Publication 2013

Edito

Palavras chaves

culinária, coqueteis, língua

A Guiné-Bissau : Tradições Culinárias

Suzy

A Guiné-Bissau como cada um dos PALOP’S tem seus produtos e suas tradições culinarias. A especialidade da Guiné-Bissau é que no seu pequeno teritorio convivem mais de 30 etnias. Cada uma delas de uma cultura differente é o que faz a diversidade do país e a riqueza do seu aspecto culinário. Para conhecer melhor esse pequeno país que é a Guiné, vamos descobrir as suas variedades vegetais ; os seus produtos locais e as suas receitas tradicionais.

Os cereais da Guiné-Bissau :

Milho basil , ( Madja, Bucomon) : O milho basil ou Madja é cultivado nas regiões norte e leste do país, é um cereal que resiste a parasites e secas, o clima da Guiné-Bissau é portanto uma grande vantagem. E principalmente acompanhado de molhos a base de carne ou peixe. A tribo dos Fulas é a que mais consome este cereal que custa a pilar por ter umas sementes muito pequenas.

Arroz de mangrove (Arroz de bolanha, Arroz du bulanhas) : O arroz é o alimento básico da maioria da população da Guiné-Bissau. Todas as etnias usam o arroz tanto para consumo pessoal que como mercadoria local e nacional. Os maiores cultivos encontram-se na região Tombali : 22 mil hectares de terras cultivadas com arroz. O arroz é cultivado numa água salgada, uma técnica deles.


“Se bú odia minino bonito e arroz” : Quando se vê um menino bonito, é por causa do arroz.

Exemplo de receita : O Fúti.

Verduras e hortaliças da Guiné-Bissau :

Djagatu : O djagatu é uma pequena beringela de cor vermelha podemos dizer que é parecida com um tomate mas com um sabor muito mais intenso. No entanto o djagatu é colhido ainda verde ou amarelo.
Ele pode ser usado nos molhos, nas sopas, ou nos temperos uzendo so as folhas. Mesmo sendo mais pequeno e amargo que nos outros paises da africa os guineenses o consideram mais saboroso.

Mancarra do Bijagos ( Mampodé ): O mampodé é um pequeno legume, originária do Mali. A semelhança dos seus frutos com o amendoim e com o arquipélago de Bijagos, onde era tradicionalmente cultivado, do o seu nome a este legume. Ao contrário do amendoim, introduzido pelos colonos portugueses, o Mampodé é um cultivo tradicional do país.
No pais diz-se que o primeiro a semear o mampodé é o chefe da aldeia e que todos estão presentes para a colheita.

Tomate sinho (Camate sinho, Pepel, Mcam-mat, Ncambatu, Mancamatchi): O tomate sinho é uma variedade de tomates cultivado na Guinée-Bissau. É um tomate pequeno e resistente ao clima do país.

Nene badadje ( Ucangla, Bde bdadje) : A planta da nene badadje é um vegetal em que todas as partes da planta são utilizadas, a folha podem acompanhar um arroz ou outra comida ou mesmo comidas simplesmente ou até como tempero uma vez secadas. As sementes servem para fazer óleo, esse óleo pode ser utilizado na culinária ao nos sabonetes.

Niebé ( Feijão mancanha) : Tanto como a planta da nene badadje neste vegetal todas as partes são utilizadas, e para várias coisas. O niebé é um legume que podemos encontrar em muitas receitas., As sementes muito vitaminadas, são a parte da planta mais utilizada na cozinha pode ser cozinhada inteira ou em farinha. As folhas são elas usadas nas sopas ou temperos.

Quiabo local (Pcandja, Candjé, Taco, Candja de fula, Ncandja ) O quiabo é feito de flores amarelas e de vagens que podem ser comidas de várias formas. Inteiras ou em sopa ou em acompanhamento para o arroz etc ..

O quiabo é fácil de cultivar podemos então encontra-lo em muitas hortas de famílias da Guinée-Bissau.

Exemplo de receita : O Siga.

O peixe da Guiné-Bissau :

Peixes e moluscos representam a principal fonte de proteína animal para a população local. Durante muito tempo e há muito tempo as populações praticam a pesca com técnicas tradicionais que respeitam o ecossistema. Os moluscos mais pescados são : o gandin (Melongena melongena), e o cuntchurbedja (Cymbium sengalensis) depois eles são defumados e secos. Os peixes são vários no oceano atlântico por isso eles têm muitas variedades de peixes para cozinhar.

