Independência, desenvolvimento, e literatura

Palavras chaves

consciência nacional, Independência, literatura, guerra colonial, movimentos independentistas, relação

Publicação

Edito

Literatura e independência serão ligadas ?

1-Independência e literatura, qual é o ponto comum?

Ana FERNANDES DE ALMEIDA

Ao longo da nossa publicação vamos abordar os temas da literatura e da independência nos países da África de língua portuguesa, ditos os PALOP’S. Nesta nossa primeira intervenção vamos tentar definir e dizer qual foi , ou quais foram, a relação que houve entre a literatura e o acto da independência das antigas colónias portuguesas.

As independências das antigas colónias portuguesas foram a conclusão de guerras coloniais muito ferrozes para três dos cinco países colonizados que são: Angola, Moçambique e Guiné-Bissau. Para o Cabo-Verde e as ilhas de São Tomé e Príncipe as independências foram conseguidas mais pacificamente. As guerras colonias começaram nos anos 60 quando ainda estava no poder o ditador António Salazar, período muito díficil para o país e para os portugueses. Enquanto no mesmo tempo todas as colónias europeias da África chegavam a independências as colónias portuguesas ficavam sobe o domínio português. A razão era que elas eram consideradas fazendo parte de Portugal e de seu império com o Acto Colonial passaram a ser chamadas províncias ultramarinas. Faziam parte de Portugal mas os africanos não eram “iguais” aos portugueses. Portugual queriam re-encontrar o seu império passado e sua riqueza com as colónias da África, mas não era do gosto dos africanos que queriam leis igualitarias e uma independência política, que lhes foi recusado e o que levou à revolta da parte das colónias e a guerra colonial.

Estas guerras coloniais deram-se entre o éxercito português e os diferentes movimentos de libertação de cada país. Os movimentos são então: o MPLA e a UNITA para a Angola, a FRELIMO para o Moçambique, a PAIGC para a Guiné-Bissau e o Cabo-Verde que se uniram nesta luta durante alguns anos e separaram-se depois com a PAICV para o Cabo-Verde. Para São Tomé e Príncipe temos o MLSTP.

Como foi dito precedentemente, no que diz respeito a Angola dois movimentos existem. O primeiro movimento é o MPLA, que significa, movimento populare de libertação da Angola. Movimento criado em 1956 por Agostino Neto. O outro movimento que está presente na Angola é a UNITA. União Nacional para a Independência total da Angola é um movimento político angolano que foi criado e dirigido por Jonas Savimbi. Para Moçambique, o movimento é a FRELIMO, Frente de libertação do Moçambique, foi fundado em 1962 com a união dos vários movimentos de libertação que existiam. O presidente era Eduardo Mondlane. A PAIGC, Partido Africano para a Independência da Guiné e do Cabo Verde, foi criado em 1956 por militantes independentistas à volta de Amilcar Cabral como Aristídes Pereira, Abilio Duarte, Luís Cabral, Fernando Fortes e Elisée Turpin. Movimento na origem pacifista. O último movimento dito anteriormente é o MLSTP, Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe. Partido Social Democrata, movimento fundado em 1960, o líder era o Doutor Manuel Pinto da Costa.

O ponto comum de todos estes personagens importantes é , na maioria, uma instituição que foi criada em Lisboa, dita “a Casa dos Estudantes do Império”. Esta casa era financiada pelo governo português, sua função era de apoiar os estudantes vindos das colónias mas, no entanto também estavam presentes alguns brasileiros. Ela também servia para culturais e desportivas. A pesar de ser então financiado pelo Estado Português e ter então objectivos sociais, a Casa dos Estudantes do Império tornou-se rápidamente o centro, em Portugal, do nacionalismo das antigas colónias e foi encerrado pela PIDE em 1965. lingalog_pepetel.jpg

Foi nesta casa que os africanos puderam publicar em Portugal, uma parte significativa das suas primícias literárias. Foi também um lugar privilégiado onde saiam as publicações de ordem políticas.Uma das suas publicações foi a revista literária Mensagem. Alguns jovens intelectuais, escritores, artistas e políticos que fizeram parte da casa dos Estudantes do Império: Agostino Neto,Marcelino dos Santos, Amílcar Cabral, Francisco José Tenreiro, Pepetela, Manuel dos Santos Lima, Mário de Andrade, Eduardo Mondlane, entre outros grandes. Quando estavam juntos eles estudavam, criavam e organizavam-se e conspirava contra o Império Português.

