A pobreza nos Palops, uma questão ainda de actualidade

Cette publication est le résultat d'un travail collectif du semestre 4 de 2007-2008 en “Cultures et sociétés des pays africains lusophones”, TD de portugais LLCE à l'Université Lumière Lyon 2.

As estudantes do segundo ano de português da Universidade Lumière Lyon 2, escolheram tratar de um assunto ainda da actualidade nos Palops ou seja : a pobreza. Os Palops compõem-se de: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau,Cabo-Verde e São Tomé e Príncipe.

Escolhemos este tema porque é uma das visões que nós todos temos de África.De facto, é a imagem que aparece mais frequentemente nos média.Para tratar deste problema, cada uma de nós fez um artigo. A nossa publicação começa com Ilídia que trata da pobreza como uma verdade histórica, e continuamos com Véra que constatou que a pobreza está ligada à justiça e à ausência de direitos, depois Anabela mostra que a pobreza não é só um problema financeiro mas também na higiéne e na medicina…, e acabamos com Laura que encontrou um dos aspectos positivos nos Palops que é a riqueza cultural como também a riqueza nas terras.

Esta publicação permiteu-nos ter uma visão bastante larga da pobreza nos Palops. Não se pode responder a todas as perguntas que temos, mas tentamos analisar a situação em geral segundo as nossas fontes. A África está sempre ligada à miséria e à pobreza….é por isso que acabamos com um ponto positivo para que este ponto permita às pessoas modificar as suas visões e que façam algo para ajudar estes países que são lindíssimos apesar da miséria.

A pobreza: evolução positiva ou negativa?

A pobreza nos palops sempre foi um assunto difícil de abordar e ainda agora fica muito obscuro. Começou quando houve a colonização. Apesar das exportações dos recursos as colónias portuguesas nunca poderam aproveitar da sua riqueza (terrestre) isto é uma das causas. Vamos tentar ver quais são as verdadeiras causas e quais são as consequências até hoje. Uma pergunta demora : há soluções para remediar ?

1° a) as causas da pobreza uma verdade histórica

Angola foi o país mais explorado pelos portugueses. Os portugueses instalaram-se perto da costa e desenvolveram o comércio com os habitantes. Trocavam roupa ou comida contra produtos equivalentes, é preciso notar outra forma de comercio: trocavam também homens. Pouco a pouco as relações começaram a degradar-se progressivamente e em vez de trocar, eles raptavam escravos e depois vendiam-os. A verdadeira colonização só começou no século XX.

As causas sérias vieram no século 20: o período é chamado indigenato. A partir de 1933, Salazar impôs seu “ACTO COLONIAL” que proibiu os angolanos de direito civis e políticos. Não tinham os mesmos direitos que os portugueses ( ou seja instrução etc.).

Artigo 2º É da essência orgânica da Nação Portuguesa desempenhar a função histórica de possuir e colonizar domínios ultramarinos e de civilizar as populações indígenas que neles se compreendam, exercendo também influência moral que lhe é adstrita pelo Padroado do Oriente.

Artigo 3º

1) Os domínios ultramarinos de Portugal denominam-se colónias e constituem o Império Colonial Português.

2) O território do Império Colonial Português é definido nos n.ºs 2º a 5º do artigo 1º da Constituição.

Pois Angola e os outros paises do império eram submetidos à autoridade da metrópola. A rebelião começou em 1956. Mas a guerra da independência começou em 1961 no dia 4 de fevreiro. Os bakungos e os kibundos destruiram 700 plantações de café, mataram os colónos portugueses. Quando Angola e os outros palops tiveram sua independência. Os palops já eram enfraquecidos economicamente e politicamente. é preciso notar que as lutas interoras tiveram impactos sob a economia do pais. Podemos citar um exemplo : o Moçambique, a luta entre o FRELIMO e O RENAMO.

Então a colonisação, a guerra de independência, as guerras interiores são as principais causas da pobreza dos PALOPS. Parece que as antigas colonias portuguesas tiveram todas dificuldades economicas e ainda hoje hà sempre problemas que não tem soluções verdadeiras.

http://www.fundaj.gov.br/docs/indoc/cehib/addor.html http://jubileesouth.org/tribunal/accusation_2/angola.htm pauvreté em angola

www.srsdocs.com/parcerias/revista_imprensa/diversos/2006/div_2006_09_06_01_k.htm - 7k -

http://www.geocities.com/flashmocambique/idh.htm chiffres sur les différent idh nos palops

http://pululu.blogspot.com/2008/02/angola-subiu-no-idh-de-20072008.html idh et statistiques concernant le développement et la pauvreté

www.youtube.com/watch?v=Ig5gGQ6eFaQ sous theme qu'est-ce que nous apportent les chiffres et est-ce qu'elle montre une évolution positive ou négative?