Exemplo de receita : Caldo de Citi.

A fruta da Guiné-Bissau :

Tambacumba : Estes frutos são pequenos e têm uma polpa amarela. Podem ser consumidos frescos ou secos. As sementes desta fruta podem ser utilizadas como ao feijão na culinária da Guinée-Bissau.

Fole ( Psobé, Nbatano, Polédje, Foleossumo-o, Mta-a) : é uma fruta parecida a laranja. Pode ser comido inteiro, pode ser feito em sumo ou xarope e bebido ou então usado em tempero como o vinagre ou o limão.

Limão da Guiné-Bissau (Limão-da-terra, Urimblà, Mandamna ) : Esta fruta foi introduzida pelos colonos portugueses. E hoje a planta mais importante na culinária local. Como o limão pode ser usado como vinagre ou em temperos ou ainda como sumo acrescentando-lhe água e acusar.

Mandiple (Upilum, Tchalé, Gsal ) : os pequenos frutos amarelos que crexem nas árvores são consumidos frescos ou macerados em água para obter um sumo, adoçado.

Manganaça (Onanssi, Manganasa, Foia): a mangança é uma planta que resiste as secas, podemos comer os frutos vermelhos frescos, as sementes dão uma farinha que pode substituir o arroz no accompanhamento da carne e dos peixes.

Tamarindo: Este fruto é uma vagem dura com várias sementes. O seu sabor ácido é semelhante ao limão, é utilizado então para vários pratos e molhos mas o mais comum é fazer sumo de Tamarindo.

Vimos então que a pequena terra que é a Guiné-Bissau esta cheia de riquezas culinárias, com muitas variedades de frutas, cereais, vegetais. Como se a riqueza da terra não chegasse a Guiné-Bissau pode também desfrutar da riqueza do mar com uma quantidade de peixes e mariscos a sua volta.

Influências africanas na linguagem da culinária brasileira

Eric

É possível observar no português do Brasil muitas palavras de origem africana, devido principalmente ao período colonial em que os escravos negros eram trazidos para trabalhar na lavoura. Os africanos trouxeram consigo sua religião, cultura, comida, música, modo de viver, mitos, lendas e, é claro, as línguas e dialetos que falavam. Os povos bantos, que habitavam o litoral da África, falavam diversas línguas. As três mais importantes eram:

o kikongo, falado pelos Bacongo, (que foram os primeiros povos bantus a ser escravizados):

118207801.jpg

o kimbundo, falado pelos Mbundo:

118252712.jpg

e o umbundu, falado pelos Ovimbundu, (a presença deste povo foi mais marcante nos estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro):

118252701.jpg

Muitos vocábulos que nós usamos frequentemente vieram do kimbundu, ou de línguas que pertencem ao tronco linguístico bantu, por exemplo: “dendê”,“quiabo”,“mocotó”,“maxixe”,“gangorra”,“cachimbo”,“fubá”,“macaco”,“cangica”,“marimbondo”,“quitanda”,“farofa”, “munguzá”, entre outros. Com a chegada da população africana no Brasil, foram constituídas duas “línguas gerais”: o nagô ou iorubá, na Bahia e o kimbundu nas outras regiões. Assim como na língua, a culinária também apresenta marcas africanas. O funge, por exemplo, é um prato originário de Angola feito com farinha de mandioca misturada com água ou caldo quente de peixe, de camarão, de galinha, entre outros. Pode ser servido como prato principal ou como acompanhamento. Ver o link que a Farah Gonzalvez colocou, em particular o vídeo:

funge - comida típica de Angola .

Agora vamos comparar a maneira como este prato é realizado no Brasil. Vejam uma receita da região sudeste, na cidade de Vitória / ES, (como o vídeo aborda outros pontos, começa a assistir a partir de 00:28 até 03:24):

Aprenda a fazer pirão de camarão.

Links

A fonte do resumo sobre a herança das línguas africanas no português do Brasil : clique aqui.

Palavras de origem bantu incorporadas ao português : clique aqui.

A fonte das fotos dos povos bantos : clique aqui.

A fonte da foto do funge de Angola : clique aqui.

A fonte da foto do pirão de Vitória / ES: clique aqui.

