escrevendo cartas para pessoas analfabetas; uma de suas clientes, Ana aparece com o filho Josué pedindo que escrevesse uma carta para o seu marido dizendo que Josué quer visitá-lo um dia. Saindo da estação, Ana morre atropelada por um ônibus e Josué, de apenas 9 anos e sem ter para onde ir, se vê forçado a morar na estação. Com pena do garoto, Dora decide ajudá-lo e levá-lo até seu pai que mora no sertão nordestino. No meio desta viagem pelo Brasil eles encontram obstáculos e descobertas enquanto o filme revela como é a vida de pessoas que migram pelo país na tentativa de conseguir melhor qualidade de vida ou poder reaver seus parentes deixados para trás.


Trailer Cidade de Deus



Sinopse

Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresce em um universo de muita violência. Buscapé vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o dia-a-dia da favela onde vive, onde a violência aparenta ser infinita.