GUIA DO FORMADOR GALAPRO

Version provisoire élaborée pour la Session 2 par : Ana Isabel Andrade, Ana Sofia Pinho, Leonor Santos, Maddalena De Carlo, e Maria Helena Araújo e Sá.

Introdução

Este Guia constitui-se como uma referência para o formador Galapro, apoiando-o no desenvolvimento da sua actividade, ao longo de uma sessão de formação. Tem em conta os princípios orientadores do projecto, as características do cenário e a experiência adquirida nas sessões de formação entretanto realizadas e avaliadas.

Pretende-se, com este documento:

- promover a reflexão sobre o que é formar para a Intercompreensão (IC) e, consequentemente, o perfil do formador neste domínio;

- clarificar as funções e papéis do formador Galapro, bem como as actividades que deve promover para a concretização do cenário de formação (e que incluem tarefas de coordenação de trabalho, gestão de grupo(s) e promoção da formação propriamente dita e das competências-alvo (cible) dos formandos);

- facilitar uma resposta concertada às questões de organização e gestão do trabalho que se colocam num cenário de formação deste tipo (à distância, plurilingue, com grupos institucionais e de trabalho muito diversificados).

Como suporte da sua actividade, o formador Galapro tem ao seu dispor, para além deste Guia, documentos de apresentação e explicitação da sessão de formação, em http://www.lingalog.net/dokuwiki/sessions/galapro/session2/accueil , bem como outros textos de referência do projecto (em www.galapro.eu).

Parte 1: Perfil do formador em Intercompreensão

Com a finalidade de traçar um perfil de formador em/para a intercompreensão (IC) no contexto do projecto Galapro, importa começar por reflectir sobre o que significa, em termos globais, ser formador nesta área.

Um formador para a IC é alguém que acredita no conceito em causa como um organizador didáctico e formativo que permite trabalhar diversas dimensões do sujeito, encarado na sua totalidade linguístico-comunicativa e profissional (tais como, cognitivas, éticas, emocionais, volitivas, accionais…), proporcionando aos formandos os seus tempos próprios de aprender e construindo com eles espaços de interacção plurilingue e colaborativa que estimulem essas aprendizagens.

Considera-se, por isso, que uma formação em/para a IC exige um formador com um perfil complexo e multidimensional, com saberes e experiências de diferentes tipos capazes de dar corpo a uma educação para o plurilinguismo, numa vontade de estabelecer pontes entre línguas, sujeitos e universos socioculturais.

Neste quadro referencial, o perfil apresentado organiza-se em 4 grandes dimensões, que procuram articular saberes, saber-fazer e valores, e que deverão ser consideradas de modo holístico e inter-actuante: dimensão linguístico-comunicativa e do ensino/aprendizagem de línguas; dimensão da supervisão; dimensão interpessoal, social e ética; dimensão técnico-metodológica. Discriminam-se seguidamente essas dimensões.

Dimensão linguístico-comunicativa e do ensino/aprendizagem de línguas

Esta dimensão remete para um formador potencialmente capaz de desenvolver:

  • uma relação privilegiada com as línguas, entendida como uma relação sócio-afectiva e motivacional no que diz respeito às línguas e às culturas, estabelecendo pontes entre elas e compreendendo o seu papel como actor social face à importância formativa da diversidade;
  • um conhecimento reflectido sobre as questões do ensino e da aprendizagem de línguas nos seus aspectos pedagógico-didácticos e político-formativos;
  • um conhecimento sobre a noção de IC, na sua pluri-significação e complexidade, tomado como plataforma para a descoberta e o desenvolvimento teóricos e para a construção de novos percursos linguísticos, comunicativos e formativos;
  • uma capacidade de (des/re)construir práticas de educação linguística através de um trabalho sobre as representações das línguas e das culturas, sobre as competências linguístico-comunicativas e os repertórios globais dos sujeitos, levando ao estabelecimento de relações com os diversos contextos comunicativo-profissionais.