Cabo Verde, gastronomia

Marina & Morgane

Influências e algumas variações da cultura gastronómica vinda de Cabo Verde e outros países africanos até ao Brasil (Marina)

Na época das grandes navegações, Portugal vivia de forma pioneira o fenômeno da globalização, lançando-se ao mar ao encontro da ampliação comercial, da conquista de novas rotas em busca de alimento e especiarias. Sem dúvida, as grandes matrizes da diversa e variada cozinha brasileira está em um Portugal ampliado com a África, com o Oriente e com as centenas de culturas indígenas. Pode-se caracterizar a cozinha de herança africana no Brasil como adaptativa, criativa e legitimadora de muitos produtos africanos e não africanos que foram incluídos regionais e em outros de presença nacional. O tão celebrado coco-verde do Brasil vem da índia, passando antes pela África Oriental, África Ocidental e Cabo Verde para então fixar-se no Nordeste brasileiro. O dendê é uma das marcas da cozinha genuinamente africana no Brasil e o dendezeiro é sagrado para os Ioruba, sendo conhecido como igí-opé. A mundialização sempre aconteceu na boca.

Por volta do século 16 a alimentação quotidiana na África, principalmente dos países da costa como Cabo Verde e Guiné, que foi incorporada à comida brasileira pelos escravos, incluía arroz, feijão, sorgo, milho e cuscuz. A carne era predominantes de caça (antílopes, gazelas, búfalos e aves). Os alimentos eram preparados assados, tostados ou cozidos. Feijão variado, acréscimos de camarões defumados, gengibre, pimentas e óleos vegetais como o azeite-de-dendê fazem a base de uma mesa em que vigoram acarajés, abará, vatapás de peixe e galinha, bobós, carurus, entre tantos outros pratos.

A cozinha brasileira tem por base a cozinha portuguesa, com outras duas grandes influências: a indígena e a africana. Mas houve inúmeras variações, desde os ingredientes a nomes e combinações,como pode ser visto, por exemplo, no caso do cozido, que em Portugal e em Cabo Verde é riquíssimo em derivados de porco e, no Brasil, farto em legumes e carne de vaca.

A alimentação sempre esteve e ainda está bastante relacionada à história dos diferentes povos. Assim, para se caracterizar e compreender as origens de nossos hábitos alimentares, é preciso recordar o passado, os costumes indígenas, a colonização portuguesa, os efeitos da escravidão e a evolução da sociedade como um todo até se chegar ao período atual.

culinaria-afro-brasileira-2.jpg

Alguns pratos comuns entre Cabo Verde e Portugal com as variantes locais

-Xerém ou sopa de milho:
Em Portugal, o xarém (ou xerém) é considerado um prato típico da região do Algarve, no sul do país, em particular da cidade de Olhão. Nesta cidade, é frequente prepará-lo com amêijoas, toucinho, presunto e chouriço. Pode também ser acompanhado por torresmos, carne de suíno ou sardinhas assadas. O prato xarém com conchas foi um dos candidatos finalistas às 7 Maravilhas da Gastronomia portuguesa.
Em Cabo Verde, o xerém é também considerado um prato tradicional, podendo a farinha de milho ser cozida com água, louro, manteiga e sal. Pode também ser preparado com atum fresco, leite de côco, cebola e gindungo. Existem variantes com designações mais específicas, como, por exemplo, o xerém de festa, que pode ser preparado com banha, carne de porco e cebola ou, noutros casos, com favas, louro, pimenta e tomate. É também, por vezes, consumido em festas de casamento, como acompanhamento.
xerém algarvio
xerém cabo verdiano

-Canja de galinha:
Os dois pratos existem nos dois países. A preparação é praticamente a mesma mas há uma pequena diferença: em Portugal, a canja come-se com massinhas de letras ou estrelinhas e em Cabo Verde, faz-se com arroz.

-A feijoada:
Em Portugal a famosa feijoada à transmontana é feita à base de feijão vermelho e carne de porco.
No Cabo Verde, o mesmo tipo de prato existe mas sendo conhecido não como feijoada mas como cachupa. E um dos pratos mais conhecidos do Cabo Verde; é feito à base de feijão e grãos de milho cozidos, acompanhados com carne ou peixe e vegetais.