http://www.paris21.org/documents/2200.pdf soluções para pobreza http://www.botschaftangola.de/news/themen/scm/SCM_Combate%20a%20Pobreza.pdf

http://www.un.org/special-rep/ohrlls/ldc/MTR/Angola-Portuguese.pdf

http://www.fao.org/faostat/foodsecurity/Countries/SP/Angola_s.pdf

Segundo o Banco Mundial, a África é o continente mais pobre no mundo. Centenas de milhões de pessoas vivem abaixo do limiar de pobreza indo às vezes até viver com menos de 1$ por dia. Esta precaridade conduz, entre outras coisas, a problemas de higiene e de alimentação. Como pudemos ver recentemente no momento das revoltas devidas à fome em diversos países pobres.

Esta precariedade provoca uma grande instabilidade social e política. Além dessa forte instabilidade, resulta também a exploração dos países pobres pelos países ricos.

Com efeito, é mais interessante para uma empresa de fazer trabalhar os empregados africanos do que os empregados ocidentais. Os africanos, pobres, são muito menos pagos pelos patrões então custam menos dinheiro.

Além disso, estes precisando de dinheiro, deixam-se mais facilmente abusar e aceitam, entre outras coisas, condições de trabalho por vezes inconfessáveis. Assim certas empresas europeias, portuguesas às vezes, julgam mais lucrativo instalar os locais nos países africanos para poder beneficiar dos poucos direitos de que desfrutavam os trabalhadores locais. Eles estão prontos a trabalhar duramente afim de oferecer um telhado, comida, roupas, e cuidados a suas famílias e não podem então pressionar os patrões como se pode fazer no Ocidente com os sindicatos por exemplo.

No entanto, notamos que nesses países, existem grandes fortunas. Observamos então que essas fortunas são mal repartidas no seio da população. Como é que se pode encontrar tanta fortuna e tanta pobreza ao mesmo tempo? Este dinheiro só pertence a alguns indivíduos entre milhões, muitos pobres. Começa-se portanto a avistar-se a noção de corrupção, muitas vezes associada à de pobreza. Com efeito, como foi dito antes, os indivíduos, pobres ou até muito pobres, estão dispostos a ganhar um pouco de dinheiro. É assim que as grandes fortunas se peritem corromper os funcionários especialmente. O mais grave é que estes funcionários são supostos livres de toda a influência para fazer justiça equitativa. Se estes indivíduos recebem dinheiro em troca de serviços, eles então não podem mais assegurar as suas missões com a objectividade necessária. O problema é que são os pobres que sofrem mais uma vez.

Com efeito, para poder pagar-se os favores de um indivíduo, é preciso dinheiro até mesmo muito. Mas os pobres não têm mesmo dinheiro nenhum, é o que os tornam mais vulneráveis e os põe no lugar de vítimas. Podemos dizer que nestes países pobres, a ausência de uma justiça digna desse nome e a situação sociale provoca conflitos na população.

De facto, alguns que já não acreditam na justiça, decidem de a dar eles próprios, com as suas maneiras e pode degenerar às vezes em verdadeira guerra civil onde muitas pessoas podem perder a vida.

Porém, esperamos ver estes países saírem progressivamente da pobreza como outros países da Ásia por exemplo fizeram, começando pelos países ricos levando os mais pobres na sua “onda”.

Sites utilizados:

-http://foreverpemba.blogspot.com/2008/02/situaes-de-pobreza-entre-as-comunidades.html (26-03-08) -http://www.elmundo.es/elmundo/2006/07/07/solidaridad/1152276662.html (26-03-08)

-http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?id_news=96237 (26-03-08)

-http://www.alem-mar.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?redirect=EEFZEVVZuyOlzmpjts (26-03-08)

A probreza infantil infelizmente faz parte da África, a p obreza não se traduz só ao nível económico mas também ao nível da higiene que leva à morte , ao nível da educação, ao nível medical… A educação é muito importante na vida de uma criança na sociedade para o densenvolvimento do país. De facto, se as crianças não tiveram estudos,ou uma formação, a sociedade enfraquece e não se desenvolve normalmente assim temos o caso da África. Em África, não há lugar para a educação porque não há meios para financiar este investimento. As crianças não vão para a escola e começam a trabalhar cedo para « matar a fome » à família : “Entre os três e os seis anos, as crianças só podem trabalhar duas horas por dia e quatro horas por semana, enquanto entre sete e onze anos, as crianças só podem trabalhar três horas por dia e seis horas por semana…”TRABALHO INFANTIL : Cinquenta condenaram participação de crianças em novelas e series juvenis. (Lusa)Mas por vezes estes horários são ultrapassados o que provoca doenças e até a morte « Angola é o País Africano de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) com a taxa de mortalidade infantil mais elevada, atingindo 133 crianças por cada mil, revela o relatório anual do Fundo da ONU para a População (UNFPA) divulgado esta quarta-feira. » ONU : Angola tem taxa de mortalidade infantil mais elevada dos PALOPS (Agência Lusa sept 2006). (1)