Estes estudantes intelectuais queriam viver em países políticamente libres. Eles revendicavam o orgulho de ser preto e isso na sua literatura à travez de movimentos como a Negritude e o Panafricanismo.

Em suma vimos que a relação que existe entre a independência dos PALOP’S e a literatura são os atores dessa independência. Os intelectuais e escritores que fundaram os movimentos de libertações dos vários países. Eles encontravam-se e reuniam-se num lugar financiado e controlado pelo Estado Novo e no entanto conseguiram ligar-se contra este mesmo império atravez de ideias comuns de liberdade. O elemento comum a isto tudo provém de um lugaronde tudo começou que foi a Casa dos Estudas do Império.

Sitografia:

http://www.citi.pt/cultura/literatura/romance/pepetela/casa.html 12/01/2011

http://macauantigo.blogspot.com/2009/07/caa-dos-estudantes-do-imperio.html 12/01/2011

http://fr.wikipedia.org/wiki/Mouvement_populaire_de_lib%C3%A9ration_de_l%27Angola 10/01/2011

http://fr.wikipedia.org/wiki/Angola 10/01/2011

http://www.tlfq.ulaval.ca/axl/afrique/angola.htm 09/01/2011

Bibliografia:

Amílcar Cabral, Nacionalismo e cultura

Revista Mensagem (da CEI)

Armelle Enders, Histoire de l'Afrique lusophone

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durante o período colonial, quais são as obras que anunciavam a independência : contra a ditadura, etc.

Blandine Gonçalves

3- Pessoas que eram ao mesmo tempo escritores e políticos.

Sílvia Urbano CArneiro

Certos homens políticos que tiveram um papel importante na independência dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPS), também foram escritores.

Agostinho Neto

this is the caption Assim para a Angola temos, Agostinho Neto, que nasceu em 1922 e morreu em 1979, e foi um poeta e homem político. Ele também foi o primeiro presidente de Angola e o secretário-geral do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA). Depois de ter acabados os seus estudos em Portugal, Agostinho Neto volta para Angola. Como obras políticas podemos mencionar: “Quem é o inimigo…qual é o nosso objectivo?”em 1974, e “Destruir o velho para construir o novo”, em 19761. Como obras de poesias podemos citar: “Sagrada Esperança” em 1974, e “A renúncia impossível” em 1982.


Mário Pinto de Andrade

this is the caption Outro homem político angolano é Mário Pinto de Andrade, que nasceu em 1928, e morreu em 1990, foi um poeta, ensaísta e político. Ele fez uma parte dos seus estudos em Portugal. Em 1955, ele participou à fundação do Partido Comunista Angolano (PCA). E também foi o redactor da revista “Présence Africaine”, e também foi responsável pela Organização do I Congresso de Escritores e Artistas Negros. E em 1956, ele foi um membro fundador do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), e foi o seu presidente de 1960 até 1962. Em 1962, ele integra a presidência do MPLA, a Agostinho Neto. Depois de 1965 até 1967, Mário Pinto de Andrade, coordena a Conferencia das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas (CONCP). Em 1973, ele é mandatado para organizar os textos políticos de Amílcar Cabral. Mais tarde, nos anos 80, ele colabora na “Historia Geral da África”. Mário Pinto de Andrade escreveu poesia anti-colonial. Ele publicou “Antologia da poesia Negra de expressões portuguesa”, em 1958. Angola tornou-se independente em 1975.


Eduardo Mondlane

 THIS IS THE CAPTION Para o Moçambique temos como homem político Eduardo Mondlane, que nasceu em 1920 e morreu em 1969. Ele foi eleito em 1962, como presidente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que lutou para a Independência de Moçambique do domínio colonial português. A sua morte, ele deixou um livro “Lutar por Moçambique” em 1969, que só foi publicado alguns meses depois a sua morte. Neste livro, Eduardo Mondlane, detalhou como funcionava o sistema colonial em Moçambique e o que seria necessário para desenvolver o País. Moçambique tornou-se independente em 1975.


