La déforestation au Brésil

La déforestation au Brésil / Desmatamento no Brasil

La déforestation concerne l'ensemble des forêts qui se trouvent surtout sur le continent africain, et en Asie du Sud Est et en Amérique Latine, puisque nous faisons un échange linguistique entre lusophones et francophones, nous avons choisi de parler de la dsmatamento no Brasil.

LES CHIFFRES

LES CAUSES

LES CONSEQUENCES

LES SOLUTIONS

La déforestation concerne la fôret amazonienne ,et c'est un problème environnemental grave car il représente le poumon de la planète. Nous avon voulu parler de ce problème d'environnement qu'est le déforestation au Brésil avec des natifs et voir leur opinion à ce sujet et les informations qu'ils pouvaien nous apporter ,eux qui vivaient les choses de plus près . Dans les réponses qui m'ont été proposées ,tous m'ont parlé d'un sujet sérieux et délicat puiqu'il concernait pas uniquement l'écologie mais aussi les populations locales (indigènes) qui étaient exclues de leurs habitations à cause de la soif des exploitants de gagner de nouvelles terres pour cultiver le soja ou la canne à sucre qui est très demandé aujourd'hui pour les biocarburants. Le gouvernement tente de proposer des mesures mais la deforestation et le trafic (de bois tropicaux)se poursuit de manière illégale. Des associations tentent de lutter contre ce fléau mais ils subissent des pressions et des violences. Les persones qui travaillent dans ces exploitations sont souvent mal payés et n'ont pas vraiment le choix car ils ne peuvent pas vraiment travailler ailleurs puisque tout est aux mains de grands exploitants sans scrupules. Nous avons voulu parler ensuite de la condition des indiens d'amazonie ,donc des autochtones et de leur condition de vie dans les réserves dans lesquelles ils étaient confinés. Ensuite nous avons voulu developper l'importance planétaire de ce sujet en ouvrant le débat au niveau international avec la rencontre entre LULA et SARKOZY

Panorama geral da Amazônia

Nos anos 70, durante o auge dos grandes projetos de infraestrutura implantados pelos governos militares, a Amazônia era conhecida como o inferno verde. Uma mata fechada e insalubre, empesteada de mosquitos e animais peçonhentos, que deveria ser derrubada a todo custo – sempre com incentivo público – pelos colonos, operários e garimpeiros que se aventuravam pela região. Essa visão mudou bastante nas últimas duas décadas, à medida que os brasileiros perceberam que a região é um patrimônio nacional que não pode ser dilacerado sem comprometer o futuro do próprio país. Com seus 5 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia representa mais da metade do território brasileiro, 3,6% da superfície seca do planeta, área equivalente a nove vezes o território da França. O Rio Amazonas, o maior do mundo em extensão e volume, despeja no mar em um único dia a mesma quantidade de água que o Tâmisa, que atravessa Londres, demora um ano para lançar. O vapor de água que a Amazônia produz por meio da evaporação responde por 60% das chuvas que caem nas regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Mesmo agora, com o reconhecimento de sua grandeza, a Floresta Amazônica permanece um domínio da natureza no qual o homem não é bem-vindo. No entanto, vivem lá 25 milhões de brasileiros, pessoas que enfrentaram o desafio do ambiente hostil e fincaram raízes na porção norte do Brasil. O estranho é que no intenso debate que se trava sobre a melhor forma de preservar (ou, na maior parte das vezes, ocupar) a floresta, esteja praticamente ausente o maior protagonista da saga amazônica: o homem. É uma forma atravessada de ver a situação, pois o destino da região depende muito mais de seus habitantes do que de documentos produzidos em Brasília ou da boa vontade de ONGs. A prioridade de todas as iniciativas deveria ser melhorar a qualidade de vida e criar condições econômicas para que seus habitantes tenham alternativas à exploração predatória. Só assim eles vão preservar a floresta em vez de destruí-la, porque terão orgulho de sua riqueza natural única no mundo. A exuberância da natureza contrasta com a qualidade de vida dos amazônidas. A imagem idílica do cabloco que vive no paraíso tropical e nele quer permanecer só tem correspondência com o mundo real na imaginação de quem vive longe dali. Mesmo aquele que mora em pontos distantes, só acessíveis por barcos, assiste às novelas em televisores com antenas parabólicas e energia elétrica proveniente de geradores a óleo diesel. É natural que queira viver com os confortos modernos presentes no Sudeste, e não como uma relíquia viva do século passado. O ribeirinho, assim como o índio em sua aldeia, prefere cozinhar em fogão a gás, nem que para isso precise pagar por esse conforto com bens retirados da floresta. Em áreas rurais, a ausência de comércio e de dinheiro faz do escambo uma forma corriqueira de abastecimento da população. Em áreas remotas da Amazônia, onde o escambo é comum, muitas mercadorias têm seu preço estabelecido em animais cuja caça e pesca são controladas.