Produtos locais e receitas tipicas (Morgane Checler)

Cabo Verde é um arquipélago localizado ao largo da costa da Africa Ocidental. As ilhas que o compõem são vulcânicas e montanhosas. Localizado na zona sub-saheliana o arquipélago tem um clima árido ou semi-árido. Devido a esta natureza vulcânica e montanhosa o sol do país é pouco produtivo, mas o milho, o feijão, a cana-de-açúcar, a mandioca e a banana podem ser cultivados e tornaram-se os alimentos mais usados na gastronomia de Cabo-verde. Os cabo-verdianos são obrigados a inventar uma cozinha original com esses produtos, uma cozinha local que logo se torna rica com adaptações das receitas portuguesas e brasileiras, esta fusão com os produtos tradicionais dá origem a esta gastronomia.

Sopas, pratos de peixe e marisco, pratos de carne, bolos e doces, todo isso faz parte integrante dessa gastronomia com nomes e termos tipicamente cabo-verdianos. Hoje em dia os alimentos ditos “básicos” são majoritariamente importados como o trigo, a carne, o milho e o feijão. O peixe é um dos únicos alimentos que não é da importação. Além disso, a gastronomia cabo-verdiana é rica é os alimentos típicos são originários da região mesma.

Em Cabo verde o prato principal, o prato nacional é a Cachupa. Esse prato pode ser comparado à feijoada brasileira. A cachupa é uma espécie de guisado com milho e feijão preto, que muda de acordo com os ingredientes disponíveis: atum, carne ou legumes, é muito popular na manhã com cebola e ovos fritos. A feijoada é um prato que consiste num guisado de feijão com carne, normalmente acompanhado com arroz.

cachup10.jpg

O pastel de milho é uma das entradas mais famosas em Cabo verde. É um espécie de pastel ou rosquinha preparado com farinha de milho e batata-doce ou banana. Dentro desse pastel há um recheio feito com atum, cebola e tomate. Vemos nesta receita uma adaptação do « beignet » ocidental com o produto local ; a farinha de milho.

pastel_de_milho.jpg

Do lado dos doces o Pudim de queijo é o mais conhecido e reputado. É um bolo preparado com queijo de cabra fabricada nas ilhas do fogo e de Santo Antão.

pudim_de_queijo_1.jpg

Diversas frutas bem típicas são originarias do país. Por exemplo o Pinhão é uma fruta fresca e deliciosa que é recomendado principalmente para as pessoas diabéticas ou com problemas cardiovasculares. A maçã de Fogo é um tipo de maça que só se encontra em Cabo Verde.

Em Cabo Verde, arquipélago com paisagens maravilhosas não só se encontra belezas para os olhos mas também para as papilas gustativas. Os produtos originários dessas ilhas dão pratos originais e inventivos, apesar de o país importar 85% dos produtos.


Trocas e influências na comida entre Moçambique, Brasil e Portugal

Farah Gonzalvez

A cozinha de Moçambique vem de 3 continentes : Europa (Portugal), Ásia (Índia, Malásia), e América (Brasil). Assim esta cozinha é uma mistura dessa três influências.

“Moçambique oferece o manjar típico com uma fusão de valores culturais que dão sabor especial a uma cozinha mestiça, curiosa, apetecida. Produtos da terra, como mandioca, batata-doce, mapira, amendoim, castanha de caju, mangas, papaias e coco… Produtos do mar, como garoupas, carapaus, amêijoas, e os famosos camarões… Enfim, uma variedade infinita que faz da culinária moçambicana um mosaico de sabores e cores” (Paola Rolletta , Cozinha Tradicional de Moçambique, Publicações Europa-América )

A história colonial do Portugal explica o uso de vários especiarias como a pimenta nos PALOP. Na verdade, durante os descobrimentos os português traziam nas suas colônias alguns alimentos de Índia, América, Ásia, Brasil e também de Portugal. Então, alguns pratos moçambicanos são uma mistura entre tradições culinárias brasileiras, portuguesas e africanas. Vou dar alguns exemplos desses.