Dimensão da supervisão

Nesta dimensão, identificam-se capacidades de:

  • coordenar a realização de actividades conjuntas, promovendo um trabalho colectivo em que cada um percebe o seu contributo individual;
  • observar para identificar necessidades e potencialidades de desenvolvimento individual e colectivo no decorrer da realização do trabalho;
  • orientar percursos, sugerindo tópicos e actividades de acordo com os perfis dos sujeitos e os seus planos de trabalho;
  • encorajar a participação de cada formando em modalidades de trabalho individual, colaborativo e cooperativo;
  • promover a autonomia e os tempos de aprendizagem individual e colectiva;
  • questionar e fazer questionar construtivamente as opções tomadas na definição e efectivação do plano de trabalho, os posicionamentos dos sujeitos, os formatos de participação, os papéis assumidos por cada um;
  • avaliar e fazer avaliar, num processo reflexivo de emissão de juízos críticos sobre as dinâmicas geradas, o desenvolvimento do trabalho e as aprendizagens indiciadas.

Dimensão interpessoal, social e ética

Esta dimensão compreende atitudes e capacidades, ao nível de:

  • negociação e mediação entre sujeitos com perspectivas diferenciadas, identificando mal-entendidos, contribuindo para a compreensão do outro e para o relacionamento plural e multifacetado;
  • abertura, flexibilidade e comprometimento com a realização do trabalho comum;
  • orientação para uma postura activa e reactiva: sensatez e disponibilidade para ouvir, reflectir e partilhar, adoptando uma presença atenta mas não sufocante;
  • perseverança e militância, num estímulo constante à auto-confiança e à participação.

Dimensão técnico-metodológica

Esta dimensão implica um formador capaz de gerir uma formação a distância e de utilizar as ferramentas electrónicas ao seu dispor, estando familiarizado com:

  • o projecto Galapro, seus princípios e finalidades;
  • a plataforma, linguagem, estrutura, espaços e instrumentos de formação;
  • o cenário de formação, as suas potencialidades e limitações;
  • as funções e as tarefas do formador.

O desenvolvimento destas dimensões poderá ser interpretado à luz de uma aprendizagem ao longo da vida, em que cada sujeito-formador se situa em níveis diversos de conhecimento em acção, em função do seu próprio desenvolvimento profissional. Neste sentido, falamos de um perfil em desenvolvimento, particular a cada sujeito-formador, desequilibrado e evolutivo, assente na capacidade do próprio formador para dirigir a sua acção, apoiada na reflexão e na estruturação das suas experiências e dos seus percursos colaborativos. Neste quadro, o trabalho conjunto entre formadores com perfis diferenciado, induzido pela estrutura do próprio cenário de formação, configura-se com um espaço de desenvolvimento fundamental.

Parte 2: Funções e papeis do formador Galapro

Un onnisciente dell'intercomprensione?

La lettura della prima parte può aver spaventato (effrayé) chi pensava di potersi proporre come formatore di una sessione, le qualità sembrano così numerose e complesse che nessuno si sente di corrispondere a quel profilo. Naturalmente come tutti i profili delineano un ritratto ideale al quale dovremmo tendere, senza necessariamente pretendere di raggiungerlo.

È evidente che nessun formatore può sapere tutto, come nessun insegnante sa tutto della sua materia, ma la sua coscienza professionale gli/le fa capire cosa è veramente capace di fare e cosa deve migliorare di sé per essere efficace. Poi è nella relazione continua con i formandi, così come con gli studenti, che impara il proprio mestiere.

In ogni caso, ci sembra importante indicare una bibliografia di base che non può mancare nel bagaglio culturale di ciascun formatore e che costituisce il fondamento teorico di un approccio plurale all'educazione linguistica (cf. Bibliografia).

Dal sapere al saper fare e al far sapere

Sapere tutto dell'intercomprensione (è possibile?), non farebbe necessariamente di noi dei buoni formatori: come tutte le attività umane in cui i fattori ambientali e individuali rappresentano una variabile potentissima, le conoscenze teoriche sono una condizione necessaria ma non sufficiente. La teoria ci può mettere però a disposizione delle conoscenze che ci aiutino ad affrontare realtà in continua mutazione. Quali consigli pratici possiamo dare a partire dalla nostra esperienza?

1. Una presenza attenta ma non soffocante.

Uno dei problemi della comunicazione virtuali è rappresentato dalla difficoltà di interpretare il feedback, a causa delle particolari condizioni di produzione del messaggio: il silenzio costituisce un vuoto totale nella comunicazione, l'arrivo di messaggi continui, può al contrario diventare opprimente e invasivo. In un rapporto di formazione questa specificità è particolarmente difficile da gestire. Bisogna tenere conto del fatto che molto spesso il formatore ha già in mente il design della piattaforma, la struttura della sessione, quali e quante risorse sono a disposizione dei partecipanti. Questi ultimi, al contrario, si trovano davanti ad un mondo completamente nuovo che devono scoprire e sono sommersi da continue richieste.