Em África, a doença mais conhecida é a sida (HIV) que afecta mais que a metade da população africana. Há uma falta de conhecimento desta doença nos PALOPS. Embora legalmente vigore a monogamia , a poligamia é a mais frequente nos palops e nos outros países da África. O uso do perservativo é uma coisa que nem pensam porque a virilidade e a potência medem-se pelo número de filhos. Mas também há problemas de esterilidade das seringas que aumenta o risco de HIV. De facto os hospitais , os centro medicais têm falta de higiene que é primordial nestes lugares que necessitam os melhores cuidados para não desenvolver mais doenças. Um voluntário viu este problema em Angola:“Em 1997, em Angola, no hospital distrital de N`Dalatando, tentámos abrir um serviço de sangue para fazer transfusões às crianças que morriam diáriamente por anemia e paludismo grave. Quando pedimos os kits de despiste de HIV ao Serviço Central de Luanda enviaram-nos kits que já tinham passado o prazo de validade há 2 anos. Quando alertámos para o facto foi-nos dito que eram também aqueles que se usavam no serviço de sangue em Luanda.”A Experiência dos Voluntários.(2) O problema medical devia ser resolvido em primeiro porque a saúde é o primordial nos países em desenvolvimento. Mas há outras doenças como por exemplo a tuberculose , desnutrição…

Apesar dos progressos nos PALOPS , a miséria continua e é a principal imagem que tem os outros países do mundo mas a vida em África tem coisas positivas ou elementos que fazem da vida quotidiana um bom momento . Lulendo,é um cantor angolano que viveu em Angola mas que fugiu em tempo de guerra para Paris. Ele fez 3 álbuns como por exemplo Angola em 2005 e “Live Sessions” em 2007.Ele nunca esqueceu o seu país porque nas suas canções ele mostra esta nostalgia , saudade da sua terra. Alguns cantores como por exemplo Gylito e Nancy Vieira (cabo-verdiano) cantaram num projecto musical para crianças dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Os documentos utilizados para fazer este pequeno artigo :

-http://www.aidscongress.com/article.php?id_comunicacao=57 (19-03-08) (1)

-http://www.angoladigital.net/digitalnews/index.php?option=com_content&task=view&id=1798&Itemid=40 (26-03-08) (2)

-http://www.tabernaculodapaz.hpg.ig.com.br/missoes.htm (19-03-08)

Pobreza material - riqueza cultural

Apesar dos problemas tais que as doenças (sida), as guerras antigas, os Palops têm um esplendor cultural na música, nas artes plásticas e no cinema.

I. A pobreza

Quais são as causas da pobreza nos Palops?

Países como Angola tem recursos naturais muito importantes e um clima favorável a agricultura. No entanto, esses recursos não são explorados por causa duma má gestão dos governos que favorcem os diamantes ou o petróleo. Os câmbios com os países estrangeiros são favorecidos em vez do desenvolvimento duma agricultura que permitiría a sobrevivência do país.

As guerras pela independência deixaram fracassos nos Palops (há sempre minas terrestres em Angola), a demografia foi afectada. Infelizmente, não há só guerras coloniais, mas também guerras civeis entre os povos ou os partidos políticos (as ideologias). As populações destroem-se elas mesmas.

http://www.aidscongress.com/article.php?id_comunicacao=57

II. A riqueza cultural.

Apesar de ser pobres, os Palops não são desconhecidos, particularmente ao nível cultural. Há muitos artistas dos Palops que são bastante conhecidos no mundo. A mais famosa é sem dúvida a cantora cabo-verdiana Cesária Evora, mas também podemos citar o cantor angolano Bonga, a cantora de origem moçambicana Mariza e muitos outros artistas. A probreza pode ser uma fonte de inspiração e uma motivação de pruduzir arte. E um meio de expressão muito importante que mixtura o sensivel à razão.

musica dos palops Nomes de grupos e de cantores dos Palops.

Bonga : um cantor angolano

artes nos palops Literatura, musica e artes plasticos.

A exportação e a riqueza cultural dum país não tem nada a ver com a riqueza desse país. Com efeito, há países muito ricos que não têm uma representação cultural oa nível internacional (como por exemplo, os Emirados Árabes Unidos).