A caipirinha

A caipirinha é uma das bebidas brasileiras as mais conhecidas internacionalmente. É feita com cachaça que é um alcool tipicamente brasileiro, Aqui a receita :

  1. Corte as extremidades do limão e corte-o ao meio no sentido do comprimento.
  2. Retire a membrana branca de dentro para que a caipirinha não seja amarga.
  3. Corte cada metade de limao na vertical e depoiscorte em fatias transversais.
  4. Coloque fatias de limão no copo, com a casca virada para baixo e a polpa para cima de maneira esmagar a polpa em vez da casca.
  5. Coloque 1 colher e meia de sopa de açúcar e pode usar mais se voce quer uma caipirinha mais doce.
  6. Soque com um socador a preparaçao, faz movimentos de cima para baixo em esmagando mas não muito tempo.
  7. Complete o copo com gelo.
  8. Depois despeje a cachaça no copo.
  9. Misture com uma colher.

Agora, é uma bebida muito famosa em Moçambique e é quase bebida nacional contudo do facto que a cachaça é um alcool brasileiro. O guide du routard fala disso aqui : http://www.routard.com/guide/mozambique/2098/cuisine_et_boissons.htm

5_dsc07481.jpg

A Feijoada

O nome “feijoada” designa os pratos de paises lusofonos que consiste num feijao cozinhado com carne e arroz. É um prato que vem do Norte de Portugal e que agora é um dos pratos mais típicos do Brasil. Existe tambèm feijoadas em varios pais africanos lusofonos com algumas mudanças na receita original devidas aos ingredientes do pais.

Por exemplo, em Moçambique há a feijoada à moda do Ibo. Este prato é feito com feijão local, galinha e camarão. Nao há carne de porco porque as pessoas que moram na ilha de Ibo sao muçulmanas. No sul de Moçambique este feijoada é chamada “timbauene”.

feijoada_01.jpg

A mandioca

A mandioca selvagem foi domesticada pelos indigenas da America do Sul há muito tempo sobretudo no lugar do actual Brasil. Quando os colonizadores europeus chegam no século XVI, os indigenas lhes aprendem as suas tecnicas e como utilizar a mandioca. Depois, a farinha de mandioca passa a ser um alimento basico para os navegadores espanhois e português. É eles que a introduziram no continente africano que ali encontra condiçoes climaticas semelhantes. Agora a mandioca é um alimento tipico da cozinha africana e alias, a mandioca é mais usada na Africa que no Brazil. A raiz da mandioca é conzinhada de diferentes maneiras e há muitos tipos de farinhas de mandioca como a tapioca ou o polvilho.

Em Moçambique, pode-se consumir as folhas jovens da mandioca. Elas são piladas com alho e a farinha seca das raizes e, depois, cozinhadas com diferentes mariscos. Esta preparaçao é chamada matapa (ou vatapá no Brasil) e é muito famoso em Moçambique.

matapa_leaves_sm.jpg comida-mocambicana-matapa.jpg

Links

Culinária de Angola

Laetitia Rodrigues

A cúlinaria tradicional de Angola é famosa pelo fato de combinar e de misturar sabores e métodos de cozinhar vindos principalmente de Portugal, de Moçambique e do Brasil. De facto, a cozinha angolana foi muito influênciada pela cozinha portuguesa, dúvido a colonição portuguesa neste país. Assim, o bacalhau e os feijões são ingredientes bem utilizados em Angola : podemos então encontrar pratos baseados sobre o bacalhau e os feijões na Angola, como o “bacalhau injuriado” e a “feijoada angolana”.

Feijoada de Luanda

world_cup_brazil_feijoada.jpg Ingredientes

• 750 g de Feijão manteia

• 200 g de manteia • 2 nabos • Uma cebola • 150 g de farinha de mandioca • Uma chouriça • 500 g de pé de porco • Azeite: 1 dl • Sal: q.b.

Preparação

Depois de demolhado, cozer o feijão e as carnes em separado em água temperada com sal. Faz-se um refogado com o azeite, a cebola até ficar ligeiramente alourada. Seguidamente acrescenta-se um pouco de água da cozedura e junta-se as carnes cortadas aos pedaços, o feijão, os nabos cortados aos quartos grossos e a rama. Tempera-se com o jigungo (espécie de malaguete), deixa-se cozinhar bem e depois servimos acompanhado com farinha do musseque e levemente aquecida no forno.


A cúlinaria angolana é principalmente constituída de carnes (que são consumidas secas) ; de peixes, que ganham ainda mais sabores quando são combinados com ingredientes simples e básicos. Os angolanos não usam muito os molhos ditos “sofisticados”. Porém, esses ingredientes “simples e básicos” são, principalmente :

os cereais (sorgo, painço, milho); os feijões, lentilhas ; inhame, quiabo e dihungo (que é uma abóbora carneira); As melancias, o tamarindo, o fruto de imbondeiro ; O azeite de dendê (óleo de palma) .