Un primo consiglio che possiamo dare è sicuramente quello di essere presenti, attenti, in continuo ascolto, soprattutto di cercare sempre di mettersi “nei panni dell'altro” (à la place de l'autre) e domandarsi che cosa vorremmo noi, se fossimo al posto del formando. Una richiesta diretta o indiretta, non può essere lasciata inascoltata, un dubbio richiede una risposta, se non l'abbiamo diciamolo e cerchiamola insieme, nulla è più scoraggiante del silenzio.

Allo stesso tempo, la presenza del formatore deve essere discreta e lasciare lo spazio e il tempo ai partecipanti di trovare le proprie risposte, di seguire il proprio cammino, senza sentire che c'è un'aspettativa di risultato che non permette la riflessione autonoma.

2. Valorizzare la presenza dei partecipanti

Questa presenza discreta ma continua è particolarmente necessaria nel momento in cui si chiede ai partecipanti di produrre dei documenti. Non ci dimentichiamo che questi sono molti:

- Profil langagier et professionnel

- Cahier de réflexion

- Questionnaires d'évaluation

- Produits de la session.

Per fare in modo che questo carico effettivo di lavoro non diventi insopportabile, e quindi rifiutato, per prima cosa è necessario spiegare, volta per volta, le ragioni della richiesta e l'importanza di rispondere alle sollecitazioni.

Poi, è fondamentale che il formatore dia un feedback a qualsiasi prodotto dei formandi, in modo da valorizzarlo, eventualmente proporre delle modifiche e dare consigli: una specie di “critical friend” che ha a cuore lo sviluppo professionale dei suoi soggetti in formazione.

Il Cahier de réflexion, in particolare, è uno strumento validissimo per lo sviluppo professionale dei partecipanti, ma questi possono avere la sensazione che sia del tutto inutile passare tanto tempo a riempirlo se nessuno reagisce alle loro riflessioni. D'altro canto, se i partecipanti non desiderano svelare aspetti troppo intimi della loro esperienza, non devono essere costretti a farlo.

Muoversi nel mondo plurilingue di Galapro

Uno degli aspetti più stimolanti, lo abbiamo sperimentato tutti noi, di un progetto come Galapro, è la possibilità di interagire con colleghi che si trovano a mille miglia di distanza, che parlano altre lingue, che vivono diverse esperienze culturali. Le lingue della piattaforma sono diversamente trasparenti le une alle altre, gli italiani avranno facilità con lo spagnolo e forse il francese, meno con il portoghese; gli spagnoli forse avranno già sentito e letto del catalano; i portoghesi comunicheranno con maggiore familiarità con i vicini spagnoli e forse il rumeno sarà per tutti la lingua meno simile.

Ma il nostro obiettivo è quello di non lasciare nessuna di queste lingue da parte, allora in primo luogo i gruppi di lavoro, più sono plurilingui e meglio è, poi bisogna fare in modo che lo stress dovuto alla difficile comprensione non scoraggi sia chi riceve il messaggio, sia chi lo produce ad abbandonare. Il formatore da una parte dovrebbe tranquillizzare i partecipanti, aiutandoli ad accettare il fatto che non capiscono tutto, dall'altra deve stimolarli il più possibile a affrontare il problema comune dell'intercomprensione, che mette tutti in una situazione di reciprocità e di parità.

Ricordiamoci che un obiettivo di Galapro è sviluppare l'IC attraverso l'IC, allora un primo consiglio è quello di scrivere in un'altra lingua che non sia la propria, quelle parole o espressioni che possono essere difficili da capire.

Un'altra possibilità è di riflettere sempre su come ci si esprime per facilitare la comprensione degli altri: usare parole più trasparenti (per esempio in italiano è preferibile usare “comprendere” comune a molte lingue romanze al posto di “capire”; em português, é preferível utilizar “creio” ou “penso” e não “acho”), evitare espressioni troppo familiari o regionali o una sintassi troppo complessa e ellittica. Outra sugestão é estar atento à ortografia, evitar as habituais trocas de caracteres quando se escreve rapidamente, evitar ainda siglas, abreviaturas. Poi, non dimentichiamo che i nostri colleghi sono la nostra maggiore risorsa, chiediamo spiegazioni se delle cose non sono chiare e comprensibili.