Amílcar Cabral

THIS IS THE CAPTION Para a Guiné-Bissau e o Cabo verde, temos como homem político, Amílcar Cabral, que nasceu em 1924 e morreu em 1973. Ele foi o fundador do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (o PAIGC). Em 1949, ele cria em Lisboa com Mário Pinto de Andrade, “A casa da África”, e edita um boletim “Hoje e amanha”. Em 1951, ele é co-fundador da revista “Mensagem”, e cria um centro para os estudantes de origem Africana em Lisboa. Depois em 1955, Amílcar Cabral, funda o Movimento da Independência Nacional da Guiné (MING). Mesmo se não e um autor, escritor como os outros autores mencionados, ele teve um papel importante na Independência da Guiné-Bissau, que foi proclamada em 24 de Setembro de 1973, após a morte de Amílcar Cabral.


Assim podemos ver que estes escritores políticos tiveram um papel importante para a independência dos seus países face ao país colonizador. Então pode-se dizer que existe uma relação entre a literatura e a independência.


SITOGRAFIA:

http://fr.wikipedia.org/wiki/Agostinho_Neto 03.01.11

http://www.amigos-de-mocambique.org/connaitre/his-mondlane.htm 03.01.11

http://fr.wikipedia.org/wiki/Am%C3%ADlcar_Cabral 03.01.11

http://www.vidaslusofonas.pt/mario_pinto_andrade.htm 03.01.11

Literatura de hoje frente aos problemas de desenvolvimento em Angola

Sandrine

Hoje em dia os Palops têm uma taxa muito baixa de alfabetização. De facto em Angola só 66,8% da população está alfabetizada. Em Moçambique a situação ainda está mais grave porque só há 46,5% de alfabetes. É certamente por essa razão que há poucos escritores originários dos Palops.

Os poucos escritores que há querem na maior parte do tempo denunciar os problemas de seus país. Os escritores que participavam no passado as lutas armadas e que tinham responsabilidades no poder durante a independência vão pouco a pouco se liberar da política e do poder. Eles se referem agora a realidade e da suas experiências. A literatura tornou-se ao longo dos anos um lugar de expressão e uma literatura crítica que revela os problemas de sob-desenvolvimento.

O caso mais representativo é o escritor angolano Pepetela. Ele participa de uma maneira muito significativa a uma reflexão pós-colonial. Suas obras mostram um olhar crítico sobre a formação da nação angolana. Ele é o autor o mais famoso de sua geração. As obras de Pepetela enviam a uma profunda reflexão sobre a nação angolana, a partir de uma visão crítica que visa a revelar, a analisar, e a denunciar os desfeitos da sua história. A sua obra “ O cão e os Caluandas” é um coletânia de pequenas historias de um pastor-alemão. Esse romance descreve os habitantes de Luanda e as mudanças que eles vivam depois da independência. Pepetela reflecte sobre as noções de “nação angolana” e de “unidade nacional”. O autor denúncia também à burocracia e à corrupção desse jovem país independente. Tais denúncias são perceptíveis em todas as histórias, sendo mais emblemáticas nos seguintes títulos: “O primeiro Oficial”, “O mal é da televisão”, “Lição de economia política”, “Regressados”, “Que raiva!”, “Entre judeus” e “Luanda assim, nossa”.

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Mais tarde em 1992 temos a obra “A Geração da Utopia que reflecte sobre a desilusão existente em Angola depois da independência e mais uma vez o autor faz também uma crítica sobre os graves problemas de corrupção que há no país depois da independência. Os problemas da religião são também abordados. A “Geração da Utopia é um relatório sobre o que foi a independência do país. A noção de utopia envia ás ideias idealizadas que imaginavam os angolanos antes da libertação do país. O título resume então a decepção que tiveram os que lutaram por essa independência.

Nas suas obras mais recentes a temática que domina é a crítica dos novos ricos, que até já tinha aparecido na obra “A Geração da Utopia”.

Pepetela não é o único autor angolano a descrever essa realidade, o autor Ondjaki também se refere a realidade do país.

Na sua obra “Os da minha rua” que é uma coletânea de 22 contos, Ondjaki revela também os problemas da Angola depois de sua independência. O narrador desse romance é um menino que nos revela os problemas mas de uma maneira subtil e com ironia. Com essa maneira de fazer o escritor tem mais facilidade a denunciar os problemas. O narrador menino nos fala da vida quotidiana mas também dos problemas de abastecimento, das consequências da guerra com a destruição do país e da presença massiva da cultura brasileira que marca a vida dos angolanos.

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È preciso notar que esses grandes autores são muitos famosos em Portugal e no Brasil. De mais os angolanos ainda vivam num clima de violência, esses escritores revelando a verdadeira imagem do pais podem meter a sua vida em perigo.

Bibliografia e sitografia

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