O prato típico de Angola é o Funge (ou Funji) uma espécie de polenta cremosa feita com farinha de mandioca ou de milho. Quando o funge é confectionado com o milho, que é cozido e mexido energéticamente e muito frequentemente, a fim de se conseguir a consistência certa,é mais específico do sul da Angola; e quando é feito com a farinha de mandioca, é específico do norte do país, apresentada numa cor acinzentada, com laivos de castanho. O acompanhamento pode ter: a quizaca (folhas do pé de mandioca maceradas, cozidas e temperadas); o peixe fresco cozido (ensopado); o peixe seco cozido ou assado; a galinha de cabidela (ao molho pardo); a muamba (prato à base de galinha, jinguba (amendoim), quiabos e outros temperos); ou o feijão preparado no óleo de palma (tipo de azeite de dendê), entre outros.


Funge de mandioca

funge-300x201.jpg

Ingredientes

• ½ litro de água • 300 g de farinha de mandioca • sal q.b.

Preparação

Leve a água ao lume e, quando estiver a ferver, retire uma caneca para utilizar posteriormente. Adicione sal a gosto e a farinha, aos poucos, mexendo constante e energicamente com uma colher de pau para não formar grumos. Mexa bem até formar uma bola uniforme. Caso o funge esteja demasiado espesso, continue a mexer e vá acrescentando a água da caneca até obter a consistência desejada.

O outro prato muito importante na culinária angolana é o Moamba de Galinha (ou Muamba). O Moamba é tradicionalmente servido com o Funge de milho ou de mandioca.

Moamba de galinha

Ingredientes

(Para 4 pessoas)

• Uma galinha • 12 quiabos • 2 cebolas grandes • 2 dl de óleo de palma • 3 dentes de alho • 400 g de abóbora cortada em pequenos cubos • gindungo q.b. • sal q.b.

Preparação

Corte a galinha em pedaços e, depois de limpa, esfregue-a com sal, os alhos e o piripiri esmagados. Leve a galinha ao lume, com a cebola picada e o óleo de palma, deixando alourar uniformemente. Acrescente um pouco de água e deixe cozinhar até a carne estar quase cozida. Junte a abóbora e os quiabos, também descascados e cortados. Deixe cozinhar até estar a galinha estar cozida e o molho bem espesso.


Links

As Bebidas

Fanny Marveaux

Cabo verde

O álcool do Cabo verde

  • O grogue

O famoso grogue é uma aguardente tradicional do Cabo verde , é produzido com o sumo de cana espremido pelos bois com a ajuda duma maquina .Depois o suco é colocado a fermentação , pois distilado e termina num longo cano e isto permete o resfriamento da bebida quente antes do engarrafamento.

  • Dia 15 grogue ta caba : canção sobre o grogue

Um extrato da música interpretada e escrita por Cacoi cantor caboverdiano: Porqê grogu é metad dum homem

Mas grogu é métad dum homem

M'é pa qem é q'sabê bibêl

Qem é ca sabê bibêl

Panha grogu largal da mon

Tcha grogu pa três rapaz

Luis Cabel, Cacoi e Ninaje

O grogu ca bô matam O grogu ca bô mata cabverdiano

Cacoi

grog.jpeg

  • O ponche

O ponche é uma bebida feita com rum misturado com especiarias e frutas . Temos vários tipos de ponche : ponche gengibre , ponche ananás , ponche amendoins . A palava “Ponche” vem de “Panch” palavra hindustani que significa 5 , 5 porque normalmente este mistura tem 5 ingredientes de base : rum , açúcar , canela , suco e chá .

5413030_zgdnq.jpeg

Receita do Ponche Coco

Ingredientes :

400 ml de leite de coco

150g de leite condensado gordo

166g de xarope de cana

162 ml de Rum 55°

Baunilha

Moscada

Canela

punchcoco.jpg

Misturar todos os ingredientes . Misturar bem para que fique homogeneizar. Por a mistura ao fresco , e mexer bem antes de servir.