È per questo che proponiamo di essere in due formatori di língua diversa per ogni gruppo di lavoro e di avere dei gruppi di lavoro plurilingui, in modo da realizzare un vero apprendimento cooperativo.

Usiamo anche le risorse della piattaforma, ci sono grammatiche comparative delle diverse lingue, attività con strategie di comprensione, ci sono link verso i dizionari on line ecc.

Certo è più faticoso che saltare un messaggio in una lingua ostica (obscure) e basarsi sempre sulle lingue che già conosciamo, ma non è questo lo scopo. Lo scopo principale è dare voce a tutte le lingue, se per primi non siamo consapevoli che all'interno della piattaforma tenderemo a privilegiare alcune lingue, le più prestigiose, le più conosciute, le più diffuse a scapito (au détriment) delle altre, non saremo mai dei veri formatori all'IC.

Il prestigio di una língua infatti non ha niente a che vedere con la língua in quanto sistema, non esistono lingue più ricche o più capaci di esprimere un'idea, il prestigio di una língua è un fatto di ordine solo sociale e politico, storicamente determinato. L'educazione plurilingue vuole combattere questo atteggiamento che non ha nessun fondamento scientifico, secondo il quale alcune lingue sarebbero più importanti di altre: è questo il valore etico dell'intercomprensione, di mettere tutti i parlanti sullo stesso piano con gli stessi diritti e gli stessi doveri.

Quindi, per finire, il formatore della sessione deve vegliare in modo che l'interazione assicuri il più possibile la presenza di tutti i parlanti e di tutti gli idiomi (idiomes/langues).

Parte 3: A sessão passo-a-passo

Nesta secção retomamos o cenário de formação passo-a-passo, salientando o papel do formador em cada fase, as principais tarefas cujo cumprimento deve garantir e os instrumentos que suportam o desenvolvimento do trabalho.

Esta Parte é acompanhada de um destacável (ver no final), que oferece uma síntese dos conteúdos e pretende facilitar uma abordagem mais rápida das tarefas e funções do formador ao longo da sessão.

Fase preliminar

Nesta fase, a actividade do formador centra-se, sobretudo, no GI (grupo institucional), cujos membros começa por inscrever. O formador deverá garantir que os participantes do seu grupo:

- compreendem o projecto, o cenário e a plataforma (sugerimos a utilização dos documentos de informação já elaborados para este fim);

- se apresentam e iniciam o diálogo com os restantes participantes (online);

- preenchem o perfil de apresentação e identificação na plataforma;

- preenchem o Perfil de Entrada (linguístico e profissional), que consta do Dossier de Formação;

- participam nas discussões (presenciais e à distância) sobre o seu perfil e as suas necessidades de formação no domínio da IC, bem como sobre as suas expectativas relativamente à Sessão;

- redigem pelo menos uma “entrada” no Caderno de Reflexões (ter em conta as pistas de reflexão fornecidas na plataforma para induzir estes escritos).

Este poderá ser também o momento em que o formador, confrontado com a consciencialização de que os formandos de um dado GI beneficiariam de um aprofundamento das competências linguístico-comunicativas que lhes permitam interagir em ambientes plurilingues, numa perspectiva de intercompreensão, sugere algumas actividades complementares que permitam este aprofundamento (ex: consulta de módulos e recursos da plataforma Galanet; existe, aliás, uma Ficha de Auto-Formação específica para esta finalidade).

Os instrumentos de diálogo e interacção disponíveis são os chats e os fóruns institucionais (cuja abertura está a cargo dos formadores de cada instituição).

Fase 1: As nossas questões e dilemas

Tendo em conta as discussões geradas na fase preliminar, os formadores da sessão deverão induzir os participantes a identificar e propor algumas temáticas e/ou problemas que poderão posteriormente ser aprofundados em GT (grupo de trabalho), animando as trocas, gerindo as divergências, procurando gerar acordos e consenso que possibilitem o trabalho posterior.