2 tracajás valem quatro horas de televisão (o óleo diesel usado nos geradores de eletricidade é cotado em 1 tartaruga por litro)

100 quilos de carne de jacaré valem 2 milheiros de tijolos

2 quilos de pirarucu salgado valem 1 litro de cachaça

1 quilo de peixe fresco vale 1 quilo de bolacha

1 quilo de borracha bruta vale 1 quilo de sal

20 quilos de castanha-do-pará valem 1 quilo de charque

Como explicar a essas pessoas que caçar animais que há gerações são parte da dieta local é agora um crime ambiental? Os imigrantes, somados aos indígenas e moradores antigos, mesclaram-se para formar um “Homo amazonius”,que seria o brasileiro adaptado à região. O país não o entende muito bem. As políticas para a Amazônia geralmente foca a população rural, o chamado povo da floresta. Esse modo de pensar podia fazer sentido no início dos anos 70, quando apenas 3,5% dos habitantes da região viviam em áreas urbanas. Nas últimas três décadas, o perfil demográfico se transformou em ritmo acelerado. Hoje, 73% da população vive nas cidades – e seus problemas são similares aos dos habitantes de qualquer cidade do Sul ou do Sudeste, só que agravados pela falte de serviços básicos de infraestrutura. As soluções que propõem manter o homem no mato, sem possibilidade de progresso pessoal, mostram resultados pífios. O exemplo mais flagrante é o das reservas extrativistas de subsistência, uma receita criada pelo líder seringueiro Chico Mendes nos anos 80. Há hoje 86 dessas reservas, habitadas por 300.000 pessoas, visto que colher látex e castanhas se mostrou insuficiente para garantir uma vida digna, ocorre por lá uma volta a atividades mais lucrativas: derrubar as árvores, vender a madeira, abrir campos de pasto para o gado. Estima-se que algumas dessas reservas extrativistas já tenham perdido 20% da cobertura vegetal e abriguem 40.000 reses. O bom exemplo de sucesso está na outra ponta – aquela que prospera de costas para a floresta. A Zona Franca de Manaus, criada em 1967, concentra 550 indústrias modernas, que, no ano passado, alcançaram um faturamento de 60 bilhões de reais. Uma riqueza produzida sem que seja necessário derrubar uma única árvore. A instalação da Zona Franca de Manaus é apontada como uma das principais causas de o estado do Amazonas ser o menos desmatado da Amazônia. Seu exemplo poderia ser replicado na região com a criação de outras indústrias limpas, como as ligadas aos setores farmacêuticos e de biotecnologia. Boa parte da Amazônia obtém seu sustento na ilegalidade. Muitos participam da exploração irregular da madeira sem saber que estão cometendo crime ou por falta de qualquer outro meio de vida. O mercado negro desse produto e a atuação dos bandoleiros, donos das empresas dedicadas ao comércio de toras, são incentivados pela escassez de terras legalizadas. Em uma terra que falta lei para punir homicídios, as autoridades são ainda mais lenientes com os crimes ambientais. Em Rondônia, a população denunciou por oito anos a devastação das margens do Rio Jamari antes que a polícia aparecesse para tomar alguma providência. Uma vez lá, lavrou 400 autos de infração. Os desmatadores, entre eles empresários, políticos e mesmo policiais, continuaram desmatando. No fim de 2008, a área depredada era 30% maior que a que será inundada pela hidrelétrica de Santo Antonio, no Rio Madeira. As ONGs ambientalistas que lutam para impedir a construção da usina silenciaram sobre Jamari. Afinal, ganham visibilidade ao confrontar a União e as grandes empreiteiras. Quando se trata da elite local, o risco de vida é alto e o retorno de marketing, nulo. O primeiro e o mais importante passo para civilizar a Amazônia é regularizar sua situação fundiária. Em junho, o governo tomou uma iniciativa digna de nota nesse sentido. Editou a Medida Provisória 458, que concede títulos de propriedade a imóveis que somam 670.000 quilômetros quadrados, o equivalente a 13% da Amazônia ou aos territórios de Minas Gerais e do Rio de Janeiro somados. Com a nova norma, o governo trará nada menos que 300.000 famílias para a legalidade. Hoje, essas pessoas já ocupam as terras que lhes serão transferidas, tiram delas seu sustento, mas não têm nenhuma responsabilidade pelo seu destino. Uma vez que detenham também os direitos de propriedade, não apenas garantirão a sobrevivência de sua família como também passarão a pagar impostos, ter direito a crédito, além de ser responsabilizadas por crimes e danos ambientais que forem cometidos em suas fazendas. Os mais pobres receberão as áreas gratuitamente. Os remediados as comprarão por um valor simbólico. Os ricos poderão adquiri-las por um valor ligeiramente acima do de mercado. Quem o fizer será obrigado a reflorestar o que desmatou fora dos limites legais. Pode ser o início do resgate da floresta e de um processo civilizador que insira na Amazônia valores que vigoram no resto do país. Qualquer projeto que pressuponha o desenvolvimento com sustentabilidade da Amazônia precisa incluir o desmonte de uma parcela considerável das termelétricas alimentadas a óleo diesel que fornecem a maior parte da energia para a região. Embora a Amazônia seja classificada como o pulmão do mundo, suas termelétricas despejam anualmente na atmosfera 6 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), o principal gás do efeito estufa. Isso equivale ao dobro do que despeja no ar todo ano a frota de veículos da cidade de São Paulo. Numa região com tantos rios caudalosos, é preciso que as hidrelétricas respondam pela maior parte da energia. A principal vítima da hegemonia das termelétricas na Amazônia é, mais uma vez, a população. Há escolas que são obrigadas a transferir os alunos do turno da noite para o da manhã porque não há óleo diesel suficiente para mover o gerador e iluminar as salas de aula. Vivem na Amazônia 400.000 índios de quase 200 etnias e em diferentes níveis de contato com a sociedade brasileira. As setenta tribos que permanecem isoladas em pontos remotos representam menos de 1% desse universo. Setenta e cinco por cento dos indígenas vivem na floresta. Mesmo assim, os índios também não querem saber de permanecer na pré-história. “Os que continuam na aldeia querem trazer a cidade para dentro dela”, diz Almir, cacique da etnia suruí, de Rondônia. Os computadores e a internet estão presentes em muitas aldeias. Em toda a Amazônia, índios usam a rede mundial para vender artesanato, estudar e reivindicar direitos. “Para ter influência política, a internet é melhor que o arco e flecha”, diz Almir, que no ano passado fechou um acordo com o Google para mapear as terras da sua tribo. 25% dos índios da Amazônia vivem nas cidades e muitos vão parar nas favelas e palafitas. A população indígena de Manaus já é mais numerosa do que a da maioria das reservas, com mais de 12.000 índios. Outra causa do desmatamento seria o Asfaltamento das estradas da Amazônia que apressa a devastação do verde e o ritmo de ocupação da floresta.