O ponche e o grogue são as duas bebidas tipicamente oriundas das ilhas do Cabo verde . Existe também o mesmo fenómeno nas antilhas caribeenses no entanto lá não é utilisado grogue mas rum. Constatamos que este tipo de bebida é mais um costume insular.

  • Proverbio das antilhas francesas :

“Tout bwason ka soulé, sé ronm sèl ki ni bon do.”

“Toutes les boissons saoulent, seul le rhum a bon dos.”

  • Proverbio brasileiro :

“A culpa sempre é do outro, da situação ou da cachaça.”

“C'est toujours la faute de l'autre, la situation ou la cachaça.”


links

Angola

Gastronomia moçambicana

Filipa

A gastronomia moçambicana é uma cozinha muito variada com várias influências, como influências indianas e chinesas. O que mais se utiliza na comida moçambicana é o peixe, mariscos como a lagosta, o camarão e o mexilhão que são muito bons. Mas na sua gastronomia o que dá o melhor saber a todos os seus maravilhosos produtos são os temperos que vêm da comida indiana.

Matapa,è uma comida típica moçambicana muito conhecida.

Receita: Matapa - Ingredientes: 750g de amendoim, 1 coco, 1 kg de camarão fresco ou seco, 1 kg de folhas de mandioca ou couve,2 litros de água e Sal. - Modo de preparo: Pile o amendoim até ficar em pó e dissolva em cerca de meio litro de água. Rale a polpa de coco e esprema num passador, juntando a pouco e pouco o restante líquido, de modo a extrair todo o leite de coco. Junte a este leite de coco a água com o amendoim. Pique as folhas de mandioca ou couve com uma grossura de cerca de 2 cm. Cozinhe as folhas sem água durante meia hora. Se forem folhas de couve acrescente uma pequena porção de água para que fiquem tenras. Num tacho, leve ao fogo a mistura de leite de coco com água de amendoim, e quando começar a ferver junte-lhe as folhas da verdura e tempere com sal. Por fim, junte os camarões já preparados e cozinhados e deixe apurar uma hora e meia em fogo brando. Sirva com arroz branco ou farinha de milho.(http://www.comidaereceitas.com.br/salgados/matapa.html#ixzz2Q3N9foPk)
Outras receitas de Moçambique:
http://xirico.com/c_htm/tri/culinaria.php
http://receitasdafulaninha.blogspot.fr/2012/07/culinaria-de-mocambique.html

4951677612_d957338989_1_.jpg

-Este prato pode-se comer em todo o país, mas por exemplo no norte de moçambique o prato típico é o lumino, que demora muitas horas para ser preparado, e os ingredientes são cacana, mas em vez disso podemos pôr banana, tem tomates, caril, cebolas, manga seca e coco que na maioria são produtos bem tropicais. Também há um prato bem diferente e extraordinário dos outros que é o Nkungo, que é feito com insectos mas é mais praticado perto do lago do Niassa, esses insectos são então misturados com coco, óleo e caril e no fim fazem-se bolas, e elas podem ser fumadas também. A Matapa que é a receita que está no início é feita com cacana, couve e leite de coco, por isso não convém beber alcool porque pode amargar.

-A base da alimentação moçambicana é o milho e a partir deste produto faz-se uma massa que no sul é chamada de Ushua e no centro e norte de Chima, esta massa pode também ser acompanhada de molhos de vegetais e de mariscos. Onde a gastronomia é mais rica é na provincia de Zambezia que se situa no centro do país. Essa cozinha é feita especialmente à base de coco e o prato principal é a galinha à Zambeziana.

Bebidas
- Nas bebidas, Moçambique tem várias aguardentes destiladas, como a Nipa e a Katchulina e também têm sumos de caju e canho e as cervejas de milho.
Sumo de canhu: Para fazer o sumo de canhu os frutos são colhidos, lavados e deixados para amadurecer. Depois retiram-se as sementes e as cascas e depois mete-se tudo num recipiente onde fermenta por um ou dois dias. A mistura é depois coada, o liquido engarrafado e depois está pronto para ser consumido.

thca1bgdux.jpg

Vemos então que a gastronomia de Moçambique é muito rica com muitos produtos tropicais e produtos muito simples. Os pratos cozinhados não são muito elaborados, nã pedem muito esforço mas no entanto são receitas conhecidas no país inteiro. A culinária não é a única que faz parte das tradições as bebidas bem fortes também o são.