Para auxiliar nesta tarefa, os participantes poderão socorrer-se da Biblioteca, quer para consultar os trabalhos resultantes de outras sessões Galapro (memória colectiva), quer para obter pistas sobre a temática da IC.

Para cada tema proposto deverá ser criado, pelos proponentes, um fórum de discussão (atenção à multiplicação excessiva de forums!). As discussões e negociações dos temas poderão também ocorrer em chat (inter e intra grupos).

Identificadas as temáticas, os participantes inscrevem-se naquela(s) que mais lhe interessa(m), formando-se, assim, os GT. Cada GT identifica-se pela definição:

- dos participantes e de um ou mais formadores (que representam, pelo menos, 3 línguas românicas); sugere-se a constituição de grupos nem muito pequenos (o que empobreceria a pluralidade de pontos de vista), nem muito grandes (difíceis de gerir); considerou-se que um grupo com entre 7 e 15 participantes seria o mais adequado;

- de uma problemática/projecto/tema (neste fase, apenas um título);

- de um nome para si próprio;

- de uma lista dos dilemas/questões que se colocam os formandos e que pretendem abordar mais aprofundadamente na fase seguinte.

A partir deste momento, cada formador passa a centrar a sua atenção no GT que coordena, ainda que seja desejável que mantenha uma visão global dos vários trabalhos em curso e uma prática de comunicação e partilha com os formadores dos outros grupos.

Cumulativamente, mantém em funcionamento o seu GI, tendo em conta as funções de suporte do trabalho que este grupo tem (nomeadamente quando surgem problemas e dúvidas técnicas, mas também situações de desmotivação, desencorajamento, ou outras que possam influenciar a implicação dos formandos na sessão e, consequentemente, a qualidade do trabalho produzido). Muito frequentemente, os formandos encontram-se em situação de inserção curricular (por exemplo, são alunos de mestrado ou de doutoramento), pelo que, também por esta razão, o formador não pode deixar de acompanhar o desenvolvimento das actividades dos formandos do seu GI (verificando a quantidade e qualidade da sua participação face aos objectivos curriculares da sua integração na sessão).

Fase 2: Informar-se para se formar

Nesta fase, compete ao o formador motivar e induzir o trabalho colaborativo do seu GT no sentido de:

  1. precisar a temática a desenvolver e explorá-la, procurando informações na base de dados da plataforma;
  1. delinear um plano de trabalho (utilizando o formulário-guia “Produto do GT”), o que implica, entre outros aspectos, gerir a distribuição de papéis e de tarefas no interior do grupo, em função das características dos seus membros, e ainda os calendários e agendas pessoais e colectivos.

É fundamental, nesta fase, que se motive o aprofundamento de um auto e hetero-conhecimento dos membros do GT, no sentido de se identificar com maior clareza eventuais necessidades de (in)formação/desenvolvimento de conhecimentos específicos dos vários participantes, tendo em vista o trabalho para o qual se propõem colaborar. Esta reflexão deverá motivar uma exploração fundamentada/orientada dos vários recursos formativos de Galapro (podendo, quando se justifique, consultar-se recursos exteriores à plataforma), nomeadamente:

  1. fichas de auto-formação (FdA);
  1. fichas de descrição de materiais pedagógicos sobre IC;
  1. fichas de análise de publicações sobre IC;
  1. trabalhos realizados em sessões anteriores de formação (memória colectiva)

Em função das características do seu GT, o formador poderá considerar particularmente pertinente (e aconselhar) a resolução de algumas FdA, ficando ao seu critério negociar com os formandos (ou com cada um particularmente) o que incluir no Caderno de Reflexões: (i) a resolução de toda a Ficha (actividades e pistas de reflexão); (ii) apenas a reflexão orientada pelas “pistas”; (iii) um trabalho individual; (iv) um trabalho conjunto ou em sub-GT.

Neste quadro, é naturalmente muito importante que o próprio formador conheça muito bem todos os recursos da plataforma e as suas potencialidades formativas 

O trabalho desta fase vai-se desenvolvendo por meio das interacções em chat, no fórum do GT e no wiki de elaboração do plano de trabalho. No final da fase, o formador valida e fecha o wiki, o que significa que o plano de trabalho do GT é transferido para a base de dados da plataforma e fica disponível publicamente e arquivado para futuras sessões.