Estas rodovias foram abertas pelo governo federal, que promoveu a ida de colonos para a Amazônia na década de 70. Hoje, depois de um prolongado período de abandono, as autoridades têm a obrigação de pôr essas vias em ordem, garantindo o bem-estar de quem mora nesses lugares. A dificuldade é como fazer isso e, ao mesmo tempo, impedir que a devastação avance. O governo federal já decidiu asfaltar as três principais estradas que passam pela Floresta Amazônica, porém, não pensou na preservação. Não precisaria ser assim. Duas das rodovias – a Transamazônica e a Cuiabá-Santarém – precisam do asfalto com urgência. Elas atravessam áreas densamente povoadas, já bastante desmatadas, e são necessárias para o desenvolvimento econômico e para melhorar a qualidade de vida da população que habita suas margens. O projeto da terceira, que liga Porto Velho a Manaus e atravessa uma região de floresta intacta, se parece demais com os erros do passado e faz total sentido que seja cancelado. Como a maioria das rodovias é de terra, a temporada de chuva torna o tráfego difícil, quase impraticável, durante metade do ano. A pavimentação da rodovia é uma proposta antiga e tem forte apelo na capital do Amazonas e no estado de Roraima, pois tiraria a região do isolamento rodoviário em relação ao resto do país. A obra só não avança porque, em julho, o Ibama negou licença ambiental. E com razão, uma vez que a estrada ameaça regiões de floresta que estão intactas e é melhor que continue assim. O anúncio de que a estrada seria recuperada foi suficiente para atrair dezenas de migrantes. Isso porque eles veem como uma oportunidade de negócio a pavimentação desta rodovia, já que o movimento irá aumentar. Uma solução para isso, seria a construção de uma ferrovia pois o trem iria suprir a demanda econômica e social sem promover a ocupação desordenada da região.

O peso do homem na Amazônia A maior floresta tropical do planeta abriga 6%de todas as espécies conhecidas de plantas e animais. Em duas décadas, a ocupação desordenada resultou na derrubada de um território maior que o da Alemanha. Só nos últimos doze meses, devastou-se uma área quase do tamanho do Distrito Federal. O Desmatamento O mapa abaixo, elaborado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com base em fotos de satélites, mostra a extensão do desmatamento da floresta tropical e também indica outros tipos de vegetação na Amazônia Legal.

Os focos de desmatamento Cerca de 80% da devastação avança pelas bordas da Amazônia, na região do “arco do desmatamento” (setas em vermelho), que se estende de Rondônia ao Maranhão. As estradas representam outro vetor de destruição da floresta. O avanço sobre a floresta Nos últimos vinte anos, foram desmatados 370.000 quilômetros quadrados da Amazônia. Dá uma média de 50 quilômetros quadrados por dia, ou uma Baía de Guanabara por semana. A Amazônia concentra 36% do gado bovino e 5% das plantações de soja do país. Nos últimos quinze anos, o rebanho da região triplicou, chegando a 75 milhões de cabeças de gado.