Quelques informations sur la chanson angolaise

Rédactrices : Ilídia da S. et Olive D.

Edito

Já ouviram falar da canção angolana ? Nós, Ilidia e Olive, fizemos pesquisas sobre a música angolana e sua presença no Brasil. Com esses dois artigos, propomos uma visão de Angola original e actual…

Contexto e influência da música Angolana

Ilídia

A música Angolana é conecido no mundo lusofono, o sucesso da música angolana deve-se, em grande parte ao facto que “Portugal encorajou activamente a produção e gravação de música de artistas locais. São criados os Estúdios Valentim de Carvalho, em Luanda, que apenas cessam a sua actividade em 1975” 1. Conseguiu ser reconhecida. Que relação podemos estabelecer entre a história e as canções? Quais são os temas tratados?

1) história e origems da música Angolana:

a) Um contexto difícil:

A música angolana nasceu num contexto marcado pelas guerras de independência e as instabilidades políticas. Os músicos foram reprimidos durante o período colonial português. Angola sempre foi um país dividido “A música de Angola foi moldada tanto por um leque abrangente de influências como pela história política do país. Durante o século XX, Angola foi dividida pela violência e instabilidade política” 2 Então podemos afirmar que a história de Angola influenciou a música.

Ao contrário dos países vizinhos de Africa , e das outras colónias portuguesas (fora Cabo Verde), a música angolana tem um pouco de sucesso. O primeiro grupo a ser conhecido foi os Jovens do Prenda, que era o mais popular desde o fim dos anos 60 até o príncipio dos anos 70, e que continuaram a tocar e fazer discos . No grupo tocavam duas trompetas, um saxofone, quatro guitarras e uma meia dúzia de percuções. Tocavam kizomba, usando as quatro guitarras para reproduzir o som da marimba, e de quilapanga.3 No início dos anos 70, Bonga foi o mas conhecido dos músicos pop ao nível internacional. Ele começou a tocar nos anos 60 quando a “folk Angolana” era um pouco conhecida. Nos anos 80, a musica popular angolana foi influênciado pela musica cubana, mas particularmente pelo trabalho de André Mingas.

b)o significado das letras de canção em relação com a história:

Vamos agora falar dos temas das canções angolanas: um tema que permanesce é a Guerra. A través de uma canção: Muimbu ua sabalu

2) As influências músicais:

a) estilos musicais angolanos: Kizomba, kuduro….

B° Artistos conhecidos

conclusão e transição (pour le sujet d'olive)

Bibliographie:

sitographie:

3, 4 http://en.wikipedia.org/wiki/Music_of_Angola

1,2 http://www.rtvabrali.com/midia/audio/angolana/index.htm

http://www.consuladodeangola.org/index.php?Itemid=60&id=35&option=com_content&task=view

http://www.mwangole.net/topmusicas/index.php?option=com_content&task=view&id=579&Itemid=2

http://www.lusoafrica.net/v2/index.php?option=com_content&view=article&catid=54%3Aestilo-musicas&id=45%3Amusica-angola-estilos&Itemid=204

http://www.mwangole.net/topmusicas/index.php?option=com_content&task=view&id=340&Itemid=125

Presença da música angolana no Brasil e os seus significados

Olive

Nós podemos perguntar se a música angolana se exporta ? Como, qual e quem exporta a música angolana no Brasil ? Porquê ?

Se pode ver a música angolana no Brasil como testemunha duma cultura afro-brasileira rejeitada a partir do testemunho principal de Eduardo Manuel Machado da Costa, Centro Cultural de Angola no Rio de Janeiro 10.

Eduardo Manuel Machado da Costa é Angolano, faz 5 anos que está no Rio de Janeiro, trabalhando no Centro Cultural de Angola no Rio de Janeiro. Em turno duma exposição de pintores angolanos residente no Brasil, Eduardo aceitou me falar um pouco do seu país, e disso através da música… Nasceu em Luanda e é oriundo de Malange.

No Brasil, a música angolana esté presente apenas sob as formas de:

- O kuduru: Músicas da câmada jovem, dança que surgiu em Angola no inicio da década de 1990, nas periferias (musseque). As letras são baseadas sobre o que se vive no quotidiano na comunidade e na sociedade. São letras politizadas, críticas e as vezes satíricas. Se parece muito com uma música brasileira, da mesma origem périfericas: o Funk. As letras são também muito críticas e a origem é mais da população negra. Mas atualmente se constata também uma progressiva desafricanização da música popular brasileira, o que aponta para o fenômeno da globalização do gosto. 11 e da presença dum racismo no Brasil.