Fase 3: Em formação

Delineado o plano de trabalho, ao formador cabe a tarefa de motivar e orientar os formandos no sentido de lhe darem cumprimento e de concretizarem o tipo de produto planificado.

Esta será, porventura, a fase em que o trabalho de coordenação e gestão do formador será mais intenso e complexo, de modo a garantir:

- o envolvimento activo de todos os formandos,

- a motivação e implicação pessoal e colectiva,

- a construção colaborativa plurilingue do trabalho,

- o aproveitamento, para os fins de formação, dos recursos da plataforma,

- o cumprimento de prazos e tarefas,

- a qualidade do produto final,

- o registo de reflexões pessoais e/ou de grupo no Caderno de Reflexões.

Para além da rentabilização dos recursos formativos de Galapro (Biblioteca), nesta fase serão fundamentais os instrumentos de trabalho colaborativo disponibilizados: fóruns, chats, wiki.

No final da fase 3, o formador valida e encerra o Wiki, o que tem como efeito a transferência do produto do trabalho do GT para a base de dados da plataforma, tornando-o publicamente acessível e disponível para futuras formações para a IC.

Fase 4: Avaliação e balanço

Chegados a esta fase, há um retorno efectivo aos GI, com finalidades de balanço da sessão.

Cabe ao formador despoletar este balanço, pela utilização de instrumentos incorporados na plataforma, de modo a promover processos de auto-, co- e hetero-avaliação que incidirão sobre:

  1. o funcionamento do GT e do formando no interior do GT;
  1. o trabalho final realizado pelo GT;
  1. o trabalho dos outros GT.

O formador deverá, ainda, garantir que os formandos completam o seu Perfil pessoal de saída (confrontando-o com o perfil de entrada) e preenchem o questionário de avaliação da sessão.

Bibliografia

Ecco alcuni titoli, per cominciare alcuni materiali reperibili sulla rete:

DGLFLFhttp://www.culture.gouv.fr/culture/dglf/publications/References07_Intercomprehension.pdf

Revue LIDIL, n° 28 : http://lidil.revues.org/sommaire1513.html

P. Chardenet, “Qu'est-ce que l'intercompréhension?” http://www.bulletin.auf.org/spip.php?article105

MEISSNER, F.-J., MEISSNER, Cl., KLEIN, H., STEGMANN, T..- Introduction à la didactique de l'eurocompréhension, EuroComRom. Les sept tamis. Lire les langues romanes dès le début.- Aachen : Shaker-Verlag, 2004 ; achat en ligne sur www.eurocomcenter.com (3 euros a versão digital)

Intercomprension en lenguas romances. Propuesta didactica para el desarrollo de estrategias de lectura plurilingue (2007) : 1 : De similitudes y diferencias ; 2 : Hacia el reconocimiento de los esquemas de organizacion textual. http://falemosportugues.com/word/prologo%20interrom.pdf

PAGINA DI LINK SULL'IC

https://wikintercomprension.wikispaces.com/Bibliograf%C3%ADa

La session, pas à pas

Phase Description Tâches et Rôles Espaces et Outils
Phase Préliminaire Cette phase a pour but de permettre à tous les participants de découvrir:
- le projet Galapro (ses principes, ses objectifs).
- le scénario de formation (les “phases” de la session).
- la plateforme et ses fonctionnalités et outils.
- les participants à la session (de tous les groupes institutionnels).
Phase de découverte du parcours de formation proposé et des compagnons de voyage.
Le travaille se fait en groupe institutionnel (GI).
Tous les participants sont invités à :
- remplir les Profils (de présentation, langagier et professionnel);
- réfléchir sur leurs besoins en matière de formation à l'IC;
- participer aux discussions dans le forum du GI (créé par le formateur) et en chat (avec les participants des autres GI).
Au-delà de ces tâches communes, les formés:
- rédigent une réflexion dans le Cahier de Réflexion;
- réalisent (si nécessaire) des activités sur l'IC (par ex: sur Galanet),
et les formateurs :
- incitent à remplir les documents;
- appuient les formés dans l'identification de leurs besoins de formation;
- dynamisent la réflexion et les discussions.
- Mon Profil : pour nous présenter aux autres 

- Mon Profil d'entrée : pour donner des informations précises vis-à-vis de notre profil langagier et professionnel 