Discussion

farah gonzalvez, 06/02/2013 15:43

http://www.recettes-cuisine-afrique.info/?+-Angola-+

farah gonzalvez, 06/02/2013 15:45

http://www.afrik-cuisine.com/recettes/funge-ou-pirao

eric leurquin, 12/02/2013 15:23

gostei do video sobre o pirao angolano ;)

eric leurquin, 16/02/2013 21:01

A INFLUENCIA DA COMIDA DA ANGOLA NA CULINÁRIA BRASILEIRA.

Funge é um prato originário de Angola feito com farinha de mandioca misturada com água ou caldo quente de peixe, de camarão, de galinha, entre outros. Pode ser servido como prato principal ou como acompanhamento. Ver o link que a farah gonzalvez colocou, em particular o vídeo: http://www.afrik-cuisine.com/recettes/funge-ou-pirao. Agora vamos comparar a maneira como este prato é realizado no Brasil. Vejam uma receita da região sudeste, na cidade de Vítoria / ES: http://tudogostoso.uol.com.br/receita/89591-pirao-de-peixe.html como o video é um pouco demorado assistem a partir de 00:28 até 03:24

A HERANÇA DAS LÍNGUAS AFRICANAS NO PORTUGUÊS DO BRASIL.

O português no Brasil tem muitas palavras de origem africana, devido principalmente ao período colonial em que os escravos negros eram trazidos para trabalhar na lavoura. Os africanos trouxeram consigo sua religião, cultura, comida, música, modo de viver, mitos, lendas e, é claro, as línguas e dialetos que falavam. Os povos bantos, que habitavam o litoral da África, falavam diversas línguas. As tr~es mais importantes eram: o quicongo, falado pelos BACONGO (que foram os primeiros povos bantus a ser escravizados); o quimbundo, falado pelos AMBUNDO ; e o umbundo, falado pelos OVIMBUNDO (a presença deste povo foi mais marcante nos estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro). Muitos vocábulos que nós usamos frequentemente vieram desses idiomas, por exemplo: “bagunça”, “curinga”, “moleque”, “dengo”, “gangorra”, “cachimbo”, “fubá”, “macaco”, “quitanda”, entre outros. Com a chegada da população africana no Brasil, foram constituídas duas “línguas gerais”: o nagô ou ioruba, na Bahia e o quimbundo nas outras regiões.

eric leurquin, 20/02/2013 20:33

A fonte do resumo sobre a Herança das línguas africanas no português do Brasil : http://www.educacao.salvador.ba.gov.br/documentos/linguas-africanas.pdf

Jean-Pierre Chavagne, 19/03/2013 22:17

Algumas observações :

Jean-Pierre Chavagne, 04/04/2013 06:54

Il faut harmoniser plus ou moins l'utilisation d'images dans les articles : - leurs tailles - leur nombre

ni trop grandes, ni trop petites, ni trop nombreuses, ni absentes, par exemple, mais il faut décider entre vous.

Laetitia Rodrigues, 07/04/2013 19:40

Bonjour à tous : j'aimerai savoir comment est-ce que vous faites pour insérer des images dans vos articles. =) Merci.

eric leurquin, 07/04/2013 20:19, 07/04/2013 20:26

bonsoir laetitia

si tu veux je t'explique comment faire au prochain cours, Ok ?

eric leurquin, 07/04/2013 20:21, 07/04/2013 20:22

j'ai trouvé un texte bien intéressant sur les langues parlées de Sao tomé e Principe et sur l'histoire des Angolares:

http://portaldoconhecimento.gov.cv/bitstream/10961/475/1/De%20Etnicos%20A%20Etnicos%20Uma%20Abordagem%20Aos%20Angolares%20De%20S%C3%A3o%20Tome%20e%20Principe.pdf

Laetitia Rodrigues, 07/04/2013 20:26

Nous devons le finir avant jeudi alors j'aurai bien aimé le savoir avant. :/ Mais merci =)

eric leurquin, 07/04/2013 20:49

allo?

eric leurquin, 07/04/2013 20:50

on se met sur le brainstorming Laetitia?

eric leurquin, 07/04/2013 20:54

bon ok

eric leurquin, 07/04/2013 20:54

alors pour mettre une photo d 'abord tu vas sur ton texte ok

Vous pourriez laisser un commentaire si vous étiez connecté.