- O Kizomba / Semba : É uma dança mais tradicional, mais sensual e mais moderna no mesmo tempo. Deu lugar ao Tarachinha, dança ainda mais sensual. A Semba tem ritmos mais acelerados, (“mais angolanos” segundo Eduardo). Ele me falou também dessa confusão que fazem as pessoas fora de Angola: entre o Kizomba e o Zouk.

Ao longo dos anos, a música angolana influenciou também o Brasil e Cuba. 12

Abaixo alguns grupos famosos que me aconselhou ouvir:

KUDURU: Noite e Dia; Putu Prata; Naio Crazy; Nacobeta; Fofando; Putuportuguês

SEMBA: Yuri Dacunha; Patricia Faria; Damásio de jesus; As Gingas

Ele achava fiéis à reprodução desses tipos de música angolana no Brasil. Isso significa que segundo ele, a exportaçao da musica angolana no Brasil nao modificou essas musicas.

Essas músicas angolanas podem ser ouvidas no Rio de janeiro, apenas nas festas angolanas, quer dizer, organizadas por angolanos. Sejam bares, restaurantes, ou discotecas alugadas por angolanos. Essas festas são “ecléticas”, como falou Eduardo: se toca Semba, Funk, Foro, etc. Mas tem sempre o kizomba e a Semba; “se não for com Kizomba e Semba, não seria festa angolana” (_Eduardo_). Me falou também de que nunca viu um brasileiro tocar música angolana, e que os brasileiros que estão nessas festas são, ou amigos ou decsendentes angolanos, ou de países africanos lusófonos:

O público dessas músicas é exclusivamente (segundo Eduardo) os afro-brasileiros: originarios de Angola mesmo ou de Países Africanos de Língua Portuguesa: principalmente Cabo verde, Guiné, Moçambique. Nessas festas são principalmente angolanos que pertencem a um mesmo bairro no Rio de Janeiro. Não é que seja fechado o acesso à festa aos brasileiros, mas Eduardo me explicou o racismo bem forte que ele sente: Os negros sofrem ainda dum racismo bem forte na sociedade brasileira. Sendo majoritariamente ainda excluídos da parte alta da sociedade, nessas festas se encontrou geralmente gente de “meia-classe” (Eduardo mesmo inseriu aspas sobre esse termo).

Depois dum tempo conversando sobre a música de Angola, eu que queria falar mais da parte de história, política e de cultura, desviou o assunto sobre a história de Angola, história que me parece interessante pois feita de guerras intemináveis. Durante o século XX, Angola foi dividida pela violência e instabilidade política. Os seus músicos foram oprimidos pelas forças governamentais, tanto durante o período da colonização portuguesa, como após a independência. Em 1961 começa a luta armada contra Portugal, para a independência, que obtiveram somente em 1975. Desde essa data o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) dirige o país. Até 1992, data das primeiras eleições livres, Angola tinha um partido único (MPLA) e a censura era muito forte. Depois da luta pela independência, que acabou em 1975, surgiu a guerra civil que acabou somente em 2002, com o assesinato do líader da UNITA (inimigo principal do MPLA). Se Eduardo me falou de tudo isso muito tranquilamente, me falou também, gravamente, que ele mesmo viveu tudo isso. Agora, está no Brasil, e pode criticar o seu país: me falou dessa corrupção, que parece muito com a do brasil. Me expliquou tanbém que faz muito pouco tempo que ele pode criticar o governo: antes de 1992, com o partido único, ninguém mesmo podia criticar o sistema porque faltava comparações com outros modelos !

Outro assunto, no qual nos atrasámos durante o encontro, foi o racismo: uma questao que me interessa muito: Brasil, “país da mestiçagem cultural” vende essa “mestiçagem”, fazendo dela a sua força, mas na verdade, no quotidiano, o racsismo é muito presente ! A questáo pela qual os negros do Brasil foram obrigado a quitar as suas terras natais, para chegar escravos no Brasil, ainda nao é reconhecida pela sociedade brasileira, e se “esquece” um pouco demais que essa mestiçagem é uma conseqência duma parte da história do Brasil e de Africa: o escravagismo. Num artigo, dum jornal muito famoso, là no Brasil ( O Dia ), estava um “análisis” da poblação angolana no Brasil: no primeiro parágrafo estava escrito que no 16° século, “cuando os angolanos chegaram no Brasil”… Eduardo se escandalizou com essa frase: no 16°século, os angolanos não chegaram no Brasil: forma trazidos para ser escravos ! Sim que agora, angolanos vêm para brasil, mas é falso e hipócrito dizer que desde o século XVI, os angolanos chegaram no Brasil.

10: entrevista por mi no dia 22 de abril de 2009

11 http://www.rtvabrali.com/midia/audio/angolana/index.htm)

12 http://www.academiadosamba.com.br/memoriasamba/artigos/artigo-172.htm