- Mes Préférences : pour paramétrer certains éléments du site Galapro 

- Qui est qui ? : pour voir les profils des autres ;

- Mon Cahier de Réflexion : pour réfléchir sur le parcours de formation (d'après des pistes de réflexion proposées ou librement) 

- Le Forum : pour échanger des messages 

- Les Salons de Chat : pour échanger en direct avec les autres (échange de messages en synchrone)
Phase 1:
Nos questions et dilemmes
- Discuter à propos des problématiques et besoins de formation identifiés à la phase précédente;
- Former des Groupes de Travail (GT) plurilingues, caractérisés par:
- des participants (entre 7-15, n. approximatif) de (au moins) 3 langues romanes;
- un thème de travail;
- un nom (identification du GT);
- une liste de problématiques/ questions.
Cette phase permet:

- de proposer et discuter des thématiques de travail, à partir des besoins de formation et des problématiques identifiés;

- de choisir le(s) GT(s) que chaque participant voudrait intégrer.

Pour aider à connaître le domaine de l'IC, les sujets ont à leur disposition dans l'espace bibliothèque soit des travaux des sessions antérieures (mémoire collective), soit de différentes ressources didactiques et théoriques.

Les formateurs:
- créent des forums pour approfondir les échanges autour des thématiques proposées (attention à la multiplication excessive !);
- animent et gèrent les discussions en vue de l'identification de thématiques communes de travail;
- garantissent le plurilinguisme dans les échanges en forum et chat;
- garantissent que les GT remplissent tous les critères définis.
- Le Forum 

- Les Salons de Chat 

- Mon Cahier de Réflexion 

- S'inscrire à ce GT : pour choisir le(s) GT(s) que nous voulons intégrer 

- Bibliothèque : pour consulter les produits des sessions antérieures Galapro (mémoire collective), faire des recherches sur l'IC (base de données) ou suivre des propositions de mini-parcours d'auto-formation en IC (FdA)
Phase 2:
S'informer pour se former
- Préciser la problématique choisie et définir la méthodologie de travail.
- Élaborer un plan de travail (d'après le formulaire-guide « Produit du GT »).
Tous les participants, en GT:

- échangent via le forum et les chats, leurs opinions sur le thème commun qui a été choisi;

- contribuent, avec leurs réflexions, savoirs, expériences, à l'élaboration du plan de travail du GT.

Les formés sont invités à exploiter d'une façon plus systématique et ciblée les ressources de Galapro (FdA, description de matériels pédagogiques, fiches d'analyse de publications, produits des sessions Galapro précédentes).

Les formateurs:

- animent et gèrent les discussions;

- accompagnent et appuient l'élaboration du plan de travail

- motivent l'écriture du Cahier de Réflexion;

- valident et ferment le wiki de travail au bout de la phase.
- Le Forum 

- Les Salons de Chat 

- Mon Cahier de Réflexion

- Notre wiki : pour participer à l'élaboration du travail du GT ;

- Bibliothèque 
Phase 3 :
En formation
- Réaliser le produit final choisi par le GT.Cette phase permet de participer activement à la réalisation du produit final du(es) GT(s).

Les formés développent le(s) plan(s) de travail défini(s).

Les formateurs garantissent:

- la participation active de tous;

- le développement collaboratif et plurilingue du travail;

- la bonne gestion du calendrier défini et de la distribution des tâches ;

- la qualité du produit final (avant de valider et fermer le wiki de travail).
- Le Forum 

- Les Salons de Chat
- Mon Cahier de Réflexion 

- Notre wiki 

- Bibliothèque 
Phase 4 :
Évaluation et bilan
- Valider et publier les produits des différents GT ;
- Évaluer et faire le bilan du fonctionnement et des produits des GT ;
- Evaluer sa participation dans la session.
Dans cette phase, chaque GT est invité à publier son produit final. Ainsi, les participants ont l'opportunité de connaître les produits des autres GT et de les évaluer.

Chaque formé fait le bilan du fonctionnement et du produit de son propre GT.

De retour à son GI, il est aussi demandé à chacun de faire un bilan de sa participation dans la session et de remplir un Profil de Sortie et un questionnaire-bilan.
- Le Forum 

- Les Salons de Chat

- Mon Cahier de Réflexion
- Mon Profil de Sortie : pour faire le bilan de notre participation